And these lights in our hearts, they tell no lies.

Fashion world se unindo em torno de colaborações que pretendem me levar à ruína financeira: Louis Vuitton + Yayoi Kusama, Loewe + Ghibli e agora Mulberry + Miffy. Ainda bem que bolsas de grife há muito tempo saíram da categoria “luxos possíveis desde que ocasionais” e viraram “mimos pós quina da loto OU assalto ao trem pagador” então fico com as fotos e o consolo de que peças de edição limitada acabam ficando datadas e o melhor é investir nos clássicos – ok, eu provavelmente também não posso mais pagar os clássicos, mas vocês entenderam.

Yayoi Kusama é uma das minhas artistas modernas preferidas; suas obras são coloridas, lúdicas e brincam com perspectiva, repetições, formas e cores. Há alguns anos passei quase uma hora na fila debaixo de chuva em Islington para ver uma exposição da velhinha; como as instalações dela são altamente instagramáveis (e o mundo foi mesmo engolido pelas redes sociais) a procura por ingressos é grande. Esse ano a exposição está sendo no Tate Modern, mas eu dei mole e esgotou. Então fui dar um rolê pela Harrods e apreciar a fachada decorada com os famosos “infinity dots”.

Essa é a robozinha da Yayoi Kusama que pinta a vitrine, acena e interage com os passantes – mas que nesse dia por algum motivo estava desligada. Fiquei meio borocoxô, mas felizmente dias depois eu passei pela loja da Louis Vuitton em Bond Street e eles tinham outra em pleno funcionamento, e que sorriu e deu tchauzinho quando me “viu”. O Uncanny Valley nunca foi tão fofo.

Porém mal sabia eu que algo especial me esperava ao virar a esquina:

Imediatamente apelidei de KUSAMÃO porque why not.

E dentro da loja da LV na Harrods havia mais alguns treats to be discovered:

Eu até tentei adquirir um óculos de polka dots, mas estava esgotado no momento. Minha carteira agradeceu e fui então gastar dinheiro com comida. Segui na estética japonesa almoçando um chicken katsu sando no Café Kitsuné. Veredito: o do Wa Café é melhor. No Kitsuné eu fico com o egg sando.

Depois passei por uma Paul Bakery e é impossível não comer uma (ou cinco) canelés.

E eu nunca vou me conformar que “depuis” em francês não é “depois” e sim “desde”.

7 thoughts on “And these lights in our hearts, they tell no lies.

    1. Tem lugares no Rio e em SP com bastante street art (certamente deve ter em outros estados também). Eu gosto muito, é como um museu público a céu aberto. :)

  1. Que delícia de post 😍
    Eu não sei se eu prestaria para morar em Londres justamente por lojas como a Harrods. Ficaria nesse estado de contemplação sempre hahaha
    Quando passei por lá em 2016, já saí querendo voltar…
    Ahhh… Não canso de falar: teu estilo de fotografia é maravilhosooooo

    Abraços

    1. A sorte é que quase tudo na Harrods é tão caro que a gente fica só “contemplando” mesmo. :D Há alguns anos (uns dez) ainda era possível dar uma economizada e comprar uma bolsa de grife, mas agora elas quadruplicaram de preço e eu não tenho mais coragem. Fico com as exposições mesmo! :)

  2. Francês é uma lingua esquisita.
    Quando estive por aí no continente, tive um mini infarto com as vitrines da Louis Vuitton com a Lego. Nunca nem quis nada dessa marca (nem posso, tem que continuar assim), mas foi ver e querer entrar e levar tudo, em particular a decoração da vitrine. Marcas, Y U DO THIS? Eu achei as bolsas dessa collab muito lindas, especialmente a da estátua gigante hahahahahah
    Também comi barriga de não ter comprado um caderninho da Miffy que vi por aí, agora vou morrer pensando nele, era tão bonitinho…

    :* :*

    1. Essa com polka dots colorido é realmente linda, mas custa os olhos da cara (e mais alguns outros pelo corpo) e infelizmente não tem alça longa. Eu não consigo usar bolsa de mão, mas a sorte é que não tenho coragem de dar cinco mil charles nela então nem preciso me preocupar com isso haha. Cobicei os óculos mas já estava tudo esgotado. :(

  3. Olha eu aqui tentando me atualizar num post de fevereiro hahahah. Até hoje não passei na frente da Louis Vuitton daqui para ver se Yayoi estava lá dando tchauzinho. Vi a expo dela no CCBB do RJ em 2013 e outras obras dela avulsas em outros museus, sempre traz uma alegriazinha pro coração. Você e o Café Kitsuné que não conseguimos visitar juntas. Me leve em pensamento a próxima vez que você for, por favor. Beijos!

Leave a comment