Rio 22 (álbum de figurinhas)

Quase 30 dias, umas 300 fotos ruins de celular (o tijolão antiquado que eu tive coragem de levar pra rua pois não ia chorar muito se alguém levasse), muitas garrafas de cerveja cercada de amizades que resistem ao tempo, o cinza-concreto/verde-espelhado dos prédios da barra, humildes igrejinhas barrocas de cidade pequena, plantas que custam um rim na europa crescendo de rachaduras nas calçadas, pôres do sol supersaturados, viralatas caramelo e gatos de infindáveis tons, olhar para o céu e buscar nesgas azuis por entre as verdes copas da árvores, estações de metrô inéditas, linhas de ônibus que não existem mais, a alegre paleta de cores do casario colonial do centro antigo, hamburguer por toda a parte tomando lugar das comidas tradicionais de boteco, lojinhas que despejam a china pelas esquinas do saara, inúmeras fatias de red velvet (um sabor que por algum motivo se tornou popular num país que raramente consegue fazê-lo bem, mas seguimos na busca), a umidade da floresta grudando o suor na pele, a arte de rua tomando conta dos muros da zona portuária, a mata atlântica (ah, a mata atlântica), lugares que não visitei, lugares que abriram suas portas, lugares que agora só posso rever pelas ruas da memória. O amor existe e resiste em cada peça desse quebra-cabeças que é a minha cidade. Até nas peças que faltam.

15 thoughts on “Rio 22 (álbum de figurinhas)

  1. Ô de casa, da licença, viu. cheguei agora aqui e to amando tudinho!
    que fotos, meus amigos que fotos. como assim isso não foi tirado de uma maquina ultra profissional?
    locais lindos, minha grande vontade as vezes visitar. aqui em são paulo la pra capital vc encontra umas casas com estruturas bem antigas e até caindo os pedaços, quando fui visitar a ponte estaiada, a mais nem desci do carro, que lastima.

    1. muito obrigada e bem vindo! eu amo muito casas antiguinhas e see vivesse no Rio adoraria morar em uma – mas a localização dessas significa que custam uma fortuna e meia. Dá pra mim não. :(

  2. Ô de casa, da licença, viu. cheguei agora aqui e to amando tudinho!
    que fotos, meus amigos que fotos. como assim isso não foi tirado de uma maquina ultra profissional?
    locais lindos, minha grande vontade as vezes visitar. aqui em são paulo la pra capital vc encontra umas casas com estruturas bem antigas e até caindo os pedaços, quando fui visitar a ponte estaiada, a mais nem desci do carro, que lastima.

  3. Que delícia passear pelo RJ pelo teu olhar. Amei as fotos! Preciso escanear novamente as fotos que temos do RJ. As únicas que sobreviveram, já que as digitais de outros anos se foram junto com o HD que queimou sem backup…

    1. eu sempre fico desolada quando perco fotos assim. perdi fotos importantes de viagens em dois episódios diferentes, num deles paguei pra recuperar mas não consegui tudo. pelo menos aprendi que backup é todo mês (e depois de alguma viagem caso eu faça muitas fotos).

  4. Eu já falei e vou repetir: tu tem um olho pra fotografia que eu admiro muito. São fotos do tijolão??
    A arquitetura carioca tem mais influência portuguesa do que eu esperava; quando visitei o Rio não prestei atenção nesse detalhe que está, literamente, na nossa cara.
    Adorei as alpargatas :)

    1. sim, são fotos do meu iphone 6. senti falta do zoom, que eu uso bastante com o atual. e em ocasiões de pouca luz ele também deixa a desejar, mas eu tava no mindset de que o importante era registrar. e é verdade, tem bastante influência portuguesa sim, especialmente no centro antigo e nos bairros do entorno dele.

  5. As suas fotos sempre um show, dona HelloLolla. A foto do bonequinho na banheira, meu deus, não poderia ter sido outra pessoa a tirar essa foto, hauhauhauahua. Puro suco de Lolla no Brasil

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