Crap days out.

2015 começou sendo tudo o que 2014 não foi (yay), só que no mau sentido (shit). Ou seja: frio, cinzento e chuvoso. Também não tive muito tempo ou inspiração pra blogar, já que começo de ano é hora de organizar papelada e supplies para os journals e fazer limpeza de gavetas. A faxina acabou se estendendo para gavetas de roupas e o que não foi parar no lixo foi parar em sacos para doação.

Domingo fui fazer uma pesquisa em Theydon Bois, uma localidade residencial em Essex. Fica no meio da floresta da Epping e é bem bonitinho; me animei pensando em dar um passeio pelas redondezas, tomar um café, fuçar as lojinhas, essas coisas de gente velha e sem vida social.

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Carona pra estação, porque né.

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Aguardando. Tive que fazer uma baldeação chata e demorada no metrô, mesmo que eu não tenha saído da linha Central. Várias estações se passaram sem que UMA única alma adentrasse o meu vagão. Creepy. Por sorte nessa área a linha de metrô não é subterrânea e eu tinha pelo menos uma vista bonita e ensolarada da janela: campos verdejantes cobertos de ovelhas e cavalinhos usando casaco – porque cavalo é um bicho chato e resfria à toa. Não, não tinha vaca porque em Essex quase não tem vaca. Não sei explicar.

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Muitas roças.

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Falei que era roça: cavalinho de casaco atrás da estação.

Enfim, terminada a pesquisa eu fui caminhar, e foi quando percebi que seria um equívoco por motivos de: a) mais frio do que eu esperava e b) não tem nada em Theydon Bois. Sério. Além do pub, restaurante indiano, restaurante “grill”, Tesco Express, agência imobiliária e a própria estação de metrô, não tinha muita coisa além um gigantesco green (praça gramada) vazio e casas.

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Depois fui entender por que não havia ninguém no gramado: ele era um pântano. Num momento você estava pisando na grama; em outro, no piscinão de Ramos. Quase me afoguei pra fazer essas fotos de bosta, olha só como eu mereço cinco estrelinhas.

Pensei em tomar uma pint no The Bull, mas desanimei.

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Bota (favorita, tanto que está abrindo na lateral) cheia de lama depois do passeio pelo Pantanal. Joinha.

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Já meio entorpecida de tédio abandonei a área em direção a um CEP no leste da cidade: Wanstead. Cafés! Livrarias! Bares! Floriculturas! Praças com crianças andando de bicicleta! Mercadinhos de rua! Cocô de cachorro na calçada! Ah, a civilização…

Lá pude cobiçar esse quadro da Princesa Lea tatuadona e badass:

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E este aqui, com Batman e Superman vivendo um “bromance” digno de final de novela cheia de polêmica no Twitter:

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Mas nem tudo foi perdido em TB (as in Theydon Boys, não “tuberculose”). Teve céu azul, teve verde, teve um rolê dentro da loja de conveniência que me proporcionou um pacotinho de torresmo para comer na viagem, eu planejo voltar para passear na floresta ali perto quando o tempo melhorar um pouco e agora eu sei que NÃO É pra pisar na grama depois de um longo período de chuvas. Quem sabe no verão seja possível fazer piquenique no gramado? E o melhor, tendo a jamais desagradável companhia de patinhos:

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Quase escorreguei e caí no lago pra fazer essa foto. Ainda no aguardo das estrelinhas.

Livro na Oxfam de Wanstead que deu nome ao post. Em tradução livre, “programas de índio” (mais apropriado seria “passeios de bosta”). Hahaha. Define bem o dia.

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Quase levei, só pela capa (e ok, o conteúdo parecia engraçado). Mas QUATRO libras, Oxfam? Ouch. Por esse preço eu acho livro novo na Amazon.

E aí, qual foi o seu último programa furado? :)

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