
Motivada pelas perguntas que recebo sobre perfumes favoritos eu resolvi criar essa “tag” sem tag para falar dos meus. No momento o “bottle count” da casa está em treze frascos, mas a minha wishlist é enorme – hello, Escentual.
Um deles é um caso típico de Amor X Ódio: Amarige, da Givenchy. É uma fragrância clássica e intensa, garantia de sucesso com as gerações mais velhas – especialmente aqueles cujo olfato começa a diminuir com a idade e não é mais tão simples perceber aromas sutis. Mas um amigo meu, na casa dos 30, se recusa a me ver se eu estiver usando porque deixa ele enjoado. “Fresco”, eu pensava, mas na verdade através dos anos eu encontrei perfumes que tiveram o mesmo efeito sobre mim, portanto agora eu costumo ser mais compreensiva com os reclamões. O que não quer dizer que eu não irei usar ocasionalmente quando sei que vou encontrar o fresco, só pra irritar. :)

Amarige foi criado em 1991 para a House of Givenchy. O design do frasco foi inspirado no design da “Bettina Blouse”, uma das peças da primeira coleção de Hubert de Givenchy – batizada em homenagem à sua modelo e musa Bettina Graziani. É um floral adocicado com base amadeirada e tem notas de flor de laranjeira, pêssego, violeta, ameixa, orquídea, rosa, gardênia, sândalo e baunilha. Mas, como todo perfume, vai ser percebido de maneiras diferentes em contato com a pele de cada pessoa. Minha mãe adorou, o que é um problema porque agora ela gasta um vidro desses a cada seis meses e espera ganhar um novo. Ouch. :/
De vez em quanto até eu pego bode do Amarige. Preciso deixá-lo de lado por uns tempos, esquecido no fundo de uma gaveta escura, e esperar pelo dia em que eu vou me lembrar dele e sentir uma vontade irresistível de sentir o perfume. Outro dia achei isso colado numa agenda velha: “I like to spray a bit of Amarige in the air and walk into the mist, feeling like a goddess afterwards; the kind of woman that walks into a party and causes everyone to fall in love with her a little bit.”
