Thinking about life while my coffee cools.

Desde que me mudei para esse bairro há quase uma década a loja de eletrônicos local tinha uma placa na vitrine: “nossos especialistas têm uma experiência combinada de 118 anos!”. A placa ficou lá até semana passada, quando misteriosamente desapareceu. Fiquei pensando se talvez o colaborador mais experiente tenha morrido e abaixado tanto o número de anos de experiência da equipe que não dá mais pra contar vantagem.

Esse país está derretendo e secando ao mesmo tempo. Há semanas não chove, os gramados viraram palha, a companhia de água local já avisou que está prestes a decretar um hosepipe ban (o cidadão fica proibido de usar a mangueira para regar as plantas, lavar o carro ou o quintal) e em verdade vos digo: já tem vegetação de caatinga crescendo em Londres. Outro dia eu caminhava distraída cantarolando Asa Branca pelas esquinas do Grande Sertão: Subúrbio e tropecei num calango. O aquecimento global está querendo provar um ponto, mas eu não saí do Rio de Janeiro pra ver termômetro marcando 40 graus num país de clima temperado. Refresca aí, ô.

Estou cogitando a idéia de comprar um Macbook – refurbished, porque minha pão-durice não me permite pagar o preço de um novo. Depois de sei lá quantos anos sofrendo com tecnologia sem entender a razão eu me senti tentada a dar uma chance – gosto muito dos meus produtos da Apple, que sempre funcionaram bem apesar do uso diário. No momento tenho um Dell e lembro que na minha época de Brasil era considerado a “Ferrari dos computadores”, mas o meu congela mais do que o inverno na Sibéria. Deve estar cheio de malware, mas já passou por técnicos e sempre volta a ficar ruim. Fico chateada porque acho um absurdo sentir que preciso comprar um laptop de uma marca X pra que ele cumpra a função básica de funcionar. Fora o medo de investir num eletrônico caro e ele também dar defeito porque o problema sou EU. Penso que se não comprar um bem durável vou acabar gastando o dinheiro em bobagens anyway, mas por outro lado me pergunto “será que vai ser durável mesmo ou outra geringonça pra dar defeito e causar stress?” Usuários de computadores by Mr. Jobs, me dêem sua opinião sincera.

Há tempos decidi que não ia mais comprar bijouterias feitas de cobre e níquel. Investir em materiais mais duradouros (prata, ouro ou aço inox) sai um pouco mais caro, mas é frustrante ter que se desfazer de peças a que você se afeiçoou porque elas viraram um trambolho sem cor definida que só serve pra manchar a pele de verde. Já tentei a técnica de passar esmalte incolor por cima mas não adiantou muito. Aos poucos o verniz se gasta e, como é transparente, você não percebe. E quando menos espera o anel está oxidando, perdendo o brilho e esverdeando seus dedos – yuck. Estou aos poucos adquirindo peças simples porém de boa qualidade. Essas mini argolinhas de ouro e a mão de Fátima de prata são de uma pequena joalheria de bairro:

Mas infelizmente não consegui resistir a esses brinquinhos vagabundos de lua & estrela. Vamos ver quanto tempo vão levar pra virar guacamole na minha orelha.

Estou numa fase meio vintage (pra não dizer brega) em termos de manicure: se não for cintilante nem tiver glitter nem me apresente.

As velas da Diptyque são tão perfumadas que eu nem preciso acender para sentir o cheiro. E é tão gostoso sair da loja sacudindo uma sacolinha de madame cheia dos freebies que eles sempre incluem (e borrifam perfume no papel de seda que embala os produtos).

Estou tentando voltar a fazer um bullet journal (ou algo do tipo) decoradinho como fazia anos atrás, mas a verdade é que mesmo sendo um hobby gostoso e bastante eficaz para “limpar a mente” eu não tenho mais o tempo livre de antes. Enfim, fazemos o que podemos; tem dia que a página fica bacana, tem dia que fica quase em branco. A única resolução para este ano que está sendo mantida é não fazer nada por obrigação se puder evitar.

As mini plantinhas que eu trouxe do The Nunhead Gardener e que continuam vivas (porém agora em potes maiores):

Acho que já tenho um número suficiente de plantas dentro de casa, e como não quero dificultar a vida em caso de viagens ou quando estiver no Brasil, vou tentar não transformar os cômodos numa selva impossível de manter sem a minha presença.

Num domingo à noite desses eu mandei um whatsapp pra um amigo dizendo que “ia fazer meu skincare e ir dormir” e quando ele riu eu expliquei: “abrir uma cerveja, abrir e fechar os mesmos três apps sem conseguir me concentrar em nada e ter uma crise existencial porque o fim de semana acabou e eu não fiz nada do que pretendia”.

Depois que encerramos o papo eu fiquei pensando nisso. E concluí que domingo à noite já é um momento tão “vibração baixa” que seria mais saudável buscar estabelecer hábitos menos deprimentes pra tentar começar a semana num astral melhor. E doravante tenho dedicado essas duas horinhas antes de encerrar o dia a fazer coisas que me dão prazer e não frustração/raiva – não necessariamente offline, mas certamente evitando redes sociais ou trabalho. Assinei o Globoplay agora que finalmente funciona aqui (antes era preciso instalar uma antena e só podíamos assistir a programação da emissora em tempo real) e agora sou uma pessoa mais feliz pois nada melhor que uma bacia de pipoca e cinco capítulos seguidos de novelas da minha infância.

E esse foi meu skincare de ontem; só dispensei a pipoca porque sódio e substituí por um iced latte descafeinado feito em casa. Fui dormir sem aquele terrível sense of dread e cantarolando trilhas sonoras dos anos 80. Joy, joy, joy.

Coping Mechanisms

Eu não planejei sumir durante todo o mês de Outubro – but well, life happened. Ou melhor, didn’t. Estive e estou envolvida com um monte de modificações na casa, só que nenhuma delas foi concluída e por isso fiquei sem ter como fazer um post demonstrativo. Também estive triste e borocoxô, o que é raro. Como boa introvertida, capricorniana e INTJ eu nunca estou ligada no 220v da efusividade – mas em compensação racionalizo tudo e nunca estou infeliz sem que haja um motivo bastante claro e específico, que logo tratarei de resolver pra ficar zen novamente. Esse estado de contentamento tranquilo é o meu default. É nele que eu sei existir no piloto automático.

Ocorre que os motivos claros e específicos do momento não são de fácil resolução. Alguns eu nem mesmo estou certa de que sei o que são. Isso é inédito pra mim. E eu não gosto de ineditismos. Já estou velha demais pra lidar com a vida tentando ser original.

O ritual de “trocar de guarda roupa” (guardar os trapos de verão no sótão e descer de lá os casacos de inverno) marca a mudança das estações. Fiquei olhando meio entristecida para todos os vestidinhos de verão que não viram a cara do sol em 2021 – ok, a maioria deles também não saiu do cabide em 2020. Eu não sou uma pessoa solar. Eu não fico contando os meses até chegar junho para poder desnudar pernas e braços e receber toda a vitamina D, bronzeado e alegria de viver que o verão me ofereça; até porque na verdade o que eu recebo é suor, melasma e irritação. Mas essa constatação de vida indo pra gaveta sem ser vivida fez com que eu me sentisse mal. Eu não sei, mas talvez esses dois anos tenham sido preciosos demais para terem sido jogados numa caixa plástica junto com vestidos que ainda cheiram a amaciante. Qualquer percalço de saúde me lembra de que talvez eu não esteja aqui para ver o próximo outono, e esse sentimento de melancolia e ansiedade não está me fazendo bem.

É, parece que a conta do lockdown chegou. E tá caro pra cacete esse boleto.

Então o que a gente faz pra distrair? Boletos de verdade.

Roupas de outono/inverno. Estando bem ou estando mal, não existe nada mais pacificador do que se enrolar em coisas macias e felpudas. Meias novas, camisolas de flanela e pulôveres de lã. E umas velas bonitas que eu obviamente jamais terei coragem de acender – queimo as genéricas da ikea, já que a luz é exatamente a mesma.

Presente pra mim mesma do dia das crianças, rs. Eu não tenho mais impressora em casa – ocupa espaço demais, é feio, a tinta é cara e sempre aparece algum problema de conexão quando você mais precisa. Respectivo tem uma impressora a laser colorida no escritório, e quando preciso imprimir algum arquivo de trabalho mando pra ele. Mas para bobagens de journaling eu resolvi que uma mini printer daria conta do serviço sem que eu precisasse ficar ocupando o tempo dos outros. E assim materializou-se o meu Phomemo. É um dos modelos mais simples, mas eu não precisava de nada além disso. O aparelhinho não usa tinta, funciona exatamente como impressoras de notinha de lojas. A impressão aparentemente dura mais de dez anos até começar a desbotar. E como o futuro é uma incógnita eu topei o desafio, rs. O papel é adesivo e existem versões coloridas, douradas, transparentes, etc. Vamos ver se isso traz de volta o meu ânimo para fazer journals em 2022.

Minha coleção de pins idiotas segue aumentando. As últimas aquisições foram esse redondo do Bowie em sua encarnação Ziggy Stardust na primeira foto e o “everyday is halloween” da segunda. Tenho muitas sacolas de pano, e como mentalmente não saí da adolescência a maioria delas vive coberta de pins. Ou “bottoms” como a gente falava nos anos 80/90 e saía espetando os redondinhos com estampa de maconha, A de anarquista e o prisma do Pink Floyd em todas as mochilas e jaquetas (as mães revoltadas porque estávamos “furando as roupas”). E quando o alfinete enferrujava e manchava tudo? Delícia. You’re only 14 once. Ou, no meu caso, forever – ha.

Eu sempre gostei de comprar perfumes (uso todos os dias, mesmo em casa), mas com os preços atuais eu tive que puxar o freio. Em Jersey tinha desconto de 17% (eles não coletam alguns impostos sobre mercadorias) e de modo geral os preços eram mais amigáveis dez anos atrás. Hoje em dia os perfumes que eu comprava por 30, 50 libras não saem por menos de 100/150. Então não tem mais essa de “comprar pra experimentar”; eu invisto nos perfumes que uso sempre, mas as minhas experimentações ficam restritas a perfume da Zara, Marks & Spencer e no máximo um L’Occitane.

Mas outro dia eu estava na Primark e por curiosidade borrifei esse aí no pulso. E mesmo tendo achado o cheiro esquisito a princípio, ele foi se modificando durante o dia na minha pele e ficando cada vez melhor. À noite eu já tinha sido influenciada e tive que voltar pra comprar. E a fixação é inacreditavelmente boa para um perfume tão barato. É claro que perfume não se recomenda; cheiro é uma coisa pessoalíssima e que reage diferentemente em cada pessoa. Mas eles têm outras opções na mesma linha e vale a pena dar uma chance. O frasco também é luxe – amei essa tampinha de metal escovado.

Não é nenhum Chanel n°5, mas a esse preço não estarei reclamando pois não tenho budget de Marilyn Monroe.

E tem mais Primark. But of course. Essa água micelar é super barata (duas libras por MEIO LITRO de produto) e embora eu evite usar na minha cara (prefiro a da Garnier) ela é ideal para limpar pincéis de maquiagem e remover manchas de base que possam vir parar nas minhas roupas – e quase sempre podem. Esse frasco vai durar uns dois anos.

Já a touca de banho veio substituir uma anterior da Boots, que finalmente rasgou depois de anos de uso. E veio substituir em estilo, amigos; essa é literalmente a drag queen das toucas de banho. Foca nessa simplicidade:

E como eles estão investindo nessa vibe “wellness” eu trouxe esse incenso. Que tem um cheiro ok, nada especial, mas pelo preço está excelente (o mesmo vale para o esmalte, que na verdade é muito bom).

O jardim ainda está desorganizado e eu não consegui plantar os canteiros (isso deveria ter sido feito em setembro/outubro; de agora até a primavera vai estar frio demais para que as plantinhas se estabeleçam a contento). Mas não precisar cortar a grama, nem ser picada por insetos, ou trazer lama pra dentro da casa já é uma vitória.

Ano que vem a gente recomeça os trabalhos. E ano que vem já está logo ali.

I look at your picture and I smile.

Poucas coisas me deixam mais feliz do que quando alguém tem algo gentil a dizer sobre os meus hobbies. Gostar de uma página de um journal, de uma roupa que fiz, deve ser como os pais se sentem ao ouvir elogios a um filho. Não sei a razão; é menos vaidade (acho quase tudo o que faço no máximo básico) e mais esperança de que essas coisas tenham algum valor intrínseco e eu não seja apenas uma louca que se cerca de objetos e atividades inúteis cujo único propósito é preencher o longo espaço de tempo daqui até o fim.

Sândalo de dândi.

Essa vela de sândalo da H&M é a minha nova obsessão. Além de ser very much aesthetics (taí o ensaio de fotos com uma VELA pra provar) o cheiro é deliciosamente intenso sem ser sufocante.

Sim, porque tem vela que você queima o dia todo só de raiva porque não cheira a nada, tem vela que você não aguenta queimar por mais de 20 minutos pois EMPESTEIA o ambiente e deixa o ar irrespirável, enquanto essa belezinha aí está no fogo há mais de seis horas num quarto FECHADO e tá delícia, tá gostoso.

Até colocaria “Sândalo de Dândi” do Metrô (hello, 80s!) pra combinar, mas depois de 04 dias ouvindo respectivo falando sem parar eu estou tão inebriada pelo cheiro da vela quanto por esse SILÊNCIO maravilhoso… Ser introvert é bom demais, a gente fica feliz por pouco: vela cheirosa, silêncio abençoado e um prato de biscoitos e a mulher introvertida não quer briga (nem papo) com ninguém. ♥

Home & Colonial

Eu já tinha à Home Colonial em Berkhamstead antes, e novamente não comprei quase nada porque quase tudo custa mais do que vale; prática comum em endereços chiques. Mas vale a visita para ver coisas bonitas, folhear alguns livros e quem saber trazer umas velas ou plantinhas pra casa (como eu fiz). São quatro andares de antiques e eles têm um café muito bom no sótão da loja, com um excelente full english breakfast e um afternoon tea com prosecco ou gin ilimitados.

Me arrependi de não ter comprado esse livro; custava só dez lilis e além da história em si vinha recheado de fotos e comentários sobre as adaptações para cinema e teatro da icônica historinha coming of age da Louisa May Alcott. Silly me.

Esse era inteiro sobre a coroação do Rei George VI; um pouco mais caro e talvez de interesse mais restrito, mas belas fotos históricas são sempre interessantes e tenho um afetozinho pela Rainha Mãe e seu consorte, pais da atual rainha da Inglaterra.

Cogitando a hipótese de voltar pra mais uma fatia de bolo e, com sorte, achar esses livros ainda nas prateleiras.

The Ordinary – 2 meses

Amanhã completam-se dois meses de uso diário (mesmo!) dos produtos da The Ordinary que recebi em novembro. E apesar de realmente ser pouco tempo para avaliar mudanças significativas na qualidade da minha pele, acho que já posso tecer alguns breves e descompromissados comentários sobre como tem sido a minha relação com os ácidos.

Para fins de informação: esse post não é patrocinado. Os produtos foram adquiridos na Cult Beauty e obviamente não recebi (e nem desejo receber) nenhum tipo de desconto ou compensação da marca. Também não se guiem pela minha experiência pessoal; não sou dermatologista e não me consultei com nenhum. Dei um tiro no escuro e comprei os produtos após pesquisar o site, as propriedades dos princípios ativos e tirar uma ou outra dúvida no Reddit.

Recomendo esse approach? Não, mas minha pele é relativamente boa (apesar do dano solar/melasma) e resistente – ou seja, não tenho acne nem sensibilidade/alergias. També  não moro no Brasil e não tenho acesso rápido e fácil a dermatologistas. Se você puder (e sua pele necessitar) por favor procure orientação profissional antes de experimentar qualquer tipo de ácido. Até porque o médico poderá receitar fórmulas de manipulação bem mais potentes e com foco voltado para o seu problema específico.

Também nem preciso dizer que ao usar ácidos na pele você DEVE proteger o rosto diariamente com filtro solar. This is a must, ok? Non negotiable.

Hidratante + Tônico de ácido Glicólico + serum de Alpha Arbutin
Esse é o “turno da manhã”. Como eu ainda tinha mais da metade do potinho de L’Oreal e do frasco de gel hidratante Clinique ao fazer o pedido dos ácidos resolvi continuar usando. Assim que acordo e entro no banheiro já puxo um algodão e limpo o rosto com o tônico de ácido glicólico; em seguida aplico o serum de Alpha-Arbutin e o hidratante. Fazer isso assim que acordo me ajuda a manter a rotina e sinto que se deixar pra mais tarde acabo esquecendo.

O tônico vem num vidro grande e vai durar pelo menos uns 4 meses porque só agora chegou na metade. Algumas pessoas acham forte demais e reclamam de ardência; a mim não incomodou. Já o serum (que tem uma textura de gel ralo, bem fresquinha e gostosa) acabou antes de todos porque eu também uso à noite. E estava usando em excesso; duas gotinhas pro rosto bastam.

Granactive Retinoid 2% + peeling AHA + BHA 3%
Turno da noite: Granactive Retinoid 2% e peeling AHA 30% + BHA 3%. O retinol eu uso diariamente antes da dose noturna do alpha arbutin, exceto quando uso o peeling (duas noites por semana; esse eu prefiro não misturar com outras coisas). O retinol tem uma textura meio rala e as gotas escorrem logo; como eu não curto pôr o produto na mão antes de passar no rosto (pra não desperdiçar) tenho que inclinar um pouco a cabeça para trás e ser rápida. O uso deve ser exclusivo noturno (e o frasco mantido em local escuro) porque a luz do sol degrada a vitamina A. O rosto deve estar 100% seco porque a água também reduz as propriedades do retinol. Você deve deixar o produto agir sozinho por 15 minutos antes de aplicar outra coisa.

O peeling tem uma cor vermelho sangue lindíssima que vai ficar na sua cara durante os 10 minutos em que você deixa o produto agir – cuidado pra não assustar o carteiro. :) Ele tem fama de causar uma certa ardência/formigamento na pele, mas eu só senti esses efeitos, muito de leve, na primeira vez que usei; hoje em dia é sussa. Muitos usuários se queixam de que o ácido irrita a pele e se você nunca usou esse tipo de química é preciso ir aos poucos. Como eu já conheço a minha “casca grossa” resolvi arriscar; deixo os 10 minutos inteiros e uso duas vezes por semana. Mas há quem só use uma vez por mês. Cada um com a sua realidade.

RESULTADOS
Como eu disse anteriormente, dois meses é pouca coisa. Resultados com o retinol, por exemplo, costumam aparecer por volta dos 6-12 meses de uso contínuo. Vou perseverar e manter a esperança de que meus poros e ruguinhas vão diminuir, mas mesmo que não *melhore* nada (eu negligenciei minha pele ou usei os produtos errados por muito tempo; dei sorte por não estar destruída e não espero milagres) pelo menos ajuda a não piorar. Retinol é certamente um produto que vou usar para a vida, e encontrar nesse preço ajuda muito a não desanimar – é chato pagar 200 pilas por mês num vidrinho e não ter nada pra se gabar, né migs? Risos.

O peeling e o tônico de ácido glicólico pelo menos já melhoraram um tanto a textura da pele. Eu a sinto finíssima, mais brilhante, saudável e como consequência a maquiagem fixa melhor. A sensação de pele limpa depois de usar o tônico pela manhã é deliciosa. Estou satisfeita com esses dois produtos e pretendo comprar novamente. O serum é OK, mas não percebi nenhuma melhora nas manchas de melasma. De novo, vou dar tempo ao tempo e tentar por mais alguns meses; se não notar nenhuma alteração significativa vou partir pra hidroquinona.

E você, tem alguma rotina de cuidados com a pele? Ou é novinha(o) demais pra não se ocupar disso?

Qualquer que seja o caso, usem filtro solar. Não era comum nos anos 90 mas me arrependo de ter exposto minha desprotegida face ao sol por tantos anos. Hoje não tem desculpa. Go!

Last week.

e a primeira semana passou voando. mas foi produtiva: já no primeiro dia do ano fomos à ikea comprar essa estante de livros aí embaixo; montada assim que chegamos em casa. temos vários projetos para este lar em 2018 e só o tempo dirá se teremos dispo$ição para todos eles, mas as coisas pequenas (e baratas) a gente pode ir tirando da lista. essa era uma. tick.

impossível ir à ikea sem pegar uma bandeja e entrar na fila pelo privilégio de comer a melhor comida de cafeteria do mundo. almôndegas, batata frita, molho cremoso, geléia de lingonberry, sopa de batata doce e bolinho crocante sueco. yum yum. não consegui pensar em nada mais que eu quisesse comer no primeiro dia do ano, e começá-lo com um desejo realizado é sempre bom.

por falar em bolo. essa sou eu comendo CHRISTMAS CAKE? sempre odiei, mas essa semana me vi roubando pedacinhos da metade que respectivo ganhou da cunhada; ela é a única pessoa da casa dela que é fã da iguaria, por isso nunca consegue comer inteiro. o bolo é praticamente um amontoado de passas (gosto) coberto por nougat (não gosto) e pasta americana (argh). é pesado, entope o estômago, mas well, o bolo estava lá, eu estava ali, já viu. voltamos à programação normal (sugar free) em breve. maybe.

estação de liverpool street pela primeira vez em 2018. oi! espero te ver bastante esse ano. e outra primeira vez que eu espero repetir com frequência pelos próximos 365 dias: finalmente adentrei um dos novos trens da crossrail:

novinho, silencioso, bancos com estofamento limpo e aparentemente teremos wi-fi e ar condicionado. quase um táxi executivo. me likes it. welcome, elizabeth line!

2017 terminou com tempo feio, 2018 começou com tempo horroroso. eu adoro o inverno (de verdade), mas chuva fina em sequência derruba a moral de qualquer pessoa. e um dia lindo DESSES, bicho. vou esnobar não. gratíssima pelo brilho – apesar dos sete graus e vento gelado que me fizeram arrepender de ter deixado as luvas em casa.

dia seis é dia de reis. muito celebrado em alguns países europeus, com direito a comidas e presentes. aqui? nem tchuns, mas é o dia oficial de desmontar a árvore e guardar as decorações de natal. reza a lenda que dá azar deixar a árvore armada depois do dia 6 de janeiro. por via das dúvidas a minha saiu do cena no dia 02. toc toc.

patisserie madeleine, em clapham. a little bit of france, etc. mas é uma graça.

soho, you have my heart. i love you so(ho).

fui procurar meu querido japan centre e lá chegando dei por falta da multidão que costuma entupir os corredores e falar alto nas mesas. prateleiras meio vazias. só uma atendente no caixa. what?! por fim a ficha caiu: eles estavam (novamente) mudando de endereço. o novo mercado/restaurante/livraria fica em panton street, esquina com a oxendon. e continua maravilhoso:

whole foods market em piccadilly. a latinha de ginger ale eu só comprei pra reaproveitar a embalagem (odeio gengibre). aproveitei para provar o oppo, sorvetinho light que é sucesso com as instabloggers.

review: bastante comível. menos doce/cremoso que um sorvete comum, porém bem mais cremoso do que eu esperava e sem gosto de “comida de dieta”. aprovado. ♥

outra aquisição na whole foods: abóbora em lata. em forma de purê. bastante comum na américa (onde é ingrediente da tradicional torta de abóbora do dia de ação de graças) mas aqui só se acha importado.

quando você vai regar os seus gerânios e descobre um invasor.

me deu vontade de comer um cupcake no sábado e teve que ser de supermercado mesmo. mas não é fotogênico?

também no sábado teve churrasco, cerveja e croquete with the boys. queijo derretido cura todos os males do espírito. pode tentar aí e me conta o resultado.

a seção de graphic novels das livrarias. ♥

casinhas cor de rosa trazem esperança e paz ao meu coração.

farofa de ovo e bacon + arroz papa + cerveja = conforto, nostalgia, tardes de domingo ensolaradas.

daqueles livros idiotas que você coloca na cestinha só porque ler uma página te fez rir e está com 50% de desconto, mas aí chega em casa e não consegue parar de ler (e rir) por uma tarde inteira.

liquidações de janeiro: lingerie nova, porque uma das resoluções de ano novo é renovar a gaveta de underwear. eu mereço coisas bonitas, ainda mais com 70% de desconto.

a capa de edredon + fronhas bordadas 100% algodão com sei lá quantos fios por 19 libras na tkmaxx, enquanto que um similar mais vagabundo na primark saía por 30. nem sempre a primark vale a pena, kids. os puxadores são para o meu armário, já coloquei no lugar e estou satisfeitíssima com o mini DIY. aos poucos eu vou mudando o que não está bom e deixando o ambiente ao redor mais bonito.

mas certas coisas não mudam…

sorte que elas também deixam o ambiente mais bonito. :)
primeira semana de 2018, você brilhou.

Smells of nostalgia.

Três dos meus perfumes preferidos, os que eu compro novamente sempre que acabam.

carolina herrera: eu lembro de usar esse perfume numa cidade onde eu nunca tinha estado antes. e da sensação de estar lá completamente sozinha, pulando na cama do hotel barato (e cheio de baratinhas minúsculas; i used to be fearless), feliz com a independência e a liberdade de poder ir onde eu quisesse, fazer o que eu quisesse. glorioso. a parte engraçada é que eu nunca recebi tanta atenção masculina na vida. foi meio estranho, mas não de todo ruim porque pelo menos eles foram bastante educados e simpáticos – um mundo de diferença das cantadas agressivas e grosseiras a que eu estava habituada.

amarige: ganhei esse de um namorado. ele estava indo viajar e eu com raiva dele por algum motivo aleatório. perguntou se eu queria alguma coisa da europa; eu grunhi um palavrão. aww. such a sweetie. ♥ mas a raiva já tinha passado quando ele voltou, duas semanas depois, e eu me arrependi de não ter pedido nada legal. ainda assim ele tirou da mala algumas coisas bonitas para mim e uma delas era um frasco de amarige. “por algum motivo esse cheiro me lembrou de você”. aww. such a sweet talking bastard. (e mentiroso, porque na época o único cheiro que faria alguém se lembrar de mim era o de roupa suja mofando no cesto).

dolce vita: alguém lembra daquelas revistas em série com objetos “colecionáveis”? que começavam custando baratinho, mas depois você tinha que pagar um rim para conseguir as outras peças (distribuídas em 360 edições…) necessárias para montar o bagulho? eu fiquei muito feliz quando lançaram uma de miniaturas de perfume; não precisava “montar” nada e você comprava apenas as edições que quisesse. não comprei muitas porque pobre, mas esse foi de longe o meu preferido: um aroma floral, porém spicy e dramático, diferente de qualquer outro. foi o primeiro frasco de perfume “bom” que me dei de presente assim que pude.

Is a dream a lie if it doesn’t come true – or is it worse?

acordei com chuva no primeiro dia da primavera, mas o buquê de flores que recebi semana passada (de uma concessionária…) rendeu quatro vasos. result!

(incluindo esse pequeno arranjo no banheiro, uma tentativa falha de embelezar a parede toda detonada pela reforma. we’re getting there.)

magnólias estão no auge e são minhas árvores preferidas nessa época do ano.

o porta moedas que – assim espero – vai me lembrar de economizar dinheiro.

afinal, “every little penny”.

me lembrei disso quando entrei no brechó e ALGO ME IMPEDIU de comprar essa caneca com a cara do charles. obviamente me arrependi.

ainda está meio frio pra sentar do lado de fora. tem dia que rola, tem dia que hipotermia.

e nesses dias nada melhor do que achar uma mesa ao lado da lareira e ter cara de pau suficiente pra pedir pra acender. god save the queen.

Teutonic treats

“OI MENINAS hoje eu vim mostrar os recebidos da semana kkkk” – brinks.

eu não sou uma viajante especialmente consumista (as únicas coisas que eu consumo em vastas quantidades enquanto turista são comida, 3G e sola de sapato) PORÉM uma das alegrias da alemanha é entrar numa filial da drogaria rossmann e sair carregada. acima o meu “loot” de dezembro; para fins de temática vamos focar só nas maquiagens, mas eu também comprei velas, enfeites de natal, pacotes de chá, adesivos e, é claro, comida. ♥

a rival de loop é marca própria dessa drogaria. os produtos são muito baratos e a qualidade é bastante aceitável. esse bronzer/contourer acima foi o produto mais caro e custou… 4 euros. eu não sou uma “pessoa contour”, mas a parte brilhosa serve de iluminador.

outra compra powered by cuteness: como resistir a esse estojinho de metal com estampa de flores? a marca se chama R de L Young, a versão para adolescentes da rival de loop.

base de 2.99? yup. e é boa. não é matte como a minha base de estimação, mas quebra o galho.

essa sombra (“taupe secret” da marca essence) eu comprei porque achei o padrão bonitinho, rs. e também porque é um ótima cor neutra, em maior quantidade do que vem noe stojo.

brilho labial, batom vermelho (“kiss me if you can”), óleo para lábios ressecados e esse batom líquido matte (“simply be an icon”) que é lindo mas em mim ficou super escuro. vou aproveitar a pegada gótica e usá-lo pra ir pra tanz macabre. 💀

o óleo tem flores secas dentro. 💗

alguém viu esse brilho labial e disse que parecia um absorvente interno. “from lips to labia”, disse. i just quote verbatim, without comment.

a compra mais controversa: essa máscara custou 2.99 e é melhor que qualquer máscara de grife que eu tenha experimentado. o problema é ser eficaz demais: o “false lash effect” do rótulo é pra ser levado a sério pra não correr o risco de sair por aí assim.

a parte de trás parece um corset. ♥

e se eu realmente me irritar com o aplicador que traz meio quilo de produto junto, agora tenho opções: esse kit de silicone com formatos variados para substituir.

e esse pincel? me arrependi de não ter comprado os outros (todos em tons pastel).

uma coisa que eu acho legal na alemanha é que os stands das marcas populares sempre são os mais concorridos. aqui na inglaterra existe uma certa cultura consumista baseada no “status”, e comprar maquiagem barata é visto como coisa de gente pão dura ou sem recursos financeiros. eu já sofri bullying por comprar batom na primark; a dica é pagar 25 libras num batom de grife, que na minha experiência não são melhores, costumam trazer pouco produto e acabam depois poucas semanas de uso; a única vantagem é uma embalagem bonita.

já as alemãs não querem nem saber de status, querem é economizar. 💛 nas rossmanns que eu frequentei nem mesmo existem stands da chanel/dior/clinique/etc, no máximo uma bourjois, maybelline e revlon; mas todo mundo cai matando mesmo em cima da essence. 😄