The dove of hope began its downward slope

Café no Benugo com S., provar e comprar queijos na La Fromagerie de Marylebone, sentar pra ler e comer chocolate numa pracinha escondida e solitária e ser abordada por esquilos, querer comprar várias latas de sardinha apenas porque as embalagens são lindas, cheirar livros e quinquilharias caríssimas na Conran Shop, cogitar seriamente a compra de uma luminária de cogumelo, reclamar mentalmente de pessoas barulhentas em Regents Park (onde também fui abordada por esquilos e pombos), misantropia + solidão repentinas e sensação leve de desespero pensando nas cambalhotas da existência e de como ela leva e traz coisas importantes, de volta e de novo, sem aviso prévio, sem ligar para consequências, sem se dar ao trabalho de explicar a ironia.

Uma pessoa se atirou nos trilhos do metrô em Mile End.
A Central line ficou interditada e a viagem de volta que prometia ser rápida incluiu um detour inesperado em Canary Wharf, onde me confundi no meio do turbilhão de pessoas da sexta feira e fui parar na plataforma errada. Tive vontade de chorar por alguns minutos, tive vontade de te ligar por alguns minutos, de te ver por algumas horas – mas eu tinha um jantar marcado para dali a pouco em Essex e não tinha horas, nem minutos, para desperdiçar com caprichos. O verão está indo embora aos poucos e os dias ficando menores; cada minuto de sol vespertino é precioso.

Compro uma coca zero, sigo as placas indicando a plataforma da DLR em direção a Stratford e pego o meu trem.

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