Isn’t it rich? Isn’t it queer?

A garota que achava super sussa pegar três ônibus pra chegar na faculdade e não via nada de mais em sair da balada de madrugada e ir esperar condução pra casa na Central do Brasil hoje em dia faz muxoxo e reclama porque o trem direto pro centro demora dez minutos pra chegar.

A velhice, meus amigos, lhes transforma em bananas.
Corram seus riscos agora.

Fazendo as malas para uma pequena “road trip” pelo continente. A trabalho, mas com alguns dias off.
Consegui alugar meu primeiro apartamento no AirBnB. A principal motivação era ter cozinha e poder preparar refeições (leia-se: esquentar sopas enlatadas no microondas). O apartamento tem uma varandinha linda e boa localização; espero que a gente goste de lá.

Canecas de ovelha da páscoa, cheias de marshmallow. É assim tão errado eu querer uma? E querer pelo menos três daqueles plushies? Mesmo que eu não tenha espaço e nem goste muito de expôr bichos de pelúcia?

A mulher que “tem pavor de gatos” mas que havia sido alocada para cuidar da minha enquanto eu estiver fora resolveu que não tem condições psicológicas. Eu super entendo fobias, e espero que respectivo não tenha essa magnífica ideia de novo no futuro. Mas cancelar o trato nas vésperas da viagem? Não foi legal.

BUT. Não vou negar o alívio.

A cat sitter já veio pegar as chaves. Virá diariamente.
Good.

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O cocô terrorista.
Pinturas em miniatura. ♥
Necessito fazer esse bolo.
E esse aqui, também.
Esse aqui eu não tive a menor vontade de comer, mas ah, essas fotos…
Por que eu nunca terei uma casa organizada.

And the wind blows.

Fui dispensada do serviço obrigatório de juri da corte.

Cheguei cedo (apesar da ventania da véspera, que fez estragos aqui no sul da Inglaterra, causou caos no sistema de transportes e prejudicou a viagem de muitos), mas não precisei falar nada com ninguém. Uma sorte, especialmente depois de ter sido destratada na segunda feira quando tentava explicar o meu caso: não posso ser jurada tendo transtorno de ansiedade, mas como eu não trabalho ou recebo benefícios nesse país, nunca achei que seria preciso ter um “crachá” (aka. atestado médico) provando a minha situação.

Estava na sala há alguns minutos, resignada. A ansiedade ainda não havia começado a se manifestar, mas eu sabia que a paz iria durar apenas algumas horas (com sorte) antes que eu começasse a me comportar de maneira errática. Já havia conseguido pegar a cadeira preferida (e necessária; costas para a parede, mesinha em frente, recarregador para os aparelhos), já havia ido ao banheiro. Estava quentinha. Eu estava escrevendo uma mensagem no celular. Foi quando ouvi meu nome; era a supervisora me chamando. Sorrisão, toda simpatia. Levantei-me e ela, ainda exibindo a sua nobre dentição britânica (sem piada, aqui; os dentes da moça são muito bons), disse “pode pegar as suas coisas!” O meu alívio começou a se manifestar no passo apressado com que a segui até o pequeno escritório; refreei a velocidade, tentando manter as aparências. Entrei cautelosa pela porta de vidro – a mesma que eu gostaria que me tivesse sido aberta na véspera, a fim de que eu explicasse meu caso sem que o resto da sala tivesse que ouvir.

Ela, simpatia vazando dos poros, avisou que meu marido havia ligado. Tudo começa a fazer sentido. E que ela sentia muito pelo que estava acontecendo com o meu pai. E que por esse motivo ela ia me dispensar do serviço. Totalmente. E eu, triste e ansiosa como estava, senti minhas mãos aquecerem (sem o suor e a palpitação do dia anterior, no entanto), meus músculos relaxarem. Alívio. Me fez assinar uns papéis de presença, me pediu de volta o cartãozinho da merenda, desejou boa sorte e me disse tchau.

Nunca um adeus foi tão doce.

Ao invés de pegar o elevador direto, desci o primeiro andar pelas escadas a fim de conseguir fazer essa foto da janela (na véspera meu celular estava descarregado).

Old Bailey Court of Justice.
Espero, de coração, nunca mais ver você desse ângulo (ou seja, de dentro).

Próxima parada, estação de Saint Paul.
Pelo caminho, belezas:

Metrô pra casa. Central line, eastbound.
Depois de algumas estações, ele ficou só pra mim, Como isso é raro.

E ao passar o Oyster card e sair da estação, ver tantas folhas ainda nas árvores e perceber que o outono havia resistido à ventania de ontem:

Tal como eu espero resistir também.
A todas as ventanias, vendavais, tempestades e tufões. Me and my loved ones. Strenght. Faith. O alívio virá.

{ voltaremos em breve com a programação normal Tokyo Tales. :) }

The days were all empty rooms you waited in

Outubro chegou chegando. Frio nos pés, necessitei meias, não adiantaram; necessitei também sapatos.

Menos de uma semana para Tóquio. :)
Achei um hotel (apart, com cozinha e tudo) excelente e numa localização ótima. Infelizmente, dois problemas: não tem wi-fi, só wired internet. Mas o deal breaker mesmo foi não ter front-desk. A gente pegaria as chaves num local “combinado” (e isso sendo TÓQUIO, quem confia que iria encontrar?) e precisaria ficar sem a ajuda de um staff bilingue durante a estadia. Num país como o Japão, onde a maioria das pessoas não fala inglês e o idioma local para nós é indecifrável, seria bom poder contar com pelo menos algumas pessoas que pudessem socorrer em caso de apuros.

Nope, melhor pagar mais caro por um lugar mais customer friendly. Ficaremos em Akihabara, o distrito dos eletrônicos (e dos otakus…). E o hotel tem concierge, wi-fi grátis (veremos se funciona…), oferece café da manhã opcional, tem frigobar, TV e a chaleira elétrica pra fazer chá/café no quarto de manhã. Yay!

Quero comprar um chapéu bem idiota pra usar. E não quero levar muita roupa para não pesar na mala. Eu raramente viajo tendo compras em mente, mas Tóquio sendo o paraíso das tralhas, vai ser impossível resistir.

Sou péssima na hora de fazer malas; ou levo roupa demais, ou roupa de menos. Raramente acerto. Por isso dessa vez me comprometi a fazer um “lookbook” e decidir o que vou usar com antecedência – espero que o clima ajude, não virando inesperadamente do calorzinho de meia estação que está previsto para o frio de lascar. Não quero arriscar e ir com a mala quase vazia, porque comprar roupa no Japão pode ser complicado. Mas também não quero levar nem mesmo um alfinete além do que vou usar. Toda grama é preciosa. ♥

Revistinha meiga (Her Vintage Life) que eu achei na WHSmiths:

Meu pedido da Yozocraft chegou hoje: