o conteúdo da minha necessaire de maquiagem. não costumo levar muita coisa, sei que existem pessoas que carregam base/rímel/etc mas na rua eu apenas eventualmente uso pó compacto caso minha cara comece a brilhar mais do que o sol (coisa que aqui no reino é bastante comum) e um ou dois batons pra retocar. minhas últimas aquisições têm acabamento fosco (que envelhece, mas tão bonita as boca aveludada sem parecer que você acabou de perder a linha no KFC), têm boa qualidade (o da nyx dura o dia todo, o da rimmel cheira divinamente) e custaram poucas lilis na farmácia.
outras necessidades são os elásticos de cabelo (nunca queira se ver no meio de uma ventania sem ter N A D A com que prender o picumã) e esses são bonitinhos e até ornam caso você queira deixá-los no pulso. o creme para mãos que eu deveria usar com frequência mas sempre esqueço, escova para consertar bad hair days, o álcool gel que me livra de disputar espaço em pia de banheiro de pub (e descobrir que a água está gelada e que o secador de mãos está quebrado… joy of joys), adoçante porque não gosto de açúcar no chá/café (yup, eu decoro as embalagens com adesivos e fita washi because basic bitch) e essa garrafinha cheia de… sal (risos, o padrão aqui é comida sem sal e nem sempre tem saleiro na mesa).
fora da necessaire (até cabe, mas) porém sempre presentes: caderninho pra anotações porque eu não confio 100% em gadgets e meus raybans nesse lindo porta óculos de sereia (sereias usam óculos?)
Acho que não tinha ainda apresentado aqui a Lolla (sim, com dois Ls, just like me), a gatinha de uma amiga que eu estou “temporariamente adotando” enquanto a moça não pode cuidar. Ela está conosco desde janeiro e mora em cima da garagem no escritório do Respectivo. Quando ela se mudou para cá eu não podia deixá-la dentro de casa porque a Chantilly era muito territorial, incapaz de dividir o cafofo com outros felinos. Agora eu até poderia trazer a Lolla para casa, mas a) ela é muito tímida e nervosa, detesta mudanças de ambiente e b) solta pêlo feito a peste. :) No momento ela está na varanda porque Respectivo viajou e fica mais fácil para eu alimentá-la, mas ela não parece muito feliz com a situação.
O bengal desavergonhado cês já conhecem; bateu ponto aqui no dia seguinte ao que cheguei de viagem e já voltou a ocupar seu lugar preferido: a caminha do estúdio.
A caneca eu mostrei ontem nas stories do Instagram e fez o maior sucesso com as crazy cat ladies; todas queria saber onde achar. Essa eu comprei na Wilko por duas libras (bargain!), mas por conta dos detalhes dourados (que a etiqueta DIZ ser ouro, risos) não se pode pôr na lavadora de pratos e nem levar ao microondas.
Mas hey, é linda. E a única coisa que eu adicionaria à mensagem é “cake”.
It’s nice to be surrounded by cats again. But I miss my kitty.
Perdendo o preconceito com maquiagem da Primark. Eles andaram investindo e melhorando a qualidade dos produtos e hoje em dia recebem boas reviews de quem entende do assunto.
Eu não costumo usar cores fortes nos olhos; fico entre os tons de nude/marrom. Ou seja, não preciso de produtos com muita pigmentação. Achei que essas basiquinhas têm a mesma fixação que as minhas sombras “de grife”; ok, o estojo não é tão bonito quanto o da Givenchy, mas de qualquer modo ele fica dentro de uma gaveta.
Essas cores são basicamente o que eu uso; não senti falta de preto/grafite porque acho que sombra escura e pesada não me favorece.
O pincel aí embaixo foi uma revelação. Eu nunca consegui ficar satisfeita com base alguma e colocava a culpa no produto. Na verdade eu não estava sabendo aplicar o de modo que favorecesse o meu tipo de pele. Espalhar com pincel chato jamais deu certo e eu usava os dedos, mas quando testei o stippling brush (dando leves batidinhas na pele ao invés de espalhar o produto) encontrei Jesus. Aplicação rápida e cobertura uniforme, sem marcas de pincel.
Thanks for the love, Primark! E tendo eles custado baratinho OU sido financiados por meio de algumas horas extras/pequeno empréstimo/venda de um orgão semi-vital: não se esqueçam de lavar seus pincéis regularmente para aumentar a vida útil e proteger a saúde da sua cútis. ♥
P.S.: Isso não foi um publieditorial. Até porque a Primark não precisa; vende tanto que não faz anúncio em TV/revista e nem tem e-commerce. P.S.2: (mas até que eu levo jeito pra jabazeira, né) P.S.3: O nome da linha é P.S. Quantos P.S. cabem nesse post?
Thing-me-bobs é uma expressão bem bonitinha (e bastante usada pela minha sogra) que significa nada mais, nada menos do que “tralha”. Que é o que eu pareço acumular, independente da minha vontade – ahem.
O esmalte é o preferido do verão 2016, mesmo que já esteja aqui desde, sei lá, o verão de 2006? Meus esmaltes gringos quase nunca estragam, mas os Impalas e Coloramas separam logo e ficam imprestáveis. I wonder why.
O brinco é um achado da H&M; quase não tenho bijoux de lá porque não costumo gostar do estilo, mas esses são básicos e ao mesmo tempo mais “arrumadinhos” para usar à noite. A combinação preto/prata também combina com tudo.
A caixinha é pra guardar lembranças especiais de uma amiguinha muito especial. Vai ficar comigo para todo o sempre (até, claro, eu acabar perdendo em alguma mudança).
Comprei esses óculos num camelô em Camden, achei meio caro mas estou usando tanto que o custo já deve estar na casa dos centavos. E eles recebem mais elogios que os meus Ray-Bans que custaram bem mais, então ok. Não faço idéia se realmente bloqueiam os raios solares, mas morando aqui “excesso de sol” é a última das minhas preocupações.
A xícara é o mais novo achado de loja de 99 centavos. Tem uma marca alemã famosa (e cara) que faz louças coloridas com esse mesmo design com a parte de dentro branquinha. – mas 23 euros por UMA xícara com pires? Um jogo com quatro + bule de chá + açucareiro + leiteira custa o mesmo que uma viagem pra Grécia, incluindo o AirBnb. I don’t think so. Tá certo que as cores da charity shop são meio sem graça (só tem esse rosa desbotado + um azul calcinha), mas pagando uma libra não tem direito a exigir variedade, Almeida.
E erm, sim, isso aí é uma pilha de livros sobre o assunto “bolo”. I am not sorry.
Melhor chá. Coloquei de novo na lista do supermercado, porque essa caixa aí está mais vazia do que boteco sem televisão em dia de final de copa do mundo.
Nunca vi esse tal de Lamcello na vida e me deparei com a beldade sorridente numa prateleira de loja de 99 centavos (e essa lata custou 49 centavos). Por 49 centavos até tapa na cara, right? Review: é uma espécie de cidra de pêra, gostosinha mas não tããão boa quando a Kopparberg ou a Rekorderlig, minhas favoritas – ambas suecas; desde quando sueco virou expert em cidra? Em todo caso, se você quiser ficar bêbado gastando pouco fica a dica porque esses 7.5% de teor alcóolico aí na latinha enganam e a danada é forte.
Eu estava procurando um bloquinho pra fazer a minha lista de tarefas semanal – sim, aquela que nunca sai do papel – e encontrei esse na TKMaxx de Taunton onde eu estava passeando semana passada; 2,99 e ele veio pra casa. Gostei da cor, das argolas douradas e principalmente desse “should”. Coisas que eu DEVERIA fazer. Esse “should” ressonou comigo. Me senti compreendida por esse “should”, e quando a sexta feira chegar e eu tiver completado apenas 30% das tarefas da lista só vou precisar ler esse “should” pra me consolar. Coisas que eu DEVERIA ter feito, mas não fiz porque estava ocupada demais procrastinando. There’s more to life than to-do lists. *Repita até acreditar*
Outra coisa inútil que eu sempre desejei: “5 Year Notebooks” – uma espécie de diário que dura 5 anos e eu nem vou explicar muito porque esses caderninhos estão manjadíssimos na blogosfera e todo mundo sabe do que se trata. Esse aí é da Wilko e é bem pequenininho (pra comparar o tamanho o caderninho rosa é um Moleskine mini).
Fiquei meio emo com essa descrição na primeira página, porque a vida é mesmo essa sucessão de marés imprevisíveis e manter um diário, seja qual for o tipo (blog, caderno, rede social, etc.) ajuda a perceber que não há fase boa ou ruim que dure pra sempre. É pra manter a esperança, mas sempre em alerta. Aproveitar o momento, mas planejando o futuro já prevendo baixas. Pensou que era fácil? Nope.
Eu ia começar em junho, mas achei melhor deixar pra janeiro de 2017. Nem sei se estarei viva ou se vou chegar a completar o caderno (por preguiça ou destino), mas é um voto de confiança no meu próprio futuro e comprometimento com uma causa – idiota, claro, mas a gente escolhe o desafio de acordo com a capacidade. E vamos conversar de novo sobre isso em 2022. :)
Por falar em destino, alguém perdeu esse óculos na rua e eu achei – e sou imatura o suficiente para ter e usar óculos em forma de coração.
O par nude eu comprei na Primark e tem rodado bastante comigo por aí. Forçando a barra, já que não estamos vendo muito a cara do sol nesse “verão”.
Outra comprinha que me deixou feliz na hora foi esse batom. Tenho apreço pela banquinha de promoções da KIKO:
A embalagem é uma graça (demorei um tempo descobrindo como abrir, rs) e não dá pra ver na foto mas ela é iridescente. O batom em si parece vermelho escuro, mas na real é um marrom chocolate matte. Nem tão matte (ou pigmentado) quanto os da Bourjois, no entanto.
Infelizmente eu comprei pensando na Kardashian, esquecendo que eu não tenho a cara da Kardashian então em mim ficou bizarro mesmo (a menos que a vibe”caí de boca numa poça de lama” esteja trending sem que eu saiba) e eu não sei se vou usar. Mas ficou bonitinho enfeitando a penteadeira. Risos.
Outro artigo de papelaria: caderninho de anotação pra levar na bolsa (sim, eu sou a louca dos caderninhos). Da Home Bargains.
Se você começar a fuçar loucamente esse tipo de loja vai achar coisas bacanas por preços ridículos, a ponto de fazer acreditar que dane-se o capitalismo, você nunca mais vai passar fome novamente morando num lugar onde tudo é tão barato. Risos II. E antes que me acusem, a bolsa da Kipling veio da TKMaxx. :)
Achei essa bandeirinha de arco íris que ganhei na Pride London ainda dentro da bolsa que estava usando naquele dia e ganhei um UP imediato no estado de espírito:
Recomendo pra qualquer pessoa; a vibe é diferente das paradas brasileiras (aqui o foco é mais político/humanitário/militante) e você sai de lá com as energias recarregadas e um pouco mais de fé na humanidade.
Nostalgia de 2004/2005 e da minha coleção de Pinky Streets. Vou deixar esse casalzinho aqui (ela flertando, ele distraído; boys…) para deixar o seu dia mais fofo. You’re welcome.
Sempre tive um crush naquele macaquinho mascote da Kipling, desde quando levava minhas pernas pré-adolescentes para bater no shopping, lanchar junk food e fazer pesquisa de preços. Chegando à conclusão de que até mesmo a bolsinha de lápis custava mais do que a minha mesada permitia, perguntei à vendedora se podia comprar só o macaco. Ela riu, me deixou de lado e foi atender outra pessoa. Fosse hoje, plena era das redes sociais enquanto ferramentas de bullying reverso, eu faria um textão indignado no facebook que ganharia 30.000 compartilhamentos pedindo boicote e quiçá provocaria a demissão da funcionária metida. Mas em 1992 os únicos cursos de ação possíveis eram, a saber:
a) sair da loja, ganhar na loto, voltar sacudindo quinze sacolas da Pakalolo ou Cantão e ter o meu momentinho Julia Roberts em Pretty Woman gritando “MISTAKE! BIIIIG MISTAKE!”
b) sair de loja de orelha murcha, voltar pra casa e assistir Pretty Woman chorando dentro de um pote de sorvete.
Pelo menos o sorvete era Kibon.
Passei uns anos desenvolvendo um certo odinho socialista àquele primata pedante e a tudo o que ele representava; nos meus delírios proletários eu jogava uma bomba atômica em cima da loja e o macaco dentro de uma jaula de tigres de pelúcia famintos. Mas ainda bem que a gente não é adolescente pra sempre e a maturidade me trouxe um emprego (argh) e um salário no fim do mês (urrú) – uma pena que na época meus principais interesses atendiam pelos nomes de Antarctica, Brahma, Original (e ok, Bavaria depois do dia 20) e bares levavam quase todo o meu dinheiro. E depois que passei a bolsas “adultas” eu acabei empurrando a idéia do macaquinho para o fundo da gaveta de desejos reprimidos da infância.
Até agora:
O batom é reposição de estoque porque o meu estava no fim e eu peguei de graça com o meu cartãozinho de fidelidade da Boots; que mun-rá abençoe muito essa drogaria, amém. Respectivo me trouxe esse perfume de Gibraltar.
E assim começam as celebrações pré-aniversário da Lolla, sem facada no bolso mas com muito amor, bolo, cheirinho de rosas e macacos de pelúcia – no caso macaca, que atende pelo singelo nome de Melissa.
Welcome home, Mel. Not a day too soon.
Antes tarde do que nunca. ♥
The leaves are leaving me.
Outono, que mal começou, já acelerando para acabar. Oficialmente dois meses para 2016 já estar dando seus primeiros passos rumo ao fim.
Nessa época do ano é engraçado ver as lojas *desesperadas* para que o dia 31 de Outubro acabe logo e eles possam tirar abóboras, bruxas e esqueletos das prateleiras e encher tudo de enfeites natalinos. Desde meados de outubro as seções de Natal já estão funcionando, mas precisam dividir espaço nas vitrines com o Halloween. E você pode ver o desespero hesitante em tempo real, os itens nas prateleiras sendo *lentamente* empurrados para um cantinho a fim de que bonecos de neve, renas e papais noéis ocupem cada vez mais lugar. Goodbye preto, laranja e roxo; hello verde e vermelho.
Muffin clandestino (não costumo comer açúcar durante a semana) do dia no BBs: toffee apple. Uma edição limitada com pedacinhos de maçã assada na massa e a cobertura de caramelo com esse confeito em forma de coruja. Mimo de Halloween.
No fim de semana passado comprei dois pacotes de Oreo – o biscoito que jurei que não ia comprar nunca mais, porque não gosto e sempre me enjoa – por motivos de: recheio de manteiga de amendoin. ♥ O outro era um Oreo branco. Posso não gostar de Oreo, mas não resisto a uma novidade. Decidi não comprar o cookie cake na Millie’s e me arrependi amargamente porque essa semana eles estavam decorados com bruxinhas e fantasmas e eu tenho 10 anos. Mas comprei roulade de café na Marks & Spencer para compensar. Os Oreos? Meh. Decidi que não gosto mesmo.
Canecas do dia: polka dots douradas na BHS:
Princesa Leia na Disney Store: as alças duplas são os sidebuns. Nerd love. ♥
O Halloween 2015 aconteceu em Kent, e antes teve passeio pelo countryside. Por aqui dizem que um dos sinais da velhice chegando é planejar caminhadas pelo campo seguidas de chá com bolo no fim de semana – ou seja, aparentemente estou a dois passos da casa de repouso.
Pegue aqui suas maçãs gratuitas. ♥
Fiquei com vontade de pegar mesmo tantas dentro de cada saco e achei a maioria fosse estragar e não quis desperdiçar a generosidade alheia.
Hora do bolo, que hora tão feliz.
Licor de sabugueiro e framboesa.
Perfeito esse bolinho. ♥
E esses saleiros de patinhos? Cada mesa tinha um conjunto diferente: ovelhas, corujas, porquinhos, etc.
Saddlescombe é uma fazenda de verdade, funcionando 100%. Durante todo o tempo ficamos ouvindo os berros dos bezerros recém-separados das mães. Triste, but such is farm life. :/
E se uma vaca preta cruzar o seu caminho no halloween?
Esse veio da Street, uma rede de sapatarias em Hannover. Eu usei TANTO esse sapato que o custo por uso está na casa dos centavos. Já está meio velhinho, o salto um pouco gasto e alargou com o uso, por isso eu comprei esse aqui para “substituir” porque a vibe é parecida. Mas não é a mesma coisa.
Eu nunca fui fã dessa cor; evitei-a ferozmente durante a adolescência pirigótica obrigatória. Mas passaram-se os anos e eu por fim me rendi às cores. Meu guarda-roupas ainda está longe de lembrar figurino de parada LGBT, mas baby steps.
São super confortáveis e gosto de usar com vestidinhos de verão. Sim, aquela estação que pode ou não acontecer nesse hemisfério.
Esses Doc Martens são fake, rs.
Tenho outros originais; porém, detalhes a considerar: a) eu quis economizar porque achei que teria pouco uso para um par cor-de-rosa na vida adulta (meu primeiro par de Docs era verde limão e eu usei muito – mas eu tinha 17 anos) e b) Docs originais são lindos, mas até entrarem em acordo com seus pés são duros e desconfortáveis. Machucam mesmo. E eu quis me poupar, porque com 17 anos você aceita sofrer por estilo mas depois da velhice a balança pesa pro lado do conforto.
Esse sapatinho “T-Bar” como se chama aqui (por conta da fivela em forma de T) é da ASOS; o preço estava ridículo e por isso eu comprei também um par preto. O salto é meio anabela/plataforma, mas sem atingir níveis muito altos na escala Richter da cafonice:
Foram queridíssimos por um bom tempo, mas meu pé sempre acusava um certo perrengue. No momento estão semi-aposentados e só saem da gaveta quando um sapato BORDÔ se faz necessário.
Outro par de T-Bars; parece quase branco, mas na verdade é um rosa bem claro (e também da New Look):
Comprei porque gostei do modelo e desse detalhe de tachinhas douradas – uma pequena concessão ao espírito da minha perua interior, afogada sem muita piedade em oceanos de cerveja Malzbier e Cuba Libre ao som de Bauhaus em festas góticas nos anos 90.
Como tem esse leve saltinho eu uso apenas em ocasiões especiais, onde tenho que estar fofa e sei que não vou andar muito.
Imbuída do propósito de desprovar a noção geral de que eu só tenho UM sapato resolvi iniciar essa mini série com alguns dos meus preferidos. Lembro de passar tardes na infância emburrada dentro de alguma sapataria – que era minha idéia de inferno na terra. Mamãe sempre foi “shoeholic” e eu, que não via graça nenhuma em sapatos, quase falecia de tédio, revolta e impaciência.
Mas agora tudo mudou e assim como quase todo mundo que entra na idade adulta (?) eu estou me transformando na minha mãe (inclusive descobrindo um amor inenarrável por ROUPA DE CAMA, outro trauma de infância revisitado; fica pra outro post) e hoje em dia sapatos são coisas legais. Aqui começamos a Season Red, que terá duas partes, mas logo aviso que não costumo variar muito em termos de cores por motivos de maximizar possibilidades de combinação com roupas – então deverá ter uma LONGA SEASON BLACK.
Esse cute little red number foi adquirido para substituir outro favorito vermelho, por ser muito parecido:
Logo no primeiro dia de uso eu fui para uma festa de aniversário que começou num restaurante português com drinks e petiscos; mas de lá para o outro restaurante (chinês com karaokê) onde a festa e o jantar aconteceriam eu tive que andar por quase 40 minutos com um sapato novo nos pés e, lógico, ganhei bolhas. *sad trombone*
Próximos vermelhinhos da lista: essas mary janes:
Zero glamour e nem vou tentar me defender, mas são tão confortáveis!
As meias coloridas são pra fazer contraste. Vamos fingir que eu não saio de casa parecendo uma explosão na seção de tintas da Leroy Merlin, ok? Ok.
E para encerrar hoje, isso mesmo: uma Melissa (eu engolindo as palavras de quando disse que não mais pagaria preço de couro por sapatos de plástico).
Ok, vou ter que partir o coração de quem diz que o modelo Aranha é o único da Melissa que não machuca os pés. Porque machuca os meus, sim – I’m such a sensitive little flower, after all. Prefiro usar com meia, o que nem sempre é possível. Mas estamos aí na batalha, eu e essa Melissa, porque acho o modelo bastante bonitinho e, de fato, não machuca TANTO quanto outras Melissas que já usei.
“Os anos 80 ligaram pedindo a sua infância de volta, Lolla Moon”
Ando numa fase de desânimo mental e emocional, daquelas que nem terapia consumista cura. O que é bom, porque a gente nunca deveria tentar curar tristeza com o cartão de crédito; para isso há remédios gratuitos, como um passeio no parque na primeira manhã de sol depois de uma semana de chuva e ventania, descobrir uma banda nova e passar um dia inteiro com o álbum no repeat, afofar bichos de estimação, fazer cortinas novas e várias canecas de chá e tigelas de sopa quentinhas. I’ve done the lot and I’m happy to inform that I feel much better now. :)
Mas como deixar o cartão de crédito na bolsa depois de meia hora na Tiger?
Eu estava querendo essa mini leiteira/molheira de asas e o mini ramekin de coração faz tempo. Não curto comprar nada por impulso, mesmo coisas baratas, e ia deixando pra depois. Dessa vez resolvi levar pra casa porque o estoque da Tiger muda com frequência e tive medo que eles sumissem das prateleiras.
A coroa é um porta anéis, e embora eu tenha gaveteiros de acrílico (da MUJI) para guardar bijouterias, os que eu mais uso acabavam ficando do lado de fora pra agilizar. Bem, agora eles ficam aqui:
A ilustração veio de Bellagio, uma vila turística em Lake Como, na Itália (o que me lembra que eu não terminei de postar as fotos daquela viagem aqui). Estou à espera de encontrar a moldura perfeita pra ele.
O inverno não foi bacana com as plantas esse ano – não entendi o porquê; não é como se tivesse feito tanto frio assim – e vários gerânios (e algumas suculentas mais frágeis) morreram. Fiquei chateada e demotivada, mas tomorrow is a new day, e em 11 dias será outra primavera. ♥
Os chás não têm, na verdade, gosto de abacaxi, laranja ou maçã. Mas eu gosto das embalagens.
Chá novo e revistas velhas.
Os comerciais de natal começaram na TV. Ainda não vi o da John Lewis, que todos os anos produz alguma peça sentimental que vira o assunto da semana. Confesso que o único de que eu gostei foi esse, de 2010. Outro dia vi o primeiro anúncio natalino da Coca Cola de 2014 e me assustei: o ano oficialmente acabou.
Por essa época os jornais chegam pesados de catálogos de coisas que eu não tenho interesse em adquirir e usei-os para fazer uma fogueirinha no quintal. Comprei mais uma caneca para a minha coleção de louças da Ikea. Fiz doze quadradinhos coloridos de crochê; faltam apenas mais 348 para a colcha que eu provavelmente nunca vou terminar. Passei duas horas tentando pôr prateleiras na parede da cozinha (sem sucesso), assistindo Big Trouble in Little China com os meninos e pensando em como é terrível passar o Natal no Brasil e como é bonito o Rio de Janeiro no inverno. Saudade e alívio.
Descobri que a lojinha da Artbox, que antes ficava em Camden mas fechou anos atrás, se mudou pra uma galeria em Seven Dials e aumentou muito de tamanho. ♥ Fui atendida por uma mocinha japonesa super simpática e admirei artigos de papelaria ao som de J-pop. Me senti em Tóquio de novo; só faltou uma maquininha de gashapon num canto – fica aí a dica, Artbox. :)
Eu estava querendo esses Sonny Angels “moreninhos de praia” há um tempão. Ontem mesmo ele já estava dando pinta no Instagram.
As canetas são uma graça e bem fininhas (ponta variando entre 0.3 e 0.4), como eu prefiro. Os bloquinhos eu pretendo usar como post-its (basta colar com fita washi). A 1,80 cada eu me arrependi de não ter comprado outros; num deles o personagem é uma “berinjela bêbada”. Gotta love Japan.
Os dots de feltro não têm utilidade prática, apenas decorativa. Eu também deveria ter comprado mais porque eles tinham todas as cores do arco-íris.
E o melho é receber suas compras nessa sacolinha que eu não tive coragem de jogar fora.
Ali perto tem a Magma Books onde eu encontrei mais um exemplar da revista Flow.
No fim do dia eu fui pegar meu trem em Victoria Station e já que estava ali mesmo fucei as prateleiras da HEMA (já falei dela aqui). Eles têm uma variedade bacana de caderninhos tamanho A6 de capa dura, que funcionariam muito bem como agendas/planners ou até mesmo journalling se você não for muito prolixo.
Mais uma das muitas surpresas dessa cidade: parar num posto de gasolina e descobrir que Alfred Hitchcock nasceu ali (quando era uma casa e não um posto de gasolina, claro):
E quando olho pro lado me deparo com essa singela homenagem de um artista local ao diretor de Os Pássaros: (destaque para a pequena Tippi Hedren desesperada, o que imediatamente me faz lembrar dessa Barbie, risos).
Motivada pelas perguntas que recebo sobre perfumes favoritos eu resolvi criar essa “tag” sem tag para falar dos meus. No momento o “bottle count” da casa está em treze frascos, mas a minha wishlist é enorme – hello, Escentual.
Um deles é um caso típico de Amor X Ódio: Amarige, da Givenchy. É uma fragrância clássica e intensa, garantia de sucesso com as gerações mais velhas – especialmente aqueles cujo olfato começa a diminuir com a idade e não é mais tão simples perceber aromas sutis. Mas um amigo meu, na casa dos 30, se recusa a me ver se eu estiver usando porque deixa ele enjoado. “Fresco”, eu pensava, mas na verdade através dos anos eu encontrei perfumes que tiveram o mesmo efeito sobre mim, portanto agora eu costumo ser mais compreensiva com os reclamões. O que não quer dizer que eu não irei usar ocasionalmente quando sei que vou encontrar o fresco, só pra irritar. :)
Amarige foi criado em 1991 para a House of Givenchy. O design do frasco foi inspirado no design da “Bettina Blouse”, uma das peças da primeira coleção de Hubert de Givenchy – batizada em homenagem à sua modelo e musa Bettina Graziani. É um floral adocicado com base amadeirada e tem notas de flor de laranjeira, pêssego, violeta, ameixa, orquídea, rosa, gardênia, sândalo e baunilha. Mas, como todo perfume, vai ser percebido de maneiras diferentes em contato com a pele de cada pessoa. Minha mãe adorou, o que é um problema porque agora ela gasta um vidro desses a cada seis meses e espera ganhar um novo. Ouch. :/
De vez em quanto até eu pego bode do Amarige. Preciso deixá-lo de lado por uns tempos, esquecido no fundo de uma gaveta escura, e esperar pelo dia em que eu vou me lembrar dele e sentir uma vontade irresistível de sentir o perfume. Outro dia achei isso colado numa agenda velha: “I like to spray a bit of Amarige in the air and walk into the mist, feeling like a goddess afterwards; the kind of woman that walks into a party and causes everyone to fall in love with her a little bit.”
Queria apresentar o meu Coharu para as aficcionadas por papelaria.
Fiquei em dúvida entre um desses e uma dessas Fuji Instax que se popularizaram bastante nos últimos anos. Pensei em comprar os dois, mas concluí que na verdade eu não “precisava” de nenhum e então escolher um só fazia sentido. Devia ter comprado ambos. Oh well. Fica pra próxima.
O Coharu é uma etiquetadora (ou label maker, ou mini impressora, como prefiram) para fitas de papel. Tem formato de maleta com uma pequena alça de couro. Eu me interessei por ele muitos anos atrás, quando era uma pré-adolescente que curtia pegar o busão intermunicipal pra São Paulo pra comprar mangá na Liberdade – que eu evidentemente não tinha como ler porque estavam em japonês, mas quem liga. Não existia facebook naquela época e as crianças tinham que apelar pra se divertir.
Esses mangás eram impressos em papel jornal monocromático mas tinham páginas brilhantes coloridas com anúncios de produtos infantis – brinquedos, roupas, comida, artigos de papelaria, etc. Foi numa dessas páginas que eu conheci o Coharu e imediatamente achei a coisa mais linda do planeta e sonhei em ter um. Duas décadas depois o sonho virou realidade nos corredores da maravilhosa Yodobashi Camera em Akihabara quando me deparei com uma prateleira cheia de Coharus e fitinhas coloridas. ♥
Você abre a parte de trás, coloca a fita escolhida, liga, lê o HELLO (com um desenho de abelhinha) com o qual o Coharu te recepciona, escolhe entre as seis fontes disponíveis, o tamanho do texto, digita e clica no passarinho rosa para imprimir. Pronto!
Como dá pra ver também é possível inserir símbolos (dingbats). O menu traz cerca de 300 imagens + molduras variadas. O manual é todo em japonês, mas com um pouco de paciência você consegue interpretar as instruções e usar sem problemas. :)
(aqui você pode ver alguns dos desenhos, molduras e as fontes).
O melhor de tudo é que a impressão é feita através de heat printing, ou seja, ela “queima” o papel, dispensando o uso de tinta. A única coisa que você precisa trocar são as pilhas. A impressão é bem forte, detalhada e perfeita. :)
Agora a pegadinha: o Coharu não funciona com washi tapes tradicionais e é preciso adquirir fitas próprias. Elas são do tamanho e material corretos e têm o lado autocolante protegido por um papel fininho, pra evitar que grudem na impressora. As fitas não são exatamente baratas e são um pé no saco pra achar, mas já fiquei sabendo que é possível encomendar no Etsy. Mas de qualquer modo o carregamento que eu trouxe do Japão deve durar por pelo menos mais uns anos…
(faltando uma das fitinhas que eu esqueci de pôr na foto; é a primeira na pilha de fitas da primeira foto desse post. Taí outra coisa que eu deveria ter comprado mais, inclusive. :/)
Outra parte chatinha é que o Coharu “puxa” um pedaço grande de fita antes de efetivamente começar a imprimir, o que gera algum desperdício. Que eu minimizo dessa forma: abro o aparelho e volto um pouco a fita antes de começar a próxima impressão.
Aqui tem um vídeo tutorial mostrando inclusive a embalagem fofa. E já que estamos no assunto, aproveito para apresentar o meu MOTEX (esse veio da Amazon, mesmo):
É uma versão mais moderninha e kawaii daquelas etiquetadoras manuais antigas, que funcionam marcando à pressão fitas plásticas próprias para tal, deixando o texto em alto-relevo. Todo mundo já viu essas etiquetas em pastas de documentos em escritórios; foram muito populares nos anos 80 mas hoje em dia já existem eletrônicas que são mais rápidas e eficientes – só que eu curto a vibe retrô e tal. :)
(foto daqui pra dar o exemplo, já que eu não fiz foto das fitas prontas)
Eu também tenho um DYMO, esse gordinho azul à direita, mais tradicional, mas a MOTEX tem cores de fitas legais (incluindo transparentes, polka dots e fluorescentes) e a fonte é mais moderna e bonitinha. O meu tem duas rodas; uma de minúsculas + números e a outra com maiúsculas + desenhos decorativos/pontuação.
Pra encerrar, outra desnecessidade que eu trouxe de Tóquio (mas que dá pra comprar na Amazon e no Ebay): Deco Rush. Parece fita corretiva, mas é decalque – ao invés de uma fita branca para cobrir as suas mancadas você tem desenhos. ♥
Essas eu sinceramente achei meio blé. Ok, bonitinhas, mas às vezes não funcionam direito e os desenhos ficam meio falhos. Nada que me impeça de querer comprar mais, haha.
Bônus: kit de 25 pincéis que eu comprei ontem na Wilkinson por TRÊS. libras. ♥
Não me olhem com essa cara; eu tenho uso sim pra pincéis, viu?
Eu tenho uma pequena coleção de livros usados bizarros que “me aconteceram”. Eu nem mesmo tinha saído para comprar livros, mas uma banquinha de promoção sorrateira me apareceu no meio de uma calçada e… São vários exemplares de coisas que se jogaram no meu caminho, às vezes tão estranhas que parecem não ter um nicho nessa dimensão e sim caído de outra realidade; eu jogo o nome no Google só pra encontrar online e me certificar de que realmente existem.
O exemplar abaixo, por exemplo: não consegui deixar para trás um livro que mistura ilustrações com fotografia, poesia surrealista e tem sereiazinhas misândricas – que não somente NÃO encantam marinheiros como também se fingem de podres para afugentar pretendentes – numa vibe “prefiro estar morta feat. decomposta a te dar bola”
Priceless. Ok, na verdade teve preço sim. 3 libras.
Trespassers will be prosecuted welcome. ♥
Hallelujah Anyway foi publicado há 30 anos e já está out of print.
Enquanto fazia esse post fui procurar um link do autor, Patrick Woodroffe, e descobri que ele morreu há pouco mais de dois meses. Mais ou menos na mesma época em que eu subitamente me lembrei desse livro e fui fuçar as caixas de mudança para encontrá-lo. Bizarro indeed.