O serviço de meteorologia informa que a heatwave deve voltar amanhã, mas esses dois dias de interlúdio climático me restauraram a vontade de viver. E aqui temos mais uma opinião impopular que me vi forçada a admitir: eu realmente não gosto do verão. Em nenhum hemisfério.
Quando eu era mais jovem as pessoas me diziam que aquela era a melhor fase da vida e eu devia aproveitar. Por um lado eu até hoje acho que eles estavam certos; algumas coisas são, de fato, mais bonitas quando vistas através de olhos ingênuos e com o encantamento da primeira vez. Mas uma das maiores conquistas da idade adulta foi a experiência que me permitiu entender que não faz sentido querer o que os outros têm ou desejam quando eu já me conheço o bastante para saber que quero outras coisas. Que podem não fazer sentido para quem está de fora, mas deixá-las para trás em busca de uma realização “one size fits all” é garantia de frustração.
Sinto que passei os últimos três ou quatro anos da minha vida em hiato, passando a limpo os rascunhos dos meus planos para o futuro e descartando supostos “sonhos” que eu nunca realmente sonhei. Ou que talvez fossem os sonhos de infância de alguém que cresceu, mudou e ajustou suas expectativas de criança à personalidade que veio se revelando através do tempo. Perdi “amizades”, fui vista como estranha, ressentida, delusional. Tentei me enquadrar e querer e sonhar parecido com os demais e assim transformei meus dias numa interminável festa chata ouvindo música ruim, bebendo vinho morno e cercada de malas me entediando com histórias que eu não queria ouvir. I think I’m done.
Vou ali pôr algo mais confortável, queimar uma vela, chamar Tori Amos no stereo e fazer outro bule de chá. It’s finally ok to be who I am.
“There must be some other door that they are saving behind which my happiness lies I won’t be wasting my words To tell you hopes that I had – we can just leave it alone, for now.”
i’m Creedence Clearwater Wright
best friend of Elodie Eye
we’ve been tight since Percy Elementary, class of 1985
we moved together out to Philly after college
took a two bedroom at South & 9th
i sold my violin so we could have it easy
El got her grandmother’s money when she died
we laughed like we were queens and split our ballgowns at the seams
and every single time I’d dream it was only El & me
but then she slipped away from me, she met a boy from New Jersey
and they fell fast in love of course
i swear it felt like a divorce
this september i’ll be 26 years old
and El’s the only one besides my dad who’s ever said i love you Creedence
took got a job downtown, it’s an hour on the bus each way
typing letters for a lawyer in a bad toupee
it’s dumb i know but it pays okay
and did i mention i moved out?
i got my own place off of South and i’ve been living hand to mouth
for going on a year by now
and yes i still see El around, it’s different but i can’t say how
she cut her hair, it’s back to brown
she’s living with her boyfriend now
and since september i’ve been 26 years old
she’s still the only one besides my dad who’s ever said
i love you Creedence.
High street em Ingatestone, Essex, ready for halloween.
(“high street” é como se chama aqui a rua principal de um bairro onde fica o comércio, lojas e serviços)
E aí, tudo em cima para o Natal? :) Sou fã dessa época do ano. Por motivos de atmosfera festiva, luzinhas natalinas (eu amo fairy lights, costumo tê-las espalhadas pela casa o ano inteiro e elas imediatamente melhoram o meu astral), especiais bregas na TV e muita comida. Especialmente agora que não como mais carboidratos, ter vários dias para me esbaldar neles é razão o bastante para comemorar. E para gastar calorias (e dinheiro) nas liquidações que costumam pipocar pela cidade no dia seguinte ao Natal.
Outro dia eu fiz uma pesquisa de opinião no formspring a fim de saber os motivos que levavam as pessoas a gostar ou desgostar de Natal. Entre os motivos para não curtir sempre estava o fato de ter que se reunir com familiares chatos. Acho que tive sorte nesse aspecto. Sempre passei meus natais em casa, decorando a árvore, ouvindo música, comendo e assistindo a TV sem ter que visitar ou ser visitada por ninguém. Minha mãe sempre se ressentiu, porque para ela essas datas são sinônimo de casa cheia. Mas eu sempre vou agradecer à rabugice do meu pai que vetava essas idéias antes de serem postas em prática. Não consigo imaginar minha casa cheia de tias chatas comendo o meu bolo e os primos que praticavam bullying com a minha pessoa. Assistir o Especial de Natal da Xuxa em paz comendo panetone e cercada de luzinhas coloridas? Essa é a minha praia, esse é o meu clube. ♥
Para celebrar a data, toma a playlist de Natal versão 2012. Tem até Auld Lang Syne em ritmo de samba, OU SEJA. E me desculpo previamente por ter incluído GLEE, mas não achei outra versão mais animadinha de Deck the Rooftops no Grooveshark.
CHRISTMAS TIME VOL. II 01. It’s beginning to look a lot like christmas – Dean Martin 02. Jing-A-Ling-A-Long – Wayne King and his Orchestra 03. What Christmas Means to Me – Cee Lo Green 04. Joy to the world – Whitney Houston 05. Holly Jolly Christmas – Various 06. A Marshmallow World – Brenda Lee 07. Winter – Big Scary 08. Auld Lang Syne – Pink Martini 09. Welcome Christmas – Boris Karloff 10. Here Comes Santa Claus – Doris Day 11. Santa Claus is Coming to Town – Faith Hill 12. O Come All Ye Faithfil – Johnny Cash 13. Jingle Bells – Frank Sinatra 14. O Holy Night – Kelly Clarkson 15. Carol of the Bells – Disney 16. Angels We Have Heard of High – Mormon Tabernacle Choir 17. Christmas Lights – Coldplay 18. Patapan – O Come, O Come – Mindy Gledhill 19. Maybe this Christmas – Ron Sexmith 20. I’ll Be Home for Christmas – Elvis Presley 21. What Child is This? – Charlotte Church 22. It’s Not Christmas Without You – Victoria Justice 23. Gloria – Jewel 24. Christmas TV – Slow Club 25. Deck the Rooftop – Glee
E aproveitando também para repostar a playlist do ano passado, que teve algumas músicas deletadas graças à n00bice do Grooveshark e que eu consegui recuperar graças à uma leitora que me enviou a relação completa de músicas novamente – obrigada, sualinda. :)
CHRISTMAS TIME VOL. I 01. Winter Wonderland – Bing Crosby 02. Do They Know it’s Christmas? – Band Aid 03. Driving Home for Christmas – Chris Rea 04. Let it Snow – Dean Martin 05. Santa Claus is Coming to Town – Jackson 5 06. All I Want for Christmas is You – Mariah Carey 07. Rudolph the Red Nosed Reindeer – Destiny’s Child 08. Last Christmas – Wham! 09. Silent Night – Frank Sinatra 10. Have Yourself a Merry Little Christmas – Judy Garland 11. Merry Christmas Darling – The Carpenters 12. Jingle Bell Rock – Bobby Helms 13. Rockin’ Around the Christmas Tree – Mel & Kim 14. Baby, It’s Cold Outside – Tom Jones & Cerys Matthews 15. Santa Baby – Eartha Kitt 16. Fairytale of New York – The Pogues & Kirsty MacColl 17. Walking in the Air – Aled Jones 18. A Wonderful Christmas Time – Paul McCartney 19. Merry Christmas Everybody – Slade 20. We Wish you a Merry Christmas – Weezer 21. Blue Christmas – Elvis Presley 22. Christmas Through your Eyes – Gloria Estefan 23. War is Over – John Lennon, The Harlem Community Choir, Yoko Ono & The Plastic Ono Band 24.O Come All Ye Faithful – Luther Vandross 25. White Christmas – Darlene Love
Todos os anos o “inferno astral” inaugura uma temporada salutar de blocks, unfriends e unfollows. Eu sempre termino um ano e começo outro tendo problemas com pessoas. Sempre. Juro que não entendo. Há quem diga que são os ânimos exaltados dessa época, mas não é o meu caso porque o Natal e o Ano Novo só me deixam feliz e com vontade de mandar amor, cartão de Natal e bolo para as pessoas. E só não faço isso com frequência por questões de distância física e, talvez, por ter sido mal interpretada no passado.
É sempre com tristeza que vejo amizades indo embora. Principalmente tendo tão poucas. Mas por outro lado eu sempre recebo de braços abertos qualquer oportunidade de renovação; sou daquelas que ama fazer limpeza de gavetas, armários e jogar fora o que não tem mais utilidade e só ocupa espaço. Eu não acredito em astrologia, nem em forças ocultas, mas se existir alguma coisa não-palpável por aí (nem que seja o acaso) que me ajuda a limpar a vida de presenças nefastas, inúteis e que servem apenas para pesar sem necessidade, estaremos agradecendo viu? Mais espaço para encher de livros, bolo, viagens e amigos de verdade. Venha leve, 2013.
Desculpem pelo mimimi e um Feliz Natal para todos os lindos e lindas. ♥
Passo uma semana fora e, na ida ao supermercado essa tarde, me dou conta de que o outono já está mesmo por aqui. Umas fotos bestas de celular para registrar o momento. :)
E casualmente, como se fosse um gato, uma raposa desfila pela rua.
E por falar em estações, uma playlist intitulada “The Summer that (almost) Never Was”. Porque na verdade aqui ele praticamente não existiu, salvo o período das olimpíadas. Mas aí eu já tinha desistido de esperar por ele, engavetado meus planos e trilhas sonoras, e foi como se nunca tivesse de fato acontecido. Enfim, postei os vídeos no formspring e resolvi deixar aqui também. :)
3. Qual delas representa o que você está sentindo hoje?
Na verdade nenhuma. Hoje eu estava voluntariamente ouvindo trash. :)
4. Qual delas você não ouvia há algum tempo?
As duas primeiras. Essa do Spy então, jeez, não devo ouvir isso desde a adolescência, haha.
5. Alguma delas te traz uma lembrança marcante? Qual?
“Bury My Lovely” lembra uma longa e feliz viagem de ônibus que durou dez horas. “All Over the World” me lembra intervalos da faculdade, onde eu e a Beth tentávamos explicar para uma patty o significado de “surf music”. “There’s a World Outside” me lembra romances da juventude. “Hiding Out” me lembra de alguma coisa que eu ainda nem sei se vivi. “Crossover” me lembra o Brasil ano passado, ouvindo essa música no mp3 player sentada no ônibus.
6. Qual delas é a sua favorita?
Difícil… Acho que hoje seria “Bury My Lovely”, porque fazia tempo que não ouvia October Project e me fez ter vontade de ouvir o CD (EDIT: acabo de perceber que ele sumiu).
7. Qual delas você definitivamente indicaria para as pessoas ouvirem?
Não sei, eu não costumo indicar músicas porque o meu gosto musical varia entre o mainstream e o bizarro. Acho que nenhuma dessas cinco é particularmente ofensiva, mas também não combinam tanto com esse mundo de Beyoncés e Gagas.
8. Algumas delas possui um clipe que é o seu favorito? Sendo positiva a resposta, poste link do clipe para o YouTube.
“Bury My Lovely”, sem dúvida. No link que eu pus, o top comment explica tanto a letra da música quanto o vídeo. Também gosto do vídeo dessa versão de Hiding Out por ser ao vivo.
9. Relacione as músicas com 5 pessoas e as indique para o meme.
Vou ter que pular essa porque da última vez que relacionei músicas com pessoas (lá pelos idos de 2002) rolou um constrangimento coletivo. Mas quem quiser fazer o meme fique à vontade, por favor. E se quiser deixe o link nos comentários, porque eu adoro conhecer música nova. :)
stone, the world is stone cold to the touch and hard on the soul in the grey of the streets in the neon unknown i look for a sign that i’m not on my own that i’m not here alone
stone, the world is stone from the far away look without stars in my eyes throught the halls of the rich and the flats of the poor wherever i go there’s no warmth anymore there’s no love anymore
so i turn on my heels i’m declining the fall i’ve had all i can take with my back to the wall tell the world im not in i’m not taking the call
stone, the world is stone but i saw it once with the stars in my eyes when each colour rang out in a thunderous chrome it’s no trick of the light i can’t find my way home in a world of stone
Conheci através desse vídeo no YouTube. Gostei da voz e do estilo folk da moça (que fez parte do Bombay Bicycle Club), uma espécie de Joni Mitchell moderninha; e o show me apresentou uma infinidade de músicas novas. O álbum de estréia sai em breve, e depois de assistir a esse show eu recomendo.
Niki and the Dove
Eu nem ia assistir, mas a descrição do som da banda no programa do festival me pegou pelo pé: electro pop gótico sueco. Corri pro palco Festival Republic e peguei o show no comecinho. A Niki se veste como a Madonna no início da carreira, tem a voz da Sia e o som é uma mistura de Cindy Lauper com Kate Bush. É claro que eu amei.
Paramore
Poucas fotos e de longe porque eu ainda estava tentando me inserir na massa do palco principal depois do show da Niki. Hayley estava vestindo uma camiseta do The Cure e disse que “sabia que todo mundo estava ali só esperando Bob Smith”. Bonitinha. Não precisava do mimimi, viu? Mas valeu por encerrar o show com Misery Business. :)
Cure
Eu não fiz muitas fotos por motivos de: dane-se, prefiro curtir. E também porque estava tentando chegar mais perto do palco; no fim, ficamos a uns 30 metros de distância. Rolou stress com um drogadinho querendo me empurrar (baixou a barraqueira e eu o ameacei com um spray de pimenta que eu nem mesmo tinha na bolsa, mas funcionou) e com um idiota gritando “TOCA MINT CAR!” do meu lado. Respectivo, que comprou até banquinho dobrável pra sentar (ele tem dor crônica nas costas) acabou nem sentando e, no fim do show, mal conseguia se mexer. E, bem, era o dia do ANIVERSÁRIO dele… Acabei com a festa do meu marido, mas OLHA, foi por um motivo nobre: a última vez que o The Cure tocou em Reading for em 1979 (!!) e dessa vez meteram DUAS HORAS E MEIA de show, com um set-list totalmente “pra galera” – tipo coletânea de sucessos.
Bob Smith parecia um globo de espelhos de boate de puteiro em dia de função: redondinho e cintilante, refletindo as luzes no meio do palco. E tentando explicar, de forma awkward, por que ele não conversa com o público: “I can’t explain why I don’t talk, talking between songs breaks the spell in my head – but I’m thinking it all, I promise”. Amor pra vida inteira. ♥
Outro dia me fizeram essa pergunta no formspring: Top 10 Músicas do The Cure. Eu respondi por lá, mas queria deixar por aqui também já que respostas se perdem naquele emaranhado sem arquivos. No fim do mês tem show do Cure no festival de Reading (EU VOU!); eis a oportunidade perfeita pra fazer uma listinha e entrar no clima. :)
SÓ DEZ? Difícil. Vai ser complicado resumir a obra de uma das minhas bandas favoritas (com uma quantidade imensa de singles lançados) numa compilaçãozinha “the best of”. Estamos falando aqui de álbuns INTEIROS bons. E não foram poucos assim – os ruins são minoria e mesmo desses dá pra salvar coisas. E tem dias em que eu acho A Letter to Elise uma obra prima, noutros uma cafonice sem tamanho. Como toda banda que a gente conhece bem, temos relações estranhas com muitas músicas. Definitivamente depende do clima.
– Charlotte Sometimes – Essa foi a música que fez com que eu me apaixonasse. Uma amiga querida e meio gótica sempre trazia fitas cassete recheadas de coisa boa quando ia trabalhar lá em casa. Acho que ela estava tentando fazer uma lavagem cerebral em mim, porque minha mãe só ouvia Roberto Carlos (que eu adoro) e Agnaldo Timóteo (errr… nope) e ela queria me salvar. Ela pegava a minha mão e a gente deslizava e rodopiava pelo piso de cerâmica da varanda da frente que tínhamos acabado de lavar. Eu pedia pra ela voltar a fita de novo e de novo até que um dia embolou no toca fitas e a gente passou horas desenrolando e enrolando tudo de volta (os ADOLESCENTES devem estar confusos com a tecnologia jurássica) mas, como mastigou um pouco, o som nunca mais foi o mesmo. Eu sempre me culpei por isso; sorry, Irene. Tomara que o destino tenha lhe trazido muitas alegrias – e a discografia inteira do The Cure em CD.
– The hanging garden – Lembro da primeira vez que ouvi. Estava numa festa no quintal da casa de alguém e me encaminhando para o banheiro a fim de fazer um xixi básico. Essa música começou a tocar e eu fiquei lá, paralisada, pensando “puta que pariu, puta que pariu, puta que pariu” e testando a elasticidade da minha bexiga. Por fim, não vi outra saída: me agachei atrás de uma cerca e mijei ali mesmo, só pra não ter que entrar na casa e deixar de ouvir a música. NINGUÉM FAZ MAIS FESTAS ASSIM, DAMN IT.
– In Between Days – Dispensa apresentações, um clássico das FMs nos anos 80. Um exemplo do talento dos caras para compor introduções longas e fabulosas. Adoro a letra meio bipolar e me identifiquei com ela em diversos momentos da minha existência, por diferentes motivos. Da série “radiofônicas populares” do Cure, essa é de longe a melhor.
– Sinking – De novo, introduções intermináveis e atmosféricas. Essa versão do link é um pouco diferente da versão do álbum porque se não me engano é uma live em estúdio (posso estar errada). Mas é mais bonita que a versão oficial, na minha opinião. Acredito que seja ótima para ouvir quando se está high on something.
– A Night Like This – Essa música caberia perfeitamente num teen movie do John Hughes (vide o sax 80s) e tenho até sugestão: entraria no final de Pretty in Pink (ao invés de “If You Leave” do OMD). Breguinha, mas tão, tão bonitinha… Boa pra road trips. Boa pra soundtrack de festinha, em que cada um traz um prato de salgadinho e uma garrafa de tubaína. “I want it to be perfect like before” Me too.
– Grinding Halt – Essa música é de… 1979!! Instant dance. :) Perdi a conta de quantas vezes ouvi isso nas festas rock que rolavam às sextas naqueles “clubes” (puteiros) da área do Lido em Copacabana. O que tinha importância: EVERYTHING IS COMING TO A GRINDING HALT! EVERYTHING IS COMING TO A GRINDING HALT! ok, parei.
– Just Like Heaven – Uma das preferidas de todo mundo, imediatamente me coloca num astral melhor. Não tem como não estar numa compilação. Da fase mais pop da banda, e eu acho engraçado como uma música tão alegrinha quanto um fim de semana na praia durante as férias de verão pode ter tanto a cara do The Cure.
– Push – Uma das que eu e meu ex, que também gostava muito de Cure, tínhamos em comum. Ele dizia preferir os álbums mais antigos e que eu gostava da fase farofa (well, that’s a lie). Essa ele julgava ser farofenta. Certa vez fomos de carro para Juiz de Fora (não pergunte) cantando essa música no repeat. GO GO GO, PUSH HIM AWAY!
– Killing an arab – Outra obrigatória de festinhas góticas. Não achei nenhuma versão com áudio realmente bom e fiel à versão original de estúdio; essa é meipodrinha, mas foi a melhor que encontrei. Enfim, dá pra ter uma idéia. Simples, curtinha, com punch quase punk. Hoje em dia meio que ficou marginalizada porque tem um arzinho xenófobo. What a pity.
– Lovesong – Nostálgica, levemente melancólica sem ser sombria. Bob compôs pra esposa dele. A Adele fez uma cover aceitável – mas podíamos ter passado sem, obrigada, porque a música não combina com ela. Apesar de eu achar que até combina com a Tori Amos, eu também não posso dizer que gosto da versão que ela fez. Por favor, mocinhas torturadas, queridas ou não: deixem essa música em paz. Obrigada.
– Play for today – Alguém aí que lembre, ainda que vagamente, dos anos 80 lembra da propaganda da Aldeia dos Ventos (marca de surfwear) usando a introdução de Play for Today? Talvez seja um pouco mais conhecida no Brasil uma vez que, por causa da tal propaganda, essa música foi incluída numa coletânea de surf music. SURF MUSIC. HAHAHA
– Just One Kiss – Essa música… FEELINGS. ♥ Direto do Japanese Whispers, um álbum só de singles soltos e lados B bem legal (que inclusive tem a ótima Love Cats).
– Fascination Street – Muda a formação da banda, mudam os rumos musicais mas você ainda sabe que é The Cure mesmo antes de ouvir os vocais. ♥
– Pictures of you – Outro clássico inevitável. Essa versão do link é a única que deveria existir. Eles costumam “resumir” a intro para tocar no rádio e caber em coletâneas. Noooo. Never. Isso é pior que editar a Bíblia. Se eu fosse de chorar, eu teria chorado quando eles tocaram isso ao vivo no Hollywood Rock. A letrinha é piegas, mas não compromete.
– Trust – Eles abriram a apresentação do Hollywood Rock com essa, numa versão extended. Fog falso, Robert Smith no palco e uma música que ninguém esperava. Meu queixo caiu. O queixo de todo mundo caiu. WHAT IS QUEIXO.
– The Same Deep Water As You – Quase dez minutos de vocais lisérgicos e instrumental atmosférico. WHO NEEDS DRUGS? Dizem que é perfeita como trilha sonora de sexo. Experimentem e depois me contem. Ou não.
– Friday I’m In Love – Tem que citar, né? Apesar de eu não gostar tanto dessa faixa quanto gostava há tempos atrás. Vale o mesmo pra Boys Don’t Cry, obrigatória num Top qualquer coisa do Cure, I think.
– Closedown – Eu acho que eu poderia morar dentro dessa música. “the need to feel again the real belief of something more than mockery, if only i could fill my heart with love.” *TEARS MANY TEARS*
MENÇÕES HONROSAS:
– Splintered in her head – Apavorante. No bom sentido, eu acho. Trilha sonora pronta para a sua festinha de Halloween. :) – A Forest – Magnífica; tão boa que deveria estar na lista principal. Essa introdução mais longa sempre é cortada. Bastards. – Cold – “Your name, like ice in my heart” – Lament – Não sei exatamente porque eu acho essa música bacana. Ela me lembra uma época legal da minha vida. E talvez eu não precise de outros motivos. :) – Subway song – Não posso dizer que gosto muito dessa faixa, MAS aquele “berro” do metrô no final já me proporcionou diversões assustando incautos. :) – Fight – Não entendi por que não consegui encontrar uma versão de estúdio, mas enfim. – The Final Sound – Trilha sonora incidental de filme de terror. Aliás, menção honrosa pro Seventeen Seconds (álbum). E acabo de me dar conta de que ele foi lançado há 32 ANOS. Wow.
Enfim, essa é a lista para hoje. Daqui a 15 minutos vou lembrar de outras 30 que deveriam estar aqui e não me perdoarei por tê-las esquecido; mas lista de coisas que a gente ama é assim mesmo. Não tem fim, nem forma definida, nem limite de quantidade. Just like real love. ♥
“Aprendi a passar batão com Bob Smith – 2745238976 membros”
Cereja do bolo, deixarei essa entrevista de 1982; dois minutos e meio de puro amor e tchutchuquice pós adolescente de Bob Smith. Atualmente carinhosamente apelidado por mim de TIA VÉIA mas, apenas de a cútis de alabastro e o corpitcho esguio terem se alterado consideravelmente nos últimos anos (erm… décadas), o cabelo ninho-de-rato e as manhas de passar Ruby Woo continuam as mesmas.
Love you long, long time, Bob. See you soon. xx
(título do post = trecho de Lovecats, talvez também deveria ter entrado na lista)
Acordei cedo e fui ao shopping comprar o presente da filha da amiga, que aniversaria no domingo. A festinha será em Jersey e, por bondade do acaso, eu estarei lá durante o fim de semana a fim de preparar a casa para um open viewing com possíveis interessados na semana que vem.
O tempo aqui está nublado e venta muito, por isso voltei logo para casa para relaxar e finalmente ouvir o cd novo da Tori Amos, Night of Hunters. É um álbum conceitual e eu costumo ter medo dessas coisas. Mas o fato é que eu gostei do conceito em si e das críticas que li. Certamente não é uma obra comercial e é preciso ouvir algumas vezes para que a estranheza do início seja substituída por admiração pelos arranjos clássicos (o álbum é 100% acústico) e da poesia dolorosa resultante da viagem de autoconhecimento da personagem.
Os vocais do álbum e fotos do livro trazem a participação da Natashya, filha da Tori. Fiquei impressionada com a voz da menina e o quanto ela se parece com a mãe.
Acho que esse é um daqueles álbuns estranhos que se desenvolvem e “crescem” depois de algumas audições. De qualquer maneira, beautiful. ♥
How many sorrows do you try to hide? In a world of illusion that’s covering your mind I’ll show you something good Oh I’ll show you something good. When you open your mind you’ll discover the sign That there’s something you’re longing to find…
Cruel is the night that covers up your fears Tender is the one that wipes away your tears There must be a bitter breeze to make you sting so viciously They say the greatest coward can hurt the most ferociously But I’ll show you something good. Oh I’ll show you something good. If you open your heart you can make a new start When your crumbling world falls apart.
Não tendo nascido numa família religiosa, o Natal para mim sempre se resumiu a duas coisas somente: comida e música.
Entre as as lembranças mais remotas dos natais da minha infância eu incluo passar o dia 24 de dezembro sentada no chão da cozinha lambendo latas de leite condensado descartadas pela mãe e os vinte e cinco primeiros dias de dezembro ouvindo esse disco até furar o vinil. O cheiro do peru sendo assado e o vizinho tocando pagode no último volume enquanto queimava a carne do churrasco. Minha mãe polvilhando as rabanadas (que eu adoro) com canela (que eu odeio) enquanto colocava na vitrola mais um CD do Roberto Carlos (que eu adoro) ou do Agnaldo Timóteo (que eu odeio). Meu pai assando castanhas, eu assando sob o sol e ouvindo minha fita mal gravada dos Smiths enquanto esperava a chuva que *sempre* caía na véspera de natal. A melodia piegas, porém grudenta do comercial do Banco Nacional ou o emocionante jingle natalino da Varig pontuando os especiais de TV, enquanto a pequena Lolla engolia bolinhos de bacalhau ainda quentes em série, sentada no sofá da sala sob as luzinhas piscantes na árvore. Não havia tanta expectativa pelos presentes como havia pelos cheiros, sabores e sons do Natal.
Por isso hoje eu pensei em fazer uma mixtape indie, depois mudei de idéia e considerei fazer uma rock’n’roll. E depois uma clássica anos 50, ou uma com regravações, ou uma só com vocais femininos ou ainda uma só de hinos religiosos cantados por artistas pop. Depois resolvi parar de ser hipster, me render ao clichê da data, misturar tudo e saiu isso aí. Curiosamente, eu nem mesmo gosto de algumas dessas músicas, mas é inconcebível pensar em Natal sem elas. Músicas que me acompanham desde a infância e outras que conheci quando mudei de país. Elas me irritam, me emocionam, me fazem rir, me fazem dançar, me fazem ter vontade de assassinar os intérpretes com requintes de crueldade, me deprimem, me lembram de fantasmas de natais passados e de como eu gosto dessa época do ano. E querendo ou não, se tornaram parte da trilha sonora do meu Natal e da minha vida.
Trilha que eu já passei para um CD e estarei ouvindo amanhã. All day long, como é de hábito.
(mas deixei a Simone de fora; NOT SORRY)
01. Winter Wonderland – Bing Crosby 02. Do They Know it’s Christmas? – Band Aid 03. Driving Home for Christmas – Chris Rea 04. Let it Snow – Dean Martin 05. Santa Claus is Coming to Town – Jackson 5 06. All I Want for Christmas is You – Mariah Carey 07. Rudolph the Red Nosed Reindeer – Destiny’s Child 08. Last Christmas – Wham! 09. Silent Night – Frank Sinatra 10. Have Yourself a Merry Little Christmas – Judy Garland 11. Merry Christmas Darling – The Carpenters 12. Jingle Bell Rock – Bobby Helms 13. Rockin’ Around the Christmas Tree – Mel & Kim 14. Baby, It’s Cold Outside – Tom Jones & Cerys Matthews 15. Santa Baby – Eartha Kitt 16. Fairytale of New York – The Pogues & Kirsty MacColl 17. Walking in the Air – Aled Jones 18. A Wonderful Christmas Time – Paul McCartney 19. Merry Christmas Everybody – Slade 20. We Wish you a Merry Christmas – Weezer 21. Blue Christmas – Elvis Presley 22. Christmas Through your Eyes – Gloria Estefan 23. War is Over – John Lennon, The Harlem Community Choir, Yoko Ono & The Plastic Ono Band 24.O Come All Ye Faithful – Luther Vandross 25. White Christmas – Darlene Love
Have yourself a merry christmas. ♥ E mandem mensagens de amor pro meu TIM Infinity.
OMG. Janice Whaley regravou a discografia inteira dos Smiths (incluindo suas próprias versões das capas originais) e lançou em CD/box. Detalhe: não há instrumentos. Todos os sons em todas as faixas são cortesia da própria voz da Janice. Tudo disponível para ouvir online, comprar ou fazer download.
Ainda não consegui descobrir se gostei ou não, já que para mim versões da “sagrada” obra dos Smiths são sempre ou excelentes ou péssimas. Ouvi algumas faixas da Janice mas vou precisar ouvir outras e mais vezes para estabelecer uma opinião. A princípio achei mais interessante como projeto do que, de fato, bom de se ouvir. Mas a pergunta real aqui nem é “amei ou detestei?” e sim “como é que eu não fiquei sabendo disso antes??”