“What happens is that you tend to gather around you very different types of people. It’s impossible to please everyone all the time, and even more so when you have to meet such varied expectations. The opinions that one person agrees with are not the same ones the other person wants to hear; the problem is that they’re both sitting at your table. Next time you wonder why is it that you seem to attract so much hate, remember this.”
– água micelar demaquilante da garnier; – sabonete líquido da bodyshop (strawberry) ou l’occitane (roses); – hidratante de manteiga de cacau da palmer’s; – serum capilar frizz-ease (john frieda); – 100% shine frizz-ease (john frieda); – creme para as mãos (qualquer um leve e com cheiro bom); – desodorante spray (qualquer um, geralmente da loja de 99 centavos); – shampoo (idem, na loja de 99 centavos encontro garnier, aussie, etc); – círculos de algodão; – acetona; – absorventes (não uso coletores e nem internos); – creme noturno eucerin/diurno l’oreal; – pasta de dente; – listerine (os mais brandos; não aqueles que deixam a língua em chamas); – gilete (patriarcado, etc.); – sabonete líquido para as mãos; – johnson’s baby lotion (rosa).
perdi meu casaquinho novo em gibraltar e agora ele está esgotado – inclusive online. ansiosamente aguardando um possível reestoque e maldizendo climas quentes e úmidos que fazem pessoas como eu ter faniquitos e enrolar cardigans na alça da bolsa e deixá-los cair nalgum ponto entre a europa e áfrica e seguir adiante sem olhar para trás. it was good while it lasted, beloved cardigan (two weeks).
o gato agora gosta de ficar deitado na minha mesa, atrás do laptop, rolando e empurrando-o até quase cair no chão. ele também gosta de ler, ou pelo menos de sentar em cima da revista, jornal ou livro que eu estiver lendo e prestar atenção nas figuras e letrinhas. de vez em quando falo com ele, que me responde meio irritado como se eu lhe estivesse atrapalhando a leitura. compreensível.
o verão está indo embora aos poucos. depois do inverno mais seco e quente da história desse país (?), que inclusive me fez comprar. um. ar condicionado (!!!) eu me perdôo por ter preferido o calendário meteorológico esse ano e saudado o outono já no começo de setembro. 100% trabalhada na ansiedade em ver o verão pelas costas, ela. mas o apego pelo calendário astronômico e seus equinócios e solstícios persiste, e daqui a quatro dias será real e oficial.
a hora de pedir o primeiro pumpkin spiced latte de 2018.
O serviço de meteorologia informa que a heatwave deve voltar amanhã, mas esses dois dias de interlúdio climático me restauraram a vontade de viver. E aqui temos mais uma opinião impopular que me vi forçada a admitir: eu realmente não gosto do verão. Em nenhum hemisfério.
Quando eu era mais jovem as pessoas me diziam que aquela era a melhor fase da vida e eu devia aproveitar. Por um lado eu até hoje acho que eles estavam certos; algumas coisas são, de fato, mais bonitas quando vistas através de olhos ingênuos e com o encantamento da primeira vez. Mas uma das maiores conquistas da idade adulta foi a experiência que me permitiu entender que não faz sentido querer o que os outros têm ou desejam quando eu já me conheço o bastante para saber que quero outras coisas. Que podem não fazer sentido para quem está de fora, mas deixá-las para trás em busca de uma realização “one size fits all” é garantia de frustração.
Sinto que passei os últimos três ou quatro anos da minha vida em hiato, passando a limpo os rascunhos dos meus planos para o futuro e descartando supostos “sonhos” que eu nunca realmente sonhei. Ou que talvez fossem os sonhos de infância de alguém que cresceu, mudou e ajustou suas expectativas de criança à personalidade que veio se revelando através do tempo. Perdi “amizades”, fui vista como estranha, ressentida, delusional. Tentei me enquadrar e querer e sonhar parecido com os demais e assim transformei meus dias numa interminável festa chata ouvindo música ruim, bebendo vinho morno e cercada de malas me entediando com histórias que eu não queria ouvir. I think I’m done.
Vou ali pôr algo mais confortável, queimar uma vela, chamar Tori Amos no stereo e fazer outro bule de chá. It’s finally ok to be who I am.
“There must be some other door that they are saving behind which my happiness lies I won’t be wasting my words To tell you hopes that I had – we can just leave it alone, for now.”
não sei por que eu continuo comprando sabonete em barra se prefiro o líquido. mas ah, são tão bonitos. creme para as mãos, no entanto, nunca é demais. odeio a sensação de ter as mãos ressecadas, tão comum nos meses mais frios e especialmente para mim, que tenho pele seca. deixo um tubinho em cada bolsa para não esquecer quando trocar.
esse perfume de “paperback” que cheia a livro velho e já virou o favorito do outono porque tem toda a cara de outono e me faz sentir menos culpada por ler livros no ipad.
mas para ler na banheira livros de papel continuam a ser mais seguros. ♥
a temporada das velas perfumadas fica mais gostosa quando as noites chegam mais cedo. na penumbra o brilho delas é quase mágico. e com um edredom e um álbum favorito e uma xícara de chocolate (branco) quente ou um licor? i don’t need much else.
journalling é um hábito que eu considerei seriamente abandonar porque consome um tempo que eu poderia estar usando pra outras coisas. mas ah, desenhar em cadernos de papel macio feito veludo com canetas de ponta fina que deslizam sobre ele como pele pós banho sobre cashmere… não importa que pareça desperdício de tempo, porque desperdiçar tempo fazendo o que se gosta é um privilégio.
Eu tenho uma memória estranha. Ela é muito ruim para o passado recente, tanto que sinto ser preciso manter registros. Ontem estava tentando preencher uma folha sobre o que fiz na véspera e simplesmente não consegui me lembrar de um único evento acontecido há pouco mais de 24 horas. Tive que ir fazendo conexões para num efeito cascata retroativo me lembrar do que veio antes.
Frequentemente algum trigger me faz “puxar” memórias do fundo do baú mental. Hoje durante a caminhada matinal alguma coisa que vi na rua me fez lembrar de ter ido com meus pais a uma festinha no Lespam/Casa do Marinheiro na Avenida Brasil, onde os Trapalhões estavam se apresentando. Eu era bem pequena, uns 2 ou 3 anos, mas lembro do Dedé me entregando um saco de pipoca e depois me repreender docemente com um “você deixou cair a pipoquinha?” enquanto um bando de adultos bobões ria de mim.
A primeira lembrança que tenho de verdade eu ainda era bebê. Parece que as cores são supersaturadas porém tudo está desfocado e nada tem sequência certa. Eu, uma pick-up, um lugar cheio de verde. Há coisas (brancas?) estendidas no gramado e diversas pessoas ao redor. A atmosfera me passa a impressão de tranquilidade. Eu estou no colo de alguém, e os braços dessa pessoa me erguem até algo que interpreto como sendo a copa de uma árvore. Lembro de sentir a presença de uma pessoa perto de mim. Eu parecia estar feliz.
Descrevi as partes soltas que me vinham à memória para minha mãe, pensando ser um sonho antigo, e ela se lembrou desse dia com alguma exatidão. E ficou chocada por eu me lembrar – a caminhonete, o piquenique, ela me erguendo para que eu tocasse a folha das árvores. Eu tinha menos de um ano. É engraçado ter lembrança dessas coisas quando elas acontecem numa idade tão tenra, é como lembrar de um sonho no dia seguinte, ou dias depois; a memória vem meio disforme, cercada por uma espécie de névoa que embaça as imagens. Talvez o nome dessa névoa seja tempo.
Para ajudar na memória recente eu costumo manter journals – em bom português, “diários”. Mas ao contrário dos diários clássicos que costumam ser uma coleção de desabafos catárticos, os journals também podem conter fotos, coleções de efêmera (ingressos de cinema, papel de bala, flyer de festas, etc), listas de coisas queridas (e outras nem tanto), arte, mementos, músicas e desenhos. Esses cadernos também ajudam no futuro; outro dia tive que consultar agendas pra lembrar em que ano a Chantilly veio morar conosco a fim de preencher um documento no veterinário.
“Silly, how could you forget?”
O plano para 2015 era fazer um Project Life, mas preguiça porque o projeto é bem “photo oriented” e eu não tenho muito saco pra imprimir fotografias. Quem sabe no futuro, quando eu aprender a usar melhor o meu tempo? Mantive os journals, apesar de às vezes atrasar vários dias; esses cadernos, por razões óbvias, não são compartilhados na internet, mas o planner com colagens sim. Sem contar que são desculpa excelente para se jogar em tralhas de papelaria. ♥
Para começar, no entanto, você só precisa de caderno e caneta. Pode fazer quantos journals quiser, com os mais variados objetivos, mas eu prefiro reunir cada ano em um lugar só. Você pode usar pastas, arquivos, qualquer meio que possibilite guardar o que quiser no formato em que desejar. As “memory boxes” (caixinhas com lembranças acumuladas vida afora) são populares por aqui, mas podem acabar ocupando muito espaço caso a pessoa não seja muito seletiva ou capaz de editar o conteúdo. Eu acho uma boa idéia ir guardando o que for especial e todos os anos, por volta do Natal, abrir a caixa e reavaliar cada item, aproveitando para fazer um balanço do ano que passou e manter apenas o que for mais relevante. A cada cinco anos vale repetir o processo e ir eliminando os supérfluos, deixando ficar apenas aquilo que você terá prazer em rever daqui a cinco décadas.
Queria apresentar o meu Coharu para as aficcionadas por papelaria.
Fiquei em dúvida entre um desses e uma dessas Fuji Instax que se popularizaram bastante nos últimos anos. Pensei em comprar os dois, mas concluí que na verdade eu não “precisava” de nenhum e então escolher um só fazia sentido. Devia ter comprado ambos. Oh well. Fica pra próxima.
O Coharu é uma etiquetadora (ou label maker, ou mini impressora, como prefiram) para fitas de papel. Tem formato de maleta com uma pequena alça de couro. Eu me interessei por ele muitos anos atrás, quando era uma pré-adolescente que curtia pegar o busão intermunicipal pra São Paulo pra comprar mangá na Liberdade – que eu evidentemente não tinha como ler porque estavam em japonês, mas quem liga. Não existia facebook naquela época e as crianças tinham que apelar pra se divertir.
Esses mangás eram impressos em papel jornal monocromático mas tinham páginas brilhantes coloridas com anúncios de produtos infantis – brinquedos, roupas, comida, artigos de papelaria, etc. Foi numa dessas páginas que eu conheci o Coharu e imediatamente achei a coisa mais linda do planeta e sonhei em ter um. Duas décadas depois o sonho virou realidade nos corredores da maravilhosa Yodobashi Camera em Akihabara quando me deparei com uma prateleira cheia de Coharus e fitinhas coloridas. ♥
Você abre a parte de trás, coloca a fita escolhida, liga, lê o HELLO (com um desenho de abelhinha) com o qual o Coharu te recepciona, escolhe entre as seis fontes disponíveis, o tamanho do texto, digita e clica no passarinho rosa para imprimir. Pronto!
Como dá pra ver também é possível inserir símbolos (dingbats). O menu traz cerca de 300 imagens + molduras variadas. O manual é todo em japonês, mas com um pouco de paciência você consegue interpretar as instruções e usar sem problemas. :)
(aqui você pode ver alguns dos desenhos, molduras e as fontes).
O melhor de tudo é que a impressão é feita através de heat printing, ou seja, ela “queima” o papel, dispensando o uso de tinta. A única coisa que você precisa trocar são as pilhas. A impressão é bem forte, detalhada e perfeita. :)
Agora a pegadinha: o Coharu não funciona com washi tapes tradicionais e é preciso adquirir fitas próprias. Elas são do tamanho e material corretos e têm o lado autocolante protegido por um papel fininho, pra evitar que grudem na impressora. As fitas não são exatamente baratas e são um pé no saco pra achar, mas já fiquei sabendo que é possível encomendar no Etsy. Mas de qualquer modo o carregamento que eu trouxe do Japão deve durar por pelo menos mais uns anos…
(faltando uma das fitinhas que eu esqueci de pôr na foto; é a primeira na pilha de fitas da primeira foto desse post. Taí outra coisa que eu deveria ter comprado mais, inclusive. :/)
Outra parte chatinha é que o Coharu “puxa” um pedaço grande de fita antes de efetivamente começar a imprimir, o que gera algum desperdício. Que eu minimizo dessa forma: abro o aparelho e volto um pouco a fita antes de começar a próxima impressão.
Aqui tem um vídeo tutorial mostrando inclusive a embalagem fofa. E já que estamos no assunto, aproveito para apresentar o meu MOTEX (esse veio da Amazon, mesmo):
É uma versão mais moderninha e kawaii daquelas etiquetadoras manuais antigas, que funcionam marcando à pressão fitas plásticas próprias para tal, deixando o texto em alto-relevo. Todo mundo já viu essas etiquetas em pastas de documentos em escritórios; foram muito populares nos anos 80 mas hoje em dia já existem eletrônicas que são mais rápidas e eficientes – só que eu curto a vibe retrô e tal. :)
(foto daqui pra dar o exemplo, já que eu não fiz foto das fitas prontas)
Eu também tenho um DYMO, esse gordinho azul à direita, mais tradicional, mas a MOTEX tem cores de fitas legais (incluindo transparentes, polka dots e fluorescentes) e a fonte é mais moderna e bonitinha. O meu tem duas rodas; uma de minúsculas + números e a outra com maiúsculas + desenhos decorativos/pontuação.
Pra encerrar, outra desnecessidade que eu trouxe de Tóquio (mas que dá pra comprar na Amazon e no Ebay): Deco Rush. Parece fita corretiva, mas é decalque – ao invés de uma fita branca para cobrir as suas mancadas você tem desenhos. ♥
Essas eu sinceramente achei meio blé. Ok, bonitinhas, mas às vezes não funcionam direito e os desenhos ficam meio falhos. Nada que me impeça de querer comprar mais, haha.
Bônus: kit de 25 pincéis que eu comprei ontem na Wilkinson por TRÊS. libras. ♥
Não me olhem com essa cara; eu tenho uso sim pra pincéis, viu?
De vez em quando me encontro perambulando por lugares tão ricos que tenho certeza de que se fuçar as lixeiras vou achar uma Birkin. Ok, não tenho coragem de me enfiar dentro, mas sempre dou uma passada de olhos superficial – e em cima de uma delas encontrei esse livro (limpíssimo, aliás… lixo de gente rica é outra coisa):
Não sabia do que se tratava, mas passei a mão e enfiei na bolsa assim mesmo. Parei num café e depois de lavar as mãos com álcool gel fui examinar. A capa, de um azul intenso, é de couro fake com tipografia prateada – mesma cor da lateral das páginas. A introdução dá uma idéia do espírito da coisa:
“Querido leitor,
Existem três motivos pelos quais a maioria das pessoas, embora tenha tentado, não consegue manter um diário:
1. Nem todo dia é muito agitado. 2. É preciso bastante disciplina (principalmente em relação ao item 1) 3. Em retrospecto, muitas pessoas consideram o que escreveram embaraçoso.
Você pode usar o Simple Diary:
a) como quiser. b) quando quiser. c) onde estiver. d) de forma aleatória ou em sequência. e) escrevendo seus pensamentos ou deixando em branco. f) lendo uma página ou quantas quiser. g) e deixando de lado por algum tempo. h) como um assistente para qualquer ocasião na vida.
Espero que você encontre um amigo de verdade, um bom lugar ou alguma sabedoria através desse livro. Isso me faria feliz.
Boa sorte, e obrigado pelo seu tempo. Ele é todo seu.”
É uma espécie de diário, só que com prompts criativos para responder e onde você não precisa escrever muito. Cada dia começa com uma questão de múltipla escolha (“como foi o seu dia?” seguida de três alternativas variadas + um breve espaço para explicar o motivo da escolha), perguntas reflexivas, pequenas listas, etc. Uma espécie de “diário para preguiçosos que não têm saco/tempo/talento para manter um”.
A primeira página já havia sido preenchida há quase cinco anos, em caligrafia quase ininteligível, pelo dono original:
Me pergunto o que terá acontecido a essa pessoa. Por que não escreveu mais no diário, por que jogou fora… Se por acaso se arrependeu de ter jogado fora ou se alguém jogou fora por ela. Se ainda está viva, ou se alguém se livrou desse diário por ser uma lembrança dolorosa de alguém que não está mais aqui.
Vou deixá-la como está, como um souvenir do acaso.
Acredito que a idéia não seja usar todos os dias, do contrário o diário acabaria rapidinho; não sei quantas páginas são, mas não são muitas porque são grossas. Depois das duas páginas de experimentação que fiz, vou guardá-lo para dias “especiais” – ou não tão especiais, mas onde eu queira expressar algum sentimento – de forma críptica e para mim mesma. E talvez compartilhe algumas por aqui. :)
O autor, Philipp Keel.
Descobri que existem outras edições do diário, em cores de bala. Como eu sou uma ratazana de papelaria e curti a idéia, já coloquei na minha wishlist. Se alguém quiser me dar um presente barato e muito bem recebido, taí a idéia. ;)
Promoção da WHSmith, duas caixas por 5.99. Não vai ser a locação definitiva delas, mas por hora ajudaram a dar uma aliviada nas gavetas, que estavam superlotadas (acho até que preciso de mais caixas, risos).
Aproveitei o surto organizador e encapei o journal (um folder A5 cinza) com papel de presente da Yozocraft:
À direita o meu Filofax, que chegou na terça e já me viciei completamente (não me dou muito bem com agendas digitais).
Usei o mesmo logotipo para o planner (um freebie que peguei no Pinterest, mas nem sob ameaça de prisão consigo lembrar quem é a autora; quando eu achar edito o post) e fiz esses dois inserts:
Organizei todos os meus papéis nesse armário de metal da Ikea.
Divididos por assunto para facilitar, dentro de sacos plásticos seláveis.
Mas não tenho feito muita coisa nesse sentido por conta da mudança. Tenho tanta coisa para organizar e guardar e me falta coragem de tirar tudo de caixas e espalhar à minha volta para me divertir em meio à bagunça. Odeio indefinições e essa sensação de estar no limbo.