You say you’re a winter bitch, but summer’s in your blood.

Uma das vantagens dos meus frilas (talvez a única) é que eles me proporcionam conhecer lugares novos. Nesse caso a tarefa do dia era buscar informações sobre a Catedral Católica Ucraniana da Sagrada Família no Exílio (em Mayfair, no centro da cidade) e fazer algumas fotos. Ela é mesmo muito bonita, construída em tijolinhos e terracota em estilo romanesco. Durante esse período tenebroso de invasão e guerra ela tem servido como local de reunião e acolhimento para a comunidade ucraniana na cidade e todos os refugiados que ela tem recebido.

Em frente à igreja existe um terraço, uma espécie de “jardim suspenso” muito tranquilo com bancos, plantas, fontes de água e um gazebo. Tinha também um café, mas parecia fechado. Curioso é que essa vizinhança, hoje em dia bastante exclusiva (leia-se “cara”), já foi anteriormente ocupada pela classe trabalhadora. Essas mudanças demográficas estão por toda a parte e eu acho super interessante estudar a história dos lugares e descobrir as diferentes etnias, nacionalidades ou grupos socioeconômicos que passaram por ali.

Depois de cumprir com meus deveres fui caminhar pela área; o dia acordou frio e nublado, mas o sol veio abrindo espaço no céu durante a manhã e uma luz belíssima surgiu por entre as nuvens cor de chumbo, refletindo nos prédios um brilho dourado. Ela me lembrou de uma luz bastante específica quando o sol se abria nos fins de tarde pós chuva da minha infância; no Brasil os antigos chamavam de “sol das almas”.

Lamento agora não ter feito mais fotos, mas o meu “blogging muscle” se encontra atrofiado e eu nem pensei que o mini rolê poderia render um post. Como de fato não rende, mas doravante pretendo aproveitar as fotos que vão pros stories ou que ficam mofando no rolo da câmera já que não quero deixar esse site morrer.

Passei por este café chamado FEYA e bom, impossível não entrar. :D Tomei um turmeric latte caríssimo, um bolo que tinha uma cara ótima na vitrine porém a massa era quebradiça e estava encharcada de xarope. Mas muito bonitinho o lugar – daquele jeito “instagramável” cheio de clichês visuais e que vai fechar daqui a pouco quando aparecer outra novidade – apesar de que ter sido chamada de FEYA até no pratinho eu achei um pouco demais.

Cores do dia (a vontade de comprar um ukulele verde limão foi CONSIDERÁVEL, mas resisti pois não sei tocar e sei que não vou ter disciplina pra aprender).

Outra coisa que quase veio pra casa comigo foi esse chapéu da Uniqlo. Me imaginei fazendo a madame com ele no Rio de Janeiro, passeando pelo calçadão de Copacabana com um vestido bem esvoaçante, o celular escondido no sutiã e o olho atento buscando prever assaltos. Mas decidi ser financeiramente prudente, economizar o equívoco e planejar melhor o meu guarda roupas de verão.

Ou seja, devo ir buscá-lo amanhã. ;)

And these lights in our hearts, they tell no lies.

Fashion world se unindo em torno de colaborações que pretendem me levar à ruína financeira: Louis Vuitton + Yayoi Kusama, Loewe + Ghibli e agora Mulberry + Miffy. Ainda bem que bolsas de grife há muito tempo saíram da categoria “luxos possíveis desde que ocasionais” e viraram “mimos pós quina da loto OU assalto ao trem pagador” então fico com as fotos e o consolo de que peças de edição limitada acabam ficando datadas e o melhor é investir nos clássicos – ok, eu provavelmente também não posso mais pagar os clássicos, mas vocês entenderam.

Yayoi Kusama é uma das minhas artistas modernas preferidas; suas obras são coloridas, lúdicas e brincam com perspectiva, repetições, formas e cores. Há alguns anos passei quase uma hora na fila debaixo de chuva em Islington para ver uma exposição da velhinha; como as instalações dela são altamente instagramáveis (e o mundo foi mesmo engolido pelas redes sociais) a procura por ingressos é grande. Esse ano a exposição está sendo no Tate Modern, mas eu dei mole e esgotou. Então fui dar um rolê pela Harrods e apreciar a fachada decorada com os famosos “infinity dots”.

Essa é a robozinha da Yayoi Kusama que pinta a vitrine, acena e interage com os passantes – mas que nesse dia por algum motivo estava desligada. Fiquei meio borocoxô, mas felizmente dias depois eu passei pela loja da Louis Vuitton em Bond Street e eles tinham outra em pleno funcionamento, e que sorriu e deu tchauzinho quando me “viu”. O Uncanny Valley nunca foi tão fofo.

Porém mal sabia eu que algo especial me esperava ao virar a esquina:

Imediatamente apelidei de KUSAMÃO porque why not.

E dentro da loja da LV na Harrods havia mais alguns treats to be discovered:

Eu até tentei adquirir um óculos de polka dots, mas estava esgotado no momento. Minha carteira agradeceu e fui então gastar dinheiro com comida. Segui na estética japonesa almoçando um chicken katsu sando no Café Kitsuné. Veredito: o do Wa Café é melhor. No Kitsuné eu fico com o egg sando.

Depois passei por uma Paul Bakery e é impossível não comer uma (ou cinco) canelés.

E eu nunca vou me conformar que “depuis” em francês não é “depois” e sim “desde”.

Been Eating.

Há tempos não faço um post sobre comida por aqui. Não tenho atualizado o blog com frequência e perdi o entusiasmo pelo instagram, e com isso aquela motivação de parar tudo pra fotografar o almoço não tem sido a mesma. Sequer consigo lembrar a última vez que tirei uma câmera da bolsa um restaurante. A maioria das fotos de comida fica exilada no celular ou sobrevive por meras 24 horas nos cada vez mais raros stories até cair no éter. Então, já que eu estou pagando esse domínio vamos lá deixar registrado alguns rangos e rolês aleatórios das últimas semanas que eu por acaso não esqueci de fotografar.

O Manteca é um restaurante italiano que abriu há pouco tempo em Shoreditch, não muito longe do mercado de Spitalfields. O conceito é “nose to tail“, ou seja, eles utilizam todas as partes do animal – e não apenas os cortes nobres, como o peito do frango ou o filé do boi. O menu também vai incluir como ingredientes a pele, órgãos, gordura… É uma maneira de aproximar a culinária de hoje à dos nossos antepassados – antes de ter acesso a supermercados com a carne limpa, cortadinha e separada em bandejas o animal era adquirido (ou caçado/abatido) inteiro e todas as suas partes aproveitadas. Quando em prática essa filosofia nos permite alimentar com mais variedade, consumir mais e melhores nutrientes, evitar o desperdício e honrar a vida do animal que foi parar em nosso prato aproveitando cada pedacinho dele. Ah, e todos os embutidos e massas servidos no restaurante são de fabricação própria.

O croquetão ali em cima foi feito com carne das bochechas do porco. O patê de pato estava perfeito em sabor e textura (o pãozinho grelhado no azeite e o molho de tâmaras ❤) e essa pasta cacio e pepe tinha um diferencial no molho: caranguejo. uma carne que eu normalmente acho meio sem graça, mas que aqui foi o complemento perfeito pra elevar um prato básico e torná-lo especial. Uma delícia.

Achei que o molho pesto dessa barriga de porco estava meio excessivo e pesou o prato; desnecessário. A sobremesa era um bolinho de amêndoas com sorvete cremoso e molho de cerejas. As batatas assadas em pig fat não aparecem nas fotos porque foram devoradas instantaneamente.

■ Drinks no Pasta Remoli + arancinis + tagliatelle com pancetta e cogumelos ao molho branco durante visita à nova arena de Wembley e o bairro que foi construído em volta dela. Eu ainda não conhecia a área (já assisti shows em Wembley, mas não na arena) e fiquei boquiaberta. Bares, lojas, restaurantes, lazer… Porém a alta densidade demográfica e os milhares de apartamentinhos uns iguais aos outros me causou uma certa claustrofobia.

Donuts de salted caramel da Bread Ahead (uma padaria artesanal que começou pequenina em Borough Market e agora tem várias filiais com decor industrial-chic servindo pizzas, french toasts, bolos, sanduíches, hamburgers, donuts e saladas).

■ Egg sando do Café Kitsuné. (kitsuné significa raposa em japonês; o cookie em forma de raposinha que eu não comprei dessa vez é uma graça e me lembra a Frankie) enquanto esperava minha sogra renovar seu passaporte no consulado finlandês. Quero provar o chicken katsu sando que eles servem na hora do almoço; preciso saber se é tão bom quanto ou melhor que o do Wa Café.

■ O famoso cinnamon social do Ole & Steen, uma rede de padarias dinamarquesa. É pra comer fresquinho; já cometi o erro de levar pra casa e no dia seguinte ele perde 80% da graça. Eu tenho o hábito de chegar para um encontro antes da hora marcada e pedir alguma coisa enquanto leio um livro ou observo o movimento. Provavelmente coisa de quem tem ansiedade social, mas eu também faço o mesmo com amigos próximos; quem me conhece sabe que é comum já me encontrar com um pratinho vazio na mesa. Mas ter começado os trabalhos antes não significa que vou deixar minha companhia comer sozinha. Round two is ON.

■ Snacks na pizzaria Zizzi, uma das redes mais populares do país. A pizza é gostosa (para quem curte pizza old school, cheia de toppings ao invés das pizzas hipsters de hoje em dia que são praticamente um disco de sourdough com meia dúzia de alcaparras polvilhadas em cima – soooo not my thing) mas eles também brilham nos croquetes e tira-gostos. Às vezes vou lá só pelo aperol e uma porção de arancinis.

■ Almoço de aniversário da R. no Felix de Warley. A la carte caro e metido a besta, mas achei a comida mediana (as batatinhas dauphinoise valeram o ingresso, porém).

■ Country pub extremamente bem servido cujo nome esqueci; esse cheesecake “desconstruído” estava perfeito, apesar de visualmente ridículo.

Legumes prontos para ir ao forno. Eu gosto da minha air fryer e uso com frequência, mas sinceramente acho mais difícil acertar ponto, tempo e temperatura. Dicas?

Nesse verão verdadeiramente senegalês que tivemos em 2022 (rest in peace as plantas no meu jardim) fiquei viciada em fazer iced latte. O método tradicional caseiro envolve deixar grãos moídos em molho por algumas horas (proporção recomendada: 80g de pó para 1 litro de água) mas sinceramente? Eu tenho feito com instantâneo resfriado e não vi tanta diferença no sabor. Leite integral (ou plant based, como preferir), gelinho e pronto.

E você, o que anda comendo de interessante? :)

Mersea Island, Essex

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Mostre que você está numa praia britânica sem dizer que você está numa praia britânica: onde mais encontrar um trêiler vendendo CHÁ (e não falo da variedade “gelado”) na praia em pleno verão?

Resolvi voltar a Mersea Island porque já tinha estado lá no começo da primavera, quando a temperatura ainda estava mais para fria do que amena e eu almocei na varada do terraço deste mesmo pub das fotos apreciando a vista panorâmica para o mar e – imaginem – até o solzinho, que batia muuuuito de leve no meu braço esquerdo. Andei pela praia, catei conchinhas, tomei sorvete e prometi voltar no verão para sentir a vibe da ilha no seu apogeu. Ocorre que o que estava brilhando agora era um sol senegalês, daqueles de fritar ovo no asfalto, e que produzia um efeito estufa que talvez assasse um bolo.

Pior: estava rolando uma festa de rua. Ou uma fête. Ou um rendez vouz, um furdunço, uma quermesse, um balacobaco, uma aglomeração de verão. Se encontrar estacionamento em condicões normais já era difícil, naquele dia ia beirar o impossível. Tivemos que deixar o carro numa rua afastada no topo da cidade e descer a ladeira rumo ao mar. Sob o sol. Nem uma árvore à vista. Meu melasma chorou lágrimas de retinol.

O pub estava lotado. Ok, vou confessar que enquanto ainda estava lááá em cima eu totalmente pensei em desistir e entramos no primeiro restaurante que vimos pela frente. O menu parecia interessante e o mais importante: tinha ar condicionado! E até estacionamento!! Damn. Enfim, entramos e fomos interceptados e quase que imediatamente enxotados por um rapazinho que mandou um SORRY FULLY BOOKED! quando informamos que não tínhamos reserva. Mais da metade das mesas estava vazia. Esse pessoal vai chegar todo na mesma hora? Quase duas da tarde? Achei esquisito, mas porta na cara é porta na cara. Enfiei meu rabinho latinoamericano entre as pernas, desejei uma boa falência ao estabelecimento e muito a contragosto comecei a descer a ladeira até o pub – que, como eu disse, estava lotado. Porém daquele jeito “acabou de abrir uma mesa ali, é de quem chegar primeiro CORRE” e foi assim que nos vimos aboletados na varanda do térreo, cercados de gente se abanando. A vista para o mar era mais bonita do terraço? Sim, mas o terraço estava todo ocupado – e lá não tinha sombra. O sol que bateu muito de leve no braço esquerdo em março teria CREMADO ele agora. Obrigada Jesus pelo térreo. Vamos pedir comida.

Pedimos comida. Mas antes pedimos bebida, que veio em copos de plástico por motivos de pub lotado. Mas, como fomos literalmente REVISTADOS por SEGURANÇAS na entrada, desconfio que também por motivos de “inglês bêbado, povo animado” (leia-se: “se eu não for com a sua cara enfio uma pint no seu olho”). Fiquei admirada por não terem fornecido talheres de plástico. Enfim, a comida chegou. A porção de moules à la creme de entrada era enorme. Mas não veio pão. No menu, assim como no céu, tinha pão. Reclamamos que não veio pão. A mocinha fez uma cara meio de bunda e perguntou “pão?” e a gente “Sim, pão. Tá no menu”. Lá foi a mocinha de volta pra cozinha e voltou com a cara ainda em situação de bunda e uma BANDEJA de pão. Ok, melhor muito do que nada, não é mesmo?

Dez minutos depois chega outra mocinha, segurando uma bandeja com duas tigelas BEM MENORES de moules. Acompanhadas de pão. “Foram vocês que pediram moules de ENTRADA?”

Uh-oh. Foi assim que descobrimos que as moules que recebemos eram versão prato principal. E como não dava pra descomer o que já havíamos comido (e também não íamos pagar pelo erro alheio), ficou o dito pelo não dito. Comi moules até não mais poder e usei o pão para molhar no excelente caldinho de vinho branco, cebolas e creme de leite. Nem consegui terminar o hambúrguer que era, de fato, o meu prato principal. A sobremesa foi numa barraquinha da quermesse, um daqueles “sorvetes de açúcar” super populares por aqui.

Mas o pior estava por vir. Tínhamos que subir o morro de volta. Sendo verão, o sol ainda estava a pino. E meus níveis de energia depois de 900 moules, um cesto de pão, meio hambúrguer, uma mãozada de batata frita, duas pints de plástico de cerveja, uma pint de plástico de vinho (calma, não estava cheio) e um sorvete de açúcar… O marcador estava no zero. Então comprei uma coca, me sentei na sombra do único arbusto alto da rua e fiquei lá feito uma porca dormindo na lama, esperando voltar a ter vontade de viver.

Foi quando ouvi barulho de água batendo no meu sapato. E me dei conta de que alguém tinha resolvido dar uma mijadinha fortuita atrás do arbusto. E que o subproduto de cerveja estava formando uma poça no meu nike air e respingando na minha perna. Gritei. Gritaram também. Pânico, nojo, constrangimento. Por sorte não vi nenhuma parte X-rated do calvo barrigudo com uma camisa do Manchester United (amarrada em volta da cabeça para protegê-la do sol porque o filtro solar ainda não foi inventado no Reino Unido) mas isso mal serviu de consolo.

Me dei conta de que estava tomando coca cola num banheiro. Enfiei meu rabinho latinoamericano entre as pernas, desejei um bom falecimento a todos os envolvidos e muito a contragosto comecei a comecei a subir a ladeira até o carro. Onde liguei o ar condicionado, joguei o Nike mijado no banco traseiro, tomei um banho de álcool gel e voltei pra casa.

Mersea, te amo mas só volto no inverno ok? Bjos don’t call me.

Building shrines for the ashes of dead hopes.

Ficou mundialmente combinado nos últimos 18 meses que romantizar a pandemia e usá-la como suposto trampolim para “auto conhecimento”, “revolução pessoal” e “volta às raízes” é de extremo mau gosto. Mas vou humildemente pedindo desculpas e licença para dizer que pelo menos uma coisa positiva esse período fez por mim: eliminar de vez o FOMO – Fear of Missing Out, o famoso “medo de estar perdendo alguma coisa”, de não ter sido convidado para o evento onde todo mundo está. Depois de um ano e meio vivendo com tantas restrições, aquela ansiedade de “planejar o fim de semana” enchendo a agenda de atividades me abandonou. Sábado passado, por exemplo, eu cancelei uma festa de rua no sul da cidade (com direito a barraquinha de pão de queijo e presença da amiga que eu não vejo desde janeiro de 2020) porque tinha planos muito importantes para aquele dia: resolvi que eu iria me MIMAR.

O mimo? Comprar uma lata de Farrow & Ball Pink Ground na B&Q e passar dois dias pintando a sala de rosa, bebendo Koppaberg e ouvindo a trilha sonora de Dirty Dancing.

Ela faz o evento dela.

Mas às vezes a gente precisa tirar as pantufas, calçar sapatos e ir resolver a vida.

E numa dessas passei em frente à loja da Versace, me deparei com essas ofertas e fui obrigada a pagar o mico de tirar foto de vitrine de grife. Porque a pegada 90s/00s das bolsinhas de piriguete suburbana com os tamanquinhos combinando (tanto nos tons pastel quanto na vibe “sábado no Mercadão de Madureira“) me deixou encantada. Não, não é meu estilo, mas isso foi o figurino de uma época. Quem viveu sabe, e completou mentalmente esse lookinho com uma camiseta baby look, calça de cintura baixa e quem sabe uma boina de veludo se a ocasião merecer.

Já se eu fosse madame, rica e usasse salto acho que só teria sapatos Roger Vivier. Acho finos, delicados e bem old-fashioned – especialmente os modelos forrados de seda. Ok, também tem uma certa vibe “festa de 15 anos da filha da vizinha” mas eu sou cria dos anos 80/90 e compartilhar cafonices retrô é a minha love language.

Foi mais ou menos por ali que eu me dei conta de que não estava longe do Pantechnicon, um mercado nórdico/japonês (i know…) que abriga entre outras hipsterices o Café Kitsune. Que faz um puta egg sandwich e um iced latte bastante razoável. E estava na hora do almoço. Fiz o que tinha vindo fazer na área e depois trotei alegremente em direção à felicidade:

“Kitsune” significa raposa em japonês. O cookie é uma gracinha, mas meio caro pelo tamanho. O sanduíche foi uma reincidência e continua irretocável – eu não sei qual o truque dos japoneses, mas ninguém faz pão de forma gostoso como eles.

“Expect Magic and Miracles” – nada mais mágico e milagroso que encontrar lugar para sentar na Linha Central metrô às quatro e meia da tarde de uma quarta feira. Por outro lado nesse mesmo dia, segundo o aplicativo do NHS, eu estive próxima de uma pessoa aleatória que depois testou positivo para Covid. Na semana seguinte recebi uma mensagem de que, por precaução, teria que fazer auto isolamento em casa por alguns dias. Imediatamente cancelei compromissos, baixei revistas no Readly e me preparei para o pior – meu maior pânico sendo infectar o Repectivo. Porém cumpri a mini quarentena sem nenhum sintoma, yay! Miracles do happen indeed. ♥

P.S.: Fiz um banner novo pro blog. O anterior estava meio infantil, e então eu troquei para esse… que não está muito maduro também. Mas eu gosto dessa cor e não sei mais brincar com tipografia, então por enquanto fica assim.

P.S.2: Estou arrumando a página de links. Percebi que muitos blogs do meu blogroll já tinham sido deletados, infelizmente. Fiz a Marie Kondo na lista, removi os links quebrados e adicionei alguns, animadíssima na missão de ressuscitar a blogosfera. Let’s do this.

Bees in the trap.

Brazilian afternoon in South Wimbledon. The restaurant was more like a café; very informal and very small. Food was distinctively average but the chicken hearts were on point and the caipirinha heavy on cachaça, as it should be. Also great coffee, and my dessert (oddly went for chocolate cake) didn’t disappoint. Next time I’ll try pastel and the sausage with fried cassava.

We parked under a tree covered in tiny white flowers and loaded with bumblebees. I managed to control my panic enough to be able to get some photos and videos, but as I was getting back into the car I noticed several dead ones on the floor. Bumblebees tend to form couples for life and look after the grubs together. The idea of baby bees waiting in vain for their parents to come home made me incredibly sad.

Mangia.

Saturday was spent in and out DIY shops. Usually my heaven on earth, but today was full of frustration. In the end I managed to find what I was looking for (had to drive all the way to Basildon, though) and then back home for a warm bath and italian delivery.

Stuff I Ate.

Strawberry tarts (Lidl), creamy white chocolate Moser Roth (Aldi), ciabatta with bacon (homemade), “polish” wafers (Lidl). The tarts and wafers are not too sweet (wafers tasted of my childhood; can’t remember last time I had one) and the ciabatta from Lidl bakery is so good you need to get there early before they sell out.

You’ll always fail sometimes when you begin.

And I know you wanna get out of here.

i know you think this town is the problem but maybe it’s not, maybe it’s you
i know you think there are walls around you, but did you ever look
it’s so easy to blame other people, it’s so easy to hate where you’re from
but the truth is we’re the product of nothing
just a collection of the things that we’ve done

what if the songs you say define you were just the ones that you heard first?
what if your first love could be your last love if you hadn’t used it as a way to rehearse?
it’s so easy to think of an ending, it’s so easy to start all over again
but the truth is you have to stick with it;
you’ll always fail sometimes when you begin.

– summer camp