Mersea Island, Essex

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Mostre que você está numa praia britânica sem dizer que você está numa praia britânica: onde mais encontrar um trêiler vendendo CHÁ (e não falo da variedade “gelado”) na praia em pleno verão?

Resolvi voltar a Mersea Island porque já tinha estado lá no começo da primavera, quando a temperatura ainda estava mais para fria do que amena e eu almocei na varada do terraço deste mesmo pub das fotos apreciando a vista panorâmica para o mar e – imaginem – até o solzinho, que batia muuuuito de leve no meu braço esquerdo. Andei pela praia, catei conchinhas, tomei sorvete e prometi voltar no verão para sentir a vibe da ilha no seu apogeu. Ocorre que o que estava brilhando agora era um sol senegalês, daqueles de fritar ovo no asfalto, e que produzia um efeito estufa que talvez assasse um bolo.

Pior: estava rolando uma festa de rua. Ou uma fête. Ou um rendez vouz, um furdunço, uma quermesse, um balacobaco, uma aglomeração de verão. Se encontrar estacionamento em condicões normais já era difícil, naquele dia ia beirar o impossível. Tivemos que deixar o carro numa rua afastada no topo da cidade e descer a ladeira rumo ao mar. Sob o sol. Nem uma árvore à vista. Meu melasma chorou lágrimas de retinol.

O pub estava lotado. Ok, vou confessar que enquanto ainda estava lááá em cima eu totalmente pensei em desistir e entramos no primeiro restaurante que vimos pela frente. O menu parecia interessante e o mais importante: tinha ar condicionado! E até estacionamento!! Damn. Enfim, entramos e fomos interceptados e quase que imediatamente enxotados por um rapazinho que mandou um SORRY FULLY BOOKED! quando informamos que não tínhamos reserva. Mais da metade das mesas estava vazia. Esse pessoal vai chegar todo na mesma hora? Quase duas da tarde? Achei esquisito, mas porta na cara é porta na cara. Enfiei meu rabinho latinoamericano entre as pernas, desejei uma boa falência ao estabelecimento e muito a contragosto comecei a descer a ladeira até o pub – que, como eu disse, estava lotado. Porém daquele jeito “acabou de abrir uma mesa ali, é de quem chegar primeiro CORRE” e foi assim que nos vimos aboletados na varanda do térreo, cercados de gente se abanando. A vista para o mar era mais bonita do terraço? Sim, mas o terraço estava todo ocupado – e lá não tinha sombra. O sol que bateu muito de leve no braço esquerdo em março teria CREMADO ele agora. Obrigada Jesus pelo térreo. Vamos pedir comida.

Pedimos comida. Mas antes pedimos bebida, que veio em copos de plástico por motivos de pub lotado. Mas, como fomos literalmente REVISTADOS por SEGURANÇAS na entrada, desconfio que também por motivos de “inglês bêbado, povo animado” (leia-se: “se eu não for com a sua cara enfio uma pint no seu olho”). Fiquei admirada por não terem fornecido talheres de plástico. Enfim, a comida chegou. A porção de moules à la creme de entrada era enorme. Mas não veio pão. No menu, assim como no céu, tinha pão. Reclamamos que não veio pão. A mocinha fez uma cara meio de bunda e perguntou “pão?” e a gente “Sim, pão. Tá no menu”. Lá foi a mocinha de volta pra cozinha e voltou com a cara ainda em situação de bunda e uma BANDEJA de pão. Ok, melhor muito do que nada, não é mesmo?

Dez minutos depois chega outra mocinha, segurando uma bandeja com duas tigelas BEM MENORES de moules. Acompanhadas de pão. “Foram vocês que pediram moules de ENTRADA?”

Uh-oh. Foi assim que descobrimos que as moules que recebemos eram versão prato principal. E como não dava pra descomer o que já havíamos comido (e também não íamos pagar pelo erro alheio), ficou o dito pelo não dito. Comi moules até não mais poder e usei o pão para molhar no excelente caldinho de vinho branco, cebolas e creme de leite. Nem consegui terminar o hambúrguer que era, de fato, o meu prato principal. A sobremesa foi numa barraquinha da quermesse, um daqueles “sorvetes de açúcar” super populares por aqui.

Mas o pior estava por vir. Tínhamos que subir o morro de volta. Sendo verão, o sol ainda estava a pino. E meus níveis de energia depois de 900 moules, um cesto de pão, meio hambúrguer, uma mãozada de batata frita, duas pints de plástico de cerveja, uma pint de plástico de vinho (calma, não estava cheio) e um sorvete de açúcar… O marcador estava no zero. Então comprei uma coca, me sentei na sombra do único arbusto alto da rua e fiquei lá feito uma porca dormindo na lama, esperando voltar a ter vontade de viver.

Foi quando ouvi barulho de água batendo no meu sapato. E me dei conta de que alguém tinha resolvido dar uma mijadinha fortuita atrás do arbusto. E que o subproduto de cerveja estava formando uma poça no meu nike air e respingando na minha perna. Gritei. Gritaram também. Pânico, nojo, constrangimento. Por sorte não vi nenhuma parte X-rated do calvo barrigudo com uma camisa do Manchester United (amarrada em volta da cabeça para protegê-la do sol porque o filtro solar ainda não foi inventado no Reino Unido) mas isso mal serviu de consolo.

Me dei conta de que estava tomando coca cola num banheiro. Enfiei meu rabinho latinoamericano entre as pernas, desejei um bom falecimento a todos os envolvidos e muito a contragosto comecei a comecei a subir a ladeira até o carro. Onde liguei o ar condicionado, joguei o Nike mijado no banco traseiro, tomei um banho de álcool gel e voltei pra casa.

Mersea, te amo mas só volto no inverno ok? Bjos don’t call me.

I wish the world was flat like the old days.

E aqui estamos. “Consertou o PC, Lolla?” Errr, ainda não. Mas entre erros e acertos, aos chutes e pontapés, trancos & barrancos, here we are. Hoje é sexta, o piso de madeira que compramos mês passado acaba de chegar e o programa dos próximos fins de semana vai ser a reforma do andar de cima. Mal posso esperar para me ver livre do carpete imundo e manchado que herdamos com essa casa há quase nove anos e que ultimamente virou berçário das traças que devoram as lãs e cashmeres do respectivo (os meus pulôveres vagabundos 100% acrílico seguem intactos, haha – as vantagens de ser mão-de-vaca).

Fevereiro na reta finalíssima e essas fotos, que parecem ter sido feitas ontem, foram do Boxing Day – o feriado pós-natalino. 26 de Dezembro de 2021. Todo mundo feliz por ter conseguido celebrar com a família depois do fiasco de 2020 e ao mesmo tempo apavorado com a possibilidade de ter infectado a vovó. A ansiedade certamente não ajudou a digerir o peru, mas como é de costume todo mundo pôs o bloco na rua depois de almoçar as sobras do Natal para fazer A Caminhada. E a gente estava lá fazendo o mesmo e fotografando patinhos no lago. Que também deviam estar felizes por não terem virado o prato principal da ceia de alguém.

Passamos por essa concessionária muito chique que comercializa apenas Bentleys e Rolls Royces e onde gostamos de fazer compras imaginárias. Ok, os carros são legais, mas a minha aquisição seria o imóvel em si; acho lindíssimo e daria uma casa fabulosa, não acham?

A cabine telefônica vermelhinha com a árvore de natal iluminada dentro. I die. ♥
Já estou com saudade do inverno.

Março chegando, preciso me mexer e finalmente comprar as passagens pro Brasil. Não estou animada, não há como estar. Fico feliz por todo mundo que ama voltar pra casa e rever família e amigos, curtir praia, cervejinha, mesa de bar, mil passeios e comida de mãe. Essas pessoas não entendem muito bem por que eu tenho crises de ansiedade e tristeza sempre que preciso ir, mas a realidade de quem vai ficar numa casa confortável, bem localizada, andando de Uber pra todo lugar e colecionando experiências é bem diferente da minha.

A menos que eu decida gastar alguns mil reais reservando um AirBnB, a minha base no Rio é um apartamento pequeno, barulhento (o posto de gasolina em frente vira uma rave às 3 da manhã), quente, sem ar condicionado ou wi-fi e localizado na periferia da cidade. Uber pro centro não sai nada barato, andar de ônibus é problemático por conta de assaltos frequentes e porque as linhas para o centro terminam na Central do Brasil – uma área que nunca foi super tranquila mas agora também é um dormitório/banheiro/cracolândia a céu aberto. Várias linhas de ônibus foram alteradas, extintas ou substituídas por BRTs ou VLTs e eu sinto que não sei mais me locomover na cidade.

Considerando que eu não desejo contato com parentes e a maioria dos meus amigos saiu do Rio (ou do país), o meu único propósito além de visitar minha mãe é resolver burocracias chatas, andar com medo de assalto num calor de 40 graus sem conseguir dormir e sendo hostilizada ao vivo por desafetos. Não é uma perspectiva muito agradável, nem o tipo de recompensa que eu espero depois de passar 12 horas espremida na classe econômica com dois rivotril no sistema (eu tenho claustrofobia). Eu sei que isso não seria um problema para pessoas “normais”, mas sendo extremamente introvertida eu preciso demais dos meus sistemas de apoio para me sentir bem. E eu perco todos eles quando não estou aqui.

Deixar minha casa, meu marido, meu gato, meus hobbies, meus livros e filmes, minhas plantas, minha segurança nas ruas e todas as coisas que me cercam de conforto todos os dias já é chato quando estou indo passar 5 dias saboreando pasta na Itália (e lá pelo terceiro já estou com saudade da minha cama). Imagine um mês inteiro num país que nunca me tratou bem, sempre me fez sentir como se eu não pertencesse e onde eu me sinto cada vez mais deslocada?

E talvez seja essa a diferença. Todo mundo ama voltar pra casa, mas entre erros e acertos, aos chutes e pontapés e trancos & barrancos eu sinto que finalmente consegui construir a minha casa. E agora ela está aqui.

Whitstable, Kent.

Você tem algum ritual no primeiro dia do ano? Eu não tenho nada particularmente necessário, exceto esse: estar perto do mar e, se possível, trazer uma lembrança dele pra casa. Uma conchinha, ou estrela do mar, vidro marinho ou qualquer cacareco que encontre dando sopa. Nos últimos anos essas lembranças quase sempre foram pedrinhas (pois que as praias dessa ilha costumam oferecê-las em abundância) e a praia escolhida foi a de Whitstable em Kent (já estivemos lá antes).

A cidade vive atulhada de gente e eu, ingênua, acreditei que no dia primeiro de janeiro as pessoas estariam em casa curtindo ressaca e dormindo até tarde. Só que isso aqui não é o Brasil, ninguém dá muita bola pro reveillon (faz frio em dezembro, pra início de conversa) e a praia estava atravancada. Oh well. Mas pelo menos tive escolha: pedrinhas à vontade e uma MONTANHA de conchinhas disponíveis para coleta – desde que estejam vazias é permitido levar algumas para casa.

E assim começou 2022. E que venha leve, pretty please, porque ninguém aguenta mais.

My favourite song becomes a healing sign.

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E como segunda parte deste post trago-vos mais fotos de flor – haha, não desistam de mim. Em maio deste ano resolvemos fazer uma visita aos jardins da Beth Chatto, um dos que me inspiraram a fazer um gravel garden (ou “jardim de pedrinhas”) aqui em casa. Estou devendo um post sobre isso, mas por causa das chuvas ainda não foi possível deixar tudo pronto; se bem que terminar de plantar os canteiros só no ano que vem mesmo, pois já estamos no outono. Mas foi uma mudança considerável e que me deixou muito feliz. Digamos que a frequência de uso do jardim aumentou uns 50% ou mais.

Os jardins da Beth, assim como diversos outros jardins públicos na Inglaterra, têm em anexo uma lojinha de plantas e um café simpático. Comprei mini margaridas mexicanas (que estão sobrevivendo desde maio) e adicionei diversos tipos de plantas à minha wishlist – suculentas, gerânios, agapantos, miosótis, clematis, alpinas… Mal posso esperar pela próxima primavera.

Hoje compramos um incinerador de folhas, amanhã chega o depósito de ferramentas e semana que vem o resto dos itens para definir áreas – inclusive meu fire pit, onde se tudo der certo pretendo assar uns marshmallows no inverno.

2021 tem sido um ano tão… decepcionante. De certa maneira pior do que 2020, onde pelo menos o caos reinante era novidade e havia um certo grau de expectativa em relação ao futuro incerto. Mesmo os mais pessimistas apostavam que o verão de 2021 seria de parques lotados, viagens, pessoas sentadas em cafés tomando aperol apritz, amigos e famílias se abraçando e tentanto recuperar os 12 meses perdidos numa clausura aflitiva. Mas choveu o verão quase inteiro. A redenção que esperávamos não veio, o vírus segue nesse chove-não-molha sem desaparecer totalmente, muita gente sem dinheiro, a política cada vez mais intolerável, os meses passam voando e irrelevantes, é quase natal novamente, eu fico encarando telas e paredes sem entusiasmo algum e a sensação de anticlímax é palpável.

2021 prometeu tanto e entregou tão pouco, tão mal. Todo e qualquer motivo para experimentar um instante de alegria e realização deverá ser agarrado com unhas e dentes. Nem que seja um marshmallow torrado com chocolate quente do Tesco nos fundos de um quintal de subúrbio. Talvez seja tarde demais pra salvar esse ano, mas nunca será pouca coisa respirar o ar gelado de uma noite de outono ao lado dos seus companheiros de vida, reconhecer o privilégio em fazer planos e agradecer por ainda estarmos aqui.

Beth Chatto Gardens, Essex.

Beth Chatto was an award-winning plantswoman, author and lecturer. Her work at the Gardens began in 1960. She took an overgrown wasteland of brambles, parched gravel and boggy ditches of the disused fruit farm belonging to her husband, botanist Andrew Chatto. She used plants adapted by nature to thrive in different conditions: right plant, right place. An inspirational, informal garden has developed.

The gardens are now  a family business, run by her granddaughter Julia Boulton.The online nursery is open all year around. The gardens and are open to the public seasonally. They cover around 7 acres (2.8 ha) and include a visitor information centre, tearoom, giftshop and plant nursery.

Chatto lived in the white house that remains overlooking the Water Garden. She was often seen about the gardens up until her death in May 2018 at the age of 94.

The White Pulse of May.

The very end of spring is green and white. Country lanes are illuminated with cow parsley, a delicate foam of tiny petals in a sea of pale green. Every year, this is what tells me summer is near. A certain kind of sadness for the dying spring, a certain kind of hope for drier days (warm and light don’t tempt me), a certain kind of longing for the autumn that will follow. Fields of cow parsley are ticking clocks of the seasons and life; fresh young flowers blossoming and dancing on the wind now, but just like everything else soon they’ll wither and die. 

“Your hands lie open in the long fresh grass,—
The finger-points look through like rosy blooms:
Your eyes smile peace. The pasture gleams and glooms
‘Neath billowing skies that scatter and amass.
All round our nest, far as the eye can pass,
Are golden kingcup fields with silver edge
Where the cow-parsley skirts the hawthorn-hedge.
‘Tis visible silence, still as the hour-glass.

Deep in the sun-searched growths the dragon-fly
Hangs like a blue thread loosened from the sky:—
So this wing’d hour is dropt to us from above.
Oh! clasp we to our hearts, for deathless dower,
This close-companioned inarticulate hour
When twofold silence was the song of love
.”

– Dante Gabriel Rossetti

Warming up.

Fazia um dia lindo de inverno, então fomos dar uma volta de carro. O “lago” da foto é a reserva de Hanningfield em Essex. Estava fechada, claro, então estacionamos na beira da estrada para observar os patos, gansos e as primeiras snowdrops brotando na grama. Na volta passamos por um Café Nero em Brentwood e foi obrigatório parar para tomar hot chocolates. Parece que faz um século desde a última vez que tomei uma bebida na rua. Estava uma delícia e mais gostosa ainda foi a sensação de liberdade.

We gotta dance with the devil on a river to beat the stream.







































E o restaurante escolhido para ser o primeiro pós-lockdown a fim de celebrar o começo do fim da quarentena (*toc toc* bate na madeira) foi bem prosaico. Acontece que eu tinha um enorme desejo de comer uma pizza bem servida. Porque pizzaria hipster gosta de se gabar da massa, mas o diferencial pra mim é o que vai por cima dela. Pão eu como em casa. Beijo.

So, Pizza Express it was! Como a filial do nosso bairro estava fechada (nem todas abriram) e a mais próxima além dessa ficava numa área meio boring eu decidi me despencar pra Ipswich. Sim, Suffolk de novo. Eu estou quase me mudando, já que não saio de lá e assim economizava gasolina. Ipswich é a capital do condado; uma cidade cheia de prédios históricos, uma marina bonitinha repleta de barcos e gaivotas e margeando o rio Orwell um calçadão bastante agradável, pontilhado de restaurantes e cafés. E ainda assim eu acho que não moraria ali.

Talvez porque o centro da cidade seja meio bunda e tenha um aspecto meio abandonado fora dos dias de movimento. Talvez porque as lojas do centrinho me pareçam versões “amostra grátis”, pequenas e com pouca variedade. Talvez por outros motivos que eu talvez não devesse discutir aqui. Mas apesar de curtir horrores sentar numa mesinha externa daquele Pizza Express (e já o fiz algumas vezes) o fato é que Ipswich não me encanta. Mas o dia estava lindo, as tirinhas de polenta frita estavam deliciosas, a cerveja estava gelada e tomar um expresso de verdade depois de quatro meses de café instantâneo foi glorioso.

Depois fomos aproveitar o all-day parking, bater perna no centrinho, tomar um smoothie no Kaspas e um esporro light de uma velha por estarmos sentados nos degraus da saída de emergência de um museu. Bela bosta, mas enfim. Saímos e uns 100 metros depois eu olho pra trás e percebo que os degraus estão novamente ocupados, dessa vez por dois adolescentes, e a velha parada em pé ao lado caladinha. Excuuuuuuse me? Rodei nos calcanhares e voltei salivando feat. sangue nozóios, muito a fim de quebrar o meu jejum de barraco. Mas como se me adivinhasse a intenção, a velha dos infernos pegou uma reta, se enfiou pra dentro do museu e sumiu.

Ok, eu queria saber por que só a minha bunda era indigna de sentar ali, mas não a ponto de pagar ingresso de um MUSEU BÍBLICO EM FORMA DE ARCA DE NOÉ só pra soltar uns perdigotos nervosos na cara daquela senhora. Fuén. Fica pra próxima.

Now my riverbed has dried, shall I find no other?

Um dia amanheci me sentindo bela demais para Northeast London, então fui espalhar glamour em Suffolk com meu cabelo de poodle e tênis de paetê furta-cor.

Em outras palavras: dirigi 100 quilômetros pra comprar sausage rolls.

Mas não é qualquer sausage roll, Adalberto. São os sausage rolls da Pump Street Bakery. É uma padaria artesanal que fica na village de Orford em Suffolk.

Parada no Oyster Inn de Butley para uma cider (na verdade pra fazer xixi) e essas porções de batata frita simplesmente aconteceram (e combinaram a cor com as bebidas). Da próxima vez que pedir sweet potato fries, no entanto, lembra-se de que elas combinam com maionese, e não catchup.

Em casa jantamos as compras da Pump Street bakery. Essa foi a minha quiche eu fiquei chocada com a leveza da base. Só faltou bacon, mas aquela área de Suffolk é o paraíso dos hipsters de meia idade então é preciso manter um percentual vegetariano nas prateleiras. I can deal with this.