Under the skin an empty space to fill in

essa almofada bordada (e suas irmãs, que moram na biblioteca) eu comprei há muitos anos em jersey. estavam numa banca de desconto e talvez só por isso eu tenha levado; não sou muito fã do estilo “american-midwest country”, com muita estampa gingham e mensagens clichê. fora que a minha casa recebe raras visitas e eu não sou uma pessoa exatamente sociável, então respectivo sempre tira uma com a minha cara quando passa por ela. “this isn’t you”, ele diz, e eu concordo. mas não deixar passar uma boa promoção is also very, very me. :)

de vez em quando eu troco a gravura desse quadrinho de cortiça. meu study é uma muvuca de móveis velhos misturados com ikea e apesar das minhas tentativas de virar musa minimalista ele parece um mercado de pulgas com prateleiras cobertas de livros e tralhas de valor puramente emocional. mas olha que linda a peace lily nova e as micro flores no vasinho colhidas da minha kalanchoe – que as pessoas jogam fora depois que as flores murcham, mas a minha já está na terceira floração and counting. you go, little one.

esse cinzeiro esteve na primeira casa em que morei e acompanha minha família há décadas. foi a única peça que eu peguei na casa do meu pai – além da estante de vime, que obviamente não pude trazer e deixei com a minha mãe. ele usava o cinzeiro quando fumava; depois que parou com o cigarro virou peça decorativa. lembro da lolla criança encantada com os peitinhos da moça e fingindo abanar o rosto com o cinzeiro, como se fosse um leque. criança besta. estou feliz por ter esse memento aqui comigo.

fez sol por algumas horas essa semana enquanto eu rodava brechós atrás de mobília usada e me apaixonava por uma monstera – plantinha tendência, que eu procurava há tempos mas me recusava a pagar os 50-70 paus que as lojas hipsters cobravam e estava sempre esgotada. achei essa por DEZ libras na B&Q e trouxe pra casa no ônibus, sorrindo e arrancando sorrisos (e dicas de jardinagem) das velhinhas.

no sábado fui a uma praça de alimentação oriental onde comi tonkatsu japonês, bebi cerveja kobra indiana e comprei um monte de doces chineses para levar pra casa – inclusive essas tortinhas da foto (ovos, côco, queijo e pandan). tudo uma delícia; essa semana eu dou a dica direito.

no domingo levei uma amiga à pets at home porque ela queria comprar peixes (não gosto de aquários ou gaiolas, mas cada um na sua). nessa mesma loja ficava a clínica veterinária onde eu levava a chantilly; tive um momento de deja vu lembrando da minha amiguinha preferida. bati papo com os hamsters e gerbils, comemos um hamburguer no “food truck” do estacionamento com uma diet pepsi estúpida de tão gelada (coisa rara nesse país) e comprei um bird feeder para alimentar os pássaros do jardim. que está abandonadíssimo; folhas acumuladas depois de meses de outono, limo na calçada depois de meses de chuva e escuridão, galhos de árvore quebrados depois de meses de ventania… finjo que não é comigo. por enquanto mal piso lá. deixo o playground liberado para os esquilos se divertirem com as nozes e passas que deixo pra eles.

passei a semana quase toda em casa trabalhando, cortando quadradinhos de tecido para a minha colcha de retalhos (quase pronta), fazendo uma limpa no conservatório (o frio danificou fatalmente duas plantas; deixei uns dias na UTI mas tive que admitir derrota e desligar os aparelhos – R.I.P.) e terminando de crochetar (?) o meu snood – está bem longe de ser perfeito mas já foi estreado num dia de muito vento e serviu ao seu propósito; what a joy.

fevereiro é supostamente o mês mais frio do ano, mas com o fim de janeiro eu já sinto o inverno me escapando por entre os dedos. por ora ainda acho que vai deixar saudades; foi muito bom esse período de hibernação, eu realmente precisava. mas sei que lá pelo fim de fevereiro estarei na expectativa da primavera e pensando “my body is ready”. já plantei primroses nas cestas em frente da casa, já notei narcisos começando a brotar do chão (os meus bulbos no potinho estão na atividade), já tenho até flores desabrochando: rosas miniatura de supermercado, um mimo para amenizar o cinza chumbo dos céus de janeiro – que se despedem amanhã.

january, you’ve been a good boy. thanks for everything. ♥
come on over, february. brighter skies, longer days, cold mornings, frosty grass and all. my body is always ready.

90 miles down the road of a dead end dream

semana estranha. fez sol e nevou. sonhei com meu pai duas vezes na mesma noite. o vento derubou galhos do carvalho e no meio do inverno cerejeiras aleatórias se cobrem de flores. eu que mal sinto frio quase desmaiei de hipotermia na rua. o cartão de memória da câmera pifou e perdi todas as fotos (de trabalho) feitas naquele dia. dolores o’riordan morreu num hotel em londres; não revelaram a causa. achei uma carteira na rua com fotos de crianças, o cartão de uma vidraçaria, 3.75 em dinheiro e nenhuma forma de identificação a fim de devolvê-la. plantei bulbos e instalei uma mini despensa na lavanderia. comecei a cortar um quilt e capas de almofadas (delas eu desisti, mas o quilt ainda é uma promessa). podei rosas e pus heras em potes. passei a madrugada de sexta feira num pronto socorro, a de sábado bebendo riesling e não sei dizer o que foi pior.

numa loja de antiguidades em dalston tomei um americano “orgânico” (fraquíssimo, praticamente chá sabor café) e admirei grafites. fui a hornchurch garimpar brechós atrás de tecidos e louças vintage, notei que dois deles fecharam e os restantes viraram um amontoado de roupas fedendo a mijo, canecas cafonas e barbies peladas com o pé mordido; voltei pra casa sem gastar um centavo. deixei casaco e sapato escolhidos e à mão para o caso de ter que voltar para o hospital, porque me senti meio ridícula de calça de pijama e chinelo na sala de espera. almocei dentro de uma nuvem baixa no trigésimo oitavo andar em um restaurante caro cujo principal atrativo é a vista – well, not happening today, eusébio. como consolo eu comprei dorayakis de sobremesa no wasabi e fiz lasanha no almoço no dia seguinte – um domingo onde a neve durou o suficiente para – muito de leve – acumular na grama e na folha das plantas (inclusive minha árvore de natal, que agora se encontra plantada no jardim).

me perguntaram se eu tinha algum guilty pleasure na internet, alguma dessas celebridades car crash cujo talento é passar vergonha pública, virar meme, basicamente serem ridicularizadas e confundir isso com admiração. pensei um tempo e constatei que fora assistir alguns episódios da trisha paytas comendo junk food, usar reaction gifs da tulla luana e não entender a inês brasil eu acho que a resposta é não, e eu não quero.

tem esse site cujos arquivos eu li de cabo a rabo essa semana e é tão legal porque a autora é sempre tão grata por absolutamente todas as coisas. do cheiro da comida que o marido prepara a um pôr do sol de inverno, do sorriso da filha a uma almofada de crochê terminada. vagalumes com luz própria no meio desse carnaval de attention whores cobertos de glitter, fazem você agradecer pelo trivial, pelo conforto e pelo auto conhecimento da rotina e querer ser melhor sem despertar sentimentos de inveja ou de superioridade. é o caminho menos perceptível, a estradinha de terra batida escondida atrás do matagal e das placas luminosas indicando outras direções, so keep your eyes open.

Here’s a toast to the ones who knew us before the riches

ouvi tears for fears e vashti bunyan, fiz faxina, as unhas com o mesmo vidro de particulière que tenho há 10 anos, o cabelo, frango com repolho cremoso, desenhos no meu bullet journal e compras por impulso – esses egg cups de raposa, por exemplo. o tempo alternou entre sol + frio e uma chuva tão fina que por trás dos vidros da janela parecia névoa. na expectativa da primavera comprei um monte de bulbos e uma spiraea na poundland; e eu só tinha entrado lá por causa da sacola de compras, com estampa de calaveras, que eu vi da rua e cobicei. os gerânios seguem sobrevivendo (e florindo) na varanda, mas só o tempo vai dizer se emplacam março sem mofar.

colhi a última rosa de 2017 que ainda estava no galho, sem ousar desabrochar tão tardiamente. tomei banhos longos, coloquei puxadores novos no armário (rosas cinzentas como o céu do dia), comecei a fazer um snood de crochê (com sorte consigo terminar a tempo de usar neste inverno), vi rosehips tão vermelhos e suculentos que pareciam berries, vesti uma calça nova super confortável e que inclusive nunca mais quero tirar, tomei café com meu panini preferido no costa (queijo de cabra com molho de chilli) mas esqueci de pedir pra não esquentarem e é horrível quando esquentam porque o queijo derrete demais e vira lava escorrendo pelos dedos. o barista fez uma “latte art” bizarra na minha xícara; postei nos stories do instagram e me diverti lendo as sugestões que as pessoas davam para o que diabos aquilo parecia.

na sexta eu estava com o trabalho adiantado e cheia de planos, porém tretas familiares me puseram num estado colossal de rage que me deixou prostrada. comi um pacote inteiro de biscoitos porque carboidrato é melhor do que rivotril e assisti documentários bregas no youtube. respirei, acendi velas – queria quebrar todas as lâmpadas de teto e usar apenas luz difusa – e o mal estar passou. aproveitei para comer outro pacote de biscoito, dessa vez celebratório. burp. no sábado recebi visitas à tarde (ainda tinha biscoito, mas não durou muito porque butterkeks é tipo crack cocaine) e à noite matei o desejo de comer uma pizza cheia de queijo e beber prosecco de supermercado, em casa mesmo, porque já de meias e pulôver furado quando respectivo chegou de viagem.

não tivemos tempo de planejar nada extravagante (ele passou a segunda semana do ano na alemanha a trabalho) e tive um aniversário tranquilo e simples, como prefiro. acordei com uma neblina grossa feito gaze cobrindo o jardim e corvos gritando sonolentos nos galhos pelados do carvalho (dizem que é sinal de boa sorte; let’s see). eu e o meu pijama novo descemos para uma cozinha perfumada a café fresco onde encontrei a mesa posta com pretzels e “breakfast cake” que ele trouxe da alemanha. fomos passear em kent e tomar cream tea num salão de chá no meio da floresta, servido sem luxo em louça prosaica por uma senhorinha mal humorada – mas estava uma delícia, sem miséria na porção de clotted cream. num canto do salão uma mini livraria de usados; 30 centavos cada um e trouxemos três para casa.

rodamos de carro pelo countryside, parando na estrada para arrancar plantas secas dos barrancos (em breve farei arranjos com elas), admirar o pôr do sol de inverno e procurar um pub para jantar. tomei uma cidra maravilhosa, comi filé de pombo (mordi um pedaço de chumbo, mas tudo bem), ele comeu pudim de suet (maravilhas da culinária britânica parte 73453) com recheio de carne de caça e de sobremesa o melhor waffle que já provei – com sorvete de passas ao rum tão carregado no rum que voltei meio bêbada pra casa. li mensagens adoráveis de pessoas idem, comi mais bolo (kugelhupf), vi filminhos e sorvi copinhos de bailey’s irish cream sem gelo. it was a really good birthday.

tem umas rugas se espalhando por essa face que já viveu em quatro décadas diferentes e aprendeu a fotografar seus melhores ângulos (ao vivo é outra história), riu um bocado, chorou até pouco e fez bastante cara de tédio porque sua emoção preferida é a preguiça. talvez a era do botox esteja próxima, talvez eu tenha esgotado todas as fucks que poderia dar pra isso porque filtros do snapchat são de graça, ninguém nunca morreu de feiúra e a vida é mais interessante e oferece alegrias maiores do que ganhar like em selfie (não que ganhar like em selfie seja ruim, you know). sejam bem vindas, rugas; a lifetime of silly faces has brought you here. mas o reumatismo e a dentadura não precisam ter pressa, ok? podem vir com calma e levar mais uns 20 anos, pelo menos. i’ll be right here.

Last week.

e a primeira semana passou voando. mas foi produtiva: já no primeiro dia do ano fomos à ikea comprar essa estante de livros aí embaixo; montada assim que chegamos em casa. temos vários projetos para este lar em 2018 e só o tempo dirá se teremos dispo$ição para todos eles, mas as coisas pequenas (e baratas) a gente pode ir tirando da lista. essa era uma. tick.

impossível ir à ikea sem pegar uma bandeja e entrar na fila pelo privilégio de comer a melhor comida de cafeteria do mundo. almôndegas, batata frita, molho cremoso, geléia de lingonberry, sopa de batata doce e bolinho crocante sueco. yum yum. não consegui pensar em nada mais que eu quisesse comer no primeiro dia do ano, e começá-lo com um desejo realizado é sempre bom.

por falar em bolo. essa sou eu comendo CHRISTMAS CAKE? sempre odiei, mas essa semana me vi roubando pedacinhos da metade que respectivo ganhou da cunhada; ela é a única pessoa da casa dela que é fã da iguaria, por isso nunca consegue comer inteiro. o bolo é praticamente um amontoado de passas (gosto) coberto por nougat (não gosto) e pasta americana (argh). é pesado, entope o estômago, mas well, o bolo estava lá, eu estava ali, já viu. voltamos à programação normal (sugar free) em breve. maybe.

estação de liverpool street pela primeira vez em 2018. oi! espero te ver bastante esse ano. e outra primeira vez que eu espero repetir com frequência pelos próximos 365 dias: finalmente adentrei um dos novos trens da crossrail:

novinho, silencioso, bancos com estofamento limpo e aparentemente teremos wi-fi e ar condicionado. quase um táxi executivo. me likes it. welcome, elizabeth line!

2017 terminou com tempo feio, 2018 começou com tempo horroroso. eu adoro o inverno (de verdade), mas chuva fina em sequência derruba a moral de qualquer pessoa. e um dia lindo DESSES, bicho. vou esnobar não. gratíssima pelo brilho – apesar dos sete graus e vento gelado que me fizeram arrepender de ter deixado as luvas em casa.

dia seis é dia de reis. muito celebrado em alguns países europeus, com direito a comidas e presentes. aqui? nem tchuns, mas é o dia oficial de desmontar a árvore e guardar as decorações de natal. reza a lenda que dá azar deixar a árvore armada depois do dia 6 de janeiro. por via das dúvidas a minha saiu do cena no dia 02. toc toc.

patisserie madeleine, em clapham. a little bit of france, etc. mas é uma graça.

soho, you have my heart. i love you so(ho).

fui procurar meu querido japan centre e lá chegando dei por falta da multidão que costuma entupir os corredores e falar alto nas mesas. prateleiras meio vazias. só uma atendente no caixa. what?! por fim a ficha caiu: eles estavam (novamente) mudando de endereço. o novo mercado/restaurante/livraria fica em panton street, esquina com a oxendon. e continua maravilhoso:

whole foods market em piccadilly. a latinha de ginger ale eu só comprei pra reaproveitar a embalagem (odeio gengibre). aproveitei para provar o oppo, sorvetinho light que é sucesso com as instabloggers.

review: bastante comível. menos doce/cremoso que um sorvete comum, porém bem mais cremoso do que eu esperava e sem gosto de “comida de dieta”. aprovado. ♥

outra aquisição na whole foods: abóbora em lata. em forma de purê. bastante comum na américa (onde é ingrediente da tradicional torta de abóbora do dia de ação de graças) mas aqui só se acha importado.

quando você vai regar os seus gerânios e descobre um invasor.

me deu vontade de comer um cupcake no sábado e teve que ser de supermercado mesmo. mas não é fotogênico?

também no sábado teve churrasco, cerveja e croquete with the boys. queijo derretido cura todos os males do espírito. pode tentar aí e me conta o resultado.

a seção de graphic novels das livrarias. ♥

casinhas cor de rosa trazem esperança e paz ao meu coração.

farofa de ovo e bacon + arroz papa + cerveja = conforto, nostalgia, tardes de domingo ensolaradas.

daqueles livros idiotas que você coloca na cestinha só porque ler uma página te fez rir e está com 50% de desconto, mas aí chega em casa e não consegue parar de ler (e rir) por uma tarde inteira.

liquidações de janeiro: lingerie nova, porque uma das resoluções de ano novo é renovar a gaveta de underwear. eu mereço coisas bonitas, ainda mais com 70% de desconto.

a capa de edredon + fronhas bordadas 100% algodão com sei lá quantos fios por 19 libras na tkmaxx, enquanto que um similar mais vagabundo na primark saía por 30. nem sempre a primark vale a pena, kids. os puxadores são para o meu armário, já coloquei no lugar e estou satisfeitíssima com o mini DIY. aos poucos eu vou mudando o que não está bom e deixando o ambiente ao redor mais bonito.

mas certas coisas não mudam…

sorte que elas também deixam o ambiente mais bonito. :)
primeira semana de 2018, você brilhou.

Eighteen.

– coisas em que gastar dinheiro: louças antiguinhas, jóias de prata (cansei de jogar dinheiro fora comprando bijouteria que fica verde em 6 meses), tecidos para almofadas e colchas, plantas, sapatos confortáveis, dvds usados no ebay (não trabalho com torrent), comida. coisas em que não gastar dinheiro: maquiagem (quanto mais barata, melhor), netflix (assumir que não gosto mesmo de seriados e assinar o readly), academia (voltar a fazer caminhadas), artigos de papelaria (já tenho o suficiente), roupas (idem).

– uma parte muito importante de quem eu sou é quem eu não sou. descartar expectativas que não eram minhas eliminou 90% do meu “fear of missing out”, a sensação de que não se está aproveitando a vida por não fazer o mesmo que as outras pessoas. parar pra me perguntar se eu de fato queria estar fazendo essas coisas (e se lavar pratos numa sexta à noite bebendo malbec e ouvindo jefferson airplane era de fato deprimente sendo que eu estava curtindo) pode parecer uma atitude corriqueira, mas levei um tempo até desenvolver a honestidade de aceitar que não. e fico feliz por ter chegado a essa conclusão sendo ainda jovem o suficiente para apreciar o que ela significa.

– eu nunca mais vou ler tantos livros quanto lia na adolescência (quando não existiam outras distrações e responsabilidades) e tudo bem. devo ter lido uns três livros completos esse ano e estou em paz, encarando isso como uma opção e não uma falha. eu não quero me forçar a terminar uma leitura insatisfatória só porque é, omg, um livro quando poderia estar lendo sites, revistas, blogs e artigos que me ensinam coisas, me inspiram, divertem e relaxam. não é inferior só porque não é um volume com 400 páginas; é produção intelectual, é literatura e, acima de tudo, é entretenimento.

– os projetos e as idéias que abandonei antes de terminar foram válidos, seguiram seu curso e não foram perda de tempo pois me ensinaram que não eram realmente importantes pra mim.

– manter por perto pessoas de quem discordo às vezes (e que erram comigo às vezes) desde que tenhamos uma relação interessante e recíproca; descartar gente “correta” e com quem compartilho visões de mundo se não tivermos interesse verdadeiro na companhia um do outro. debater uma polêmica e ter um arranca rabo ocasional com alguém com quem me divirto e que me inclui na sua vida é mais recompensante do que manter relações superficiais e supérfluas com gente aleatória só porque dividimos a mesma bolha ideológica. eu lido bem com idéias conflitantes, mas a essa altura do campeonato não posso mais desperdiçar tempo com quem não me dá absolutamente nada em troca dele. todas as pessoas que estão na nossa vida servem a um propósito (ou deveriam) e é preciso aceitar quando a temporada delas ao nosso lado acabou. let it go, elsa.

– pelas minhas contas eu já visitei 22 países, o que é pouco sim, porém bem mais do que eu imaginava. e pelas minhas contas felizmente existem apenas mais uns nove ou dez que eu ainda tenho vontade de visitar. let’s make some plans.

– keep doing what you’re doing. it’s looking good.