It’s meme time.

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primeiro amor?
a leitura. música veio logo em seguida. e a caixa de brinquedos que minha mãe guardava em cima de um armário alto para “ocasiões especiais” (aka. chantagem)

cômodo preferido da sua casa?
na atual, conservatório. de modo geral: quartos com chave na porta.

idioma preferido?
italiano.

Personagem literário preferido?
patrick bateman (american psycho), death (the book thief), holly golightly (breakfast at tiffany’s), julien sorel (the red and the black), scarlet o’hara (gone with the wind), mickey sabbath (sabbath’s theater), heathcliff (wuthering heights), celie (the colour purple), tom ripley (the talented mr. ripley), clarence threepwood (blandings castle and elsewhere), jane eyre, etc.

lugares preferidos em londres?
soho, holland park (o parque, especificamente), hampstead village, waterlow park, fitzrovia, belgravia, valley of health, camden market, wanstead village, canary wharf, queensway, chinatown, southbank, strand, brick lane/shoreditch, little venice, st. katherine’s docks, the city… são muitos. i love this city.

e os menos preferidos?
leicester square, westminster bridge, trafalgar square, victoria, islington. quase todo mundo incluiria oxford street aí, mas não acho tão ruim assim; é um lugar super útil e próximo de várias áreas favoritas da lista acima.

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cor preferida?
várias. pra me vestir, em particular: preto, cinza, bordô, azul marinho, vermelho, verde musgo, ocre, marrom.

pintor/pintura favoritos?
caravaggio, rembrandt, raphael, degas, toulouse lautrec… não gosto de muita coisa nova e sou zero entendedora, mas gosto do uso da luz na obra desses artistas. night watch do rembrandt é uma das poucas pinturas que eu viajaria para ver ao vivo. yup, i know, cliché af.

o que você gosta de colecionar?
plantas, miniaturas, louças, artigos de papelaria. mas não sou compulsiva.

flor favorita?
rosas, hortências, dálias, glicínias, clematis, ranunculus…

cheiro preferido?
cimento fresco, chuva, café, sândalo, bacon fritando…

se você ganhasse uma medalha, pelo que seria?
lealdade.

doce preferido?
cookies. bolos. quase qualquer coisa que não envolva chocolate, nozes ou legumes. nada de cenoura ou beterrada nos meus bolos, thanks.

sabor preferido?
vingança. vitória. vitela. :D

chá ou café?
os dois.

vinho ou cerveja?
os dois, mas depende da comida.

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se você pudesse pegar um avião agora, para onde iria?
japão, grécia… infelizmente o próximo será para o brasil.

seu sonho secreto?
viver numa houseboat.
(se eu contasse o sonho secreto mesmo ele não seria secreto)

estação preferida?
outono, mas o começo da primavera também é top.

moeda preferida?
libra por causa do valor, mas as notas de real são maravilhosas.

planeta favorito?
qual foi aquele mesmo que foi demitido, despejado, expulso do grupo, isolado socialmente? esse mesmo. esse planeta sou eu.

nome preferido que não seja o seu?
atualmente ando gostando de esmé.

criatura marinha favorita?
cavalos marinhos, tongue eating louse (o bicho destrói a língua do peixe e fica lá no lugar dela, se alimentando das migalhas do que o peixe come) e o blob fish (o peixe mais feio e triste do mundo, joga no google. esse peixe também sou eu. risos)

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cidade favorita?
londres e tóquio.
acho que vou precisar tirar o rio de janeiro da lista, o que muito me entristece.

avião ou carro?
eu gosto muito de road trips, mas nem sempre é possível. ou é chato, se o trajeto não for interessante. nesse caso voar é mais prático. gosto de aeroportos e de aviões, mas detesto o ritual de embarque/desembarque.

qual era o seu brinquedo favorito na infância? ainda tem?
fora o conteúdo da caixa de brinquedos da primeira resposta, uma pantera cor de rosa (quase morri quando a perdi; achei novamente, yay), minhas barbies e a casa da barbie de madeira que um pedreiro amigo da família fez pra mim. eu nunca tive muitos brinquedos, mas todos eram especiais pra mim.

se você pudesse ser uma pessoa completamente diferente do que é, quem você seria?
uma pessoa rica, inteligente e bonita.
o “bonita” vai ser difícil. sorte que é o menos importante, eu só queria mesmo para saber como é.

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o que você queria ser quando criança?
quando me perguntavam eu respondia “médica pediatra” porque era uma resposta adequada, bonitinha e inteligente para uma menina; os adultos me davam parabéns. mas eu nunca quis ser médica, menos ainda pediatra. acho que alguém deve ter me passado essa cola e eu aceitei pra não ter mais que pensar no assunto. na verdade eu nunca tive vocações e nunca quis ser nada. yay, outro sucesso. :)

qual foi a melhor coisa que você já fez por alguém?
gostar deles ao mesmo tempo em que deixei que fossem quem eram de verdade, mesmo que isso me desagradasse às vezes.

qual a melhor lembrança da sua infância?
música, viagens de carro para a praia, parar na casa do alemão na subida da serra para comprar biscoitos amanteigados, ser convidada para as melhores festas de aniversário da rua, férias de verão, natal e ano novo.

algo que você gostaria de ter coragem de fazer?
viajar sozinha. já tive essa coragem e perdi, o que muito me chateia.

como você acha que estará daqui a 10 anos?
se não estiver morta estarei exatamente igual a hoje, só que com mais rugas e hipocondria.

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fotos: aleatórias da PRIDE london 2017.

Been eating.

esse post era pra ter entrado aqui faz tempo, até porque eu sei que a maioria dos meus visitantes curte mesmo é post de comida. :) eu devia me organizar e fazer uma seção fixa sobre isso, incluindo algumas reviews de restaurantes bacanas, com preços decentes e localizados em áreas pitorescas/de fácil acesso da cidade – sim, eles existem e os turistas agradeceriam as dicas.

comida libanesa é uma das minhas favoritas: falafel, hummus, tabouleh, baba ganoush (eu desisti de aprender a grafia correta dessas iguarias; em cada menu que eu pego está escrito diferente), flat bread e cordeiro assado – o que pode dar errado? o meu favorito até agora é o albatta em colchester, mas resolvi experimentar o comptoir libanais – uma rede com 18 filiais espalhadas pelo país.

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logo de cara você sente a diferença no ambiente: o albatta é pequeno e intimista, enquanto o comptoir é “apertado”. ou você é obrigado a sentar em mesas compartilhadas (o horror, o horror) ou vai sentar tão perto da outra mesa que dá praticamente na mesma. a comida? well, não é ruim, mas não tem a variedade do outro e as porções, pelo preço, são pequenas. o albatta é tão bem servido que muitas vezes me basta apenas uma seleção boa de entradas. o prato ali em cima era um “starter share” para duas pessoas: a miséria de hummus e os TRÊS falafels pra dividir para DOIS (sim, eu cortei no meio) me desanimaram. acho que não voltaria, mas valeu pela nostalgia desses pratos cor de âmbar estilo DURALEX que marcaram a minha infância. ♥

depois dos falafels resolvi aderir ao hype e experimentar as famosas pastries do maitre choux em south kensington. a vitrine é realmente tentadora:

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os preços diminuem um pouco a tentação: não são baratos (e são pequenos). como acontece com a maioria desses doces “instagramáveis” o que vende aqui é a fotogenia e a modinha.

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já antevendo decepção resolvi me garantir e passei antes na hummingbird bakery pra comprar um TIJOLO de fatia de lemon raspberry ripple e outra de red velvet; também recomendo o rainbow cake deles, que é lindo apesar do leve gostinho de chiclete. sentei num café illy (ao lado de um casal de italianos batendo papo – idioma mais lindo ever?), pedi um expresso duplo e abri a caixa de pandora.

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ruins? nope, not at all. deliciosos? hmmm, mais ou menos… deliciosos nível seis libras? SEM CHANCE. dá pra comer doces melhores por muito menos em outros lugares (inclusive na hummingbird).

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no caminho do metrô os meninos foram comprar pastéis de nata. que eu acho ok, mas não sou apaixonada. prefiro as maids of honour da newens, uma padaria maravilhosa em kew (já falei dela por aqui) e que faz tortinhas com a mesma vibe, porém de queijo.

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rolêzinhos:

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a floração das glicínias praticamente encerrou enquanto eu estava fora; perdi o timing esse ano. mas esbarrei nessa pérgola perdida num parquinho em wood green:

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pena que o parque estava tomado por bebuns barulhentos, o que cortou um pouco o clima.

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doces orientais que a gente só compra pela embalagem. os “mini donuts” eram terrivelmente doces, mas até gostosinhos:

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os chocolates? a cara do gato diz tudo. :P foram doados para o respectivo.

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*sorry, kitty*

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crack cocaine da vez: a popcorn bar do pret a manger. 180 calorias de alegria que cabem na palma da mão – o café é dispensável, mas por outro lado o flat white deles não é dos piores.

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bao buns, uma obsessão nacional. esses são do wagamama e são aceitáveis, mas nem de longe tão gostosos quanto os do bao (nesse caso o hype justifica a fila quilométrica na porta).

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skinny cappuccino da marks & spencers que só vale pelo biscoitinho de aveia maravilhoso que vem no pires (eu preciso de uma caixa desse bagulho). e o hot dog que fizemos em casa porque eu estava com saudades dos cachorros quentes da minha infância com bastante molho de tomate e cebola frita na manteiga (receita by mamma).

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pra quem achava que a haagen dazs não fazia nada ruim: esse sorvete de strawberry cheesecake é BEM HORROROSO, viu. a colherzinha está sorrindo por educação.

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o almoço “meal deal” que devia ter sido consumido no hyde park mas acabou sendo consumido no meu sofá porque o calor era tremendo e eu preferi enfiar tudo na bolsa e voltar pra casa. SÓ VEM, OUTONO.

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“bolo de lollo” ou algo do tipo. gostei não, doce demais.

favor não focar na minha unha amarelada – ok, você não tinha focado antes, focou agora. mais alguém aí tentando dar um descanso dos esmaltes e percebendo o quanto eles mancham as unhas? e que a gente acaba pintando pra esconder as manchas, o que só faz com que elas aumentem? que dilema.

Glorious street food

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a boa do dia era comer queijo quente + bolo de salted caramel no druids market em bermondsey; mas por alguma razão insondável, quando chegamos lá só tinha uma meia dúzia de barracas e não as que estávamos procurando… oh well. demos uma volta rápida por druid street, esperamos um amigo chegar fuçando uma garagem que só consertava porsches e ferraris (very chic) e quando ele chegou nos sugeriu então outro mercado de rua, logo na esquina da druids: maltby street market.

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o mercado acontece aos fins de semana debaixo dos arcos da ferrovia. é bem menor que o famoso borough market (quase ali perto em london bridge) mas em compensação não é tão superlotado e você não precisa se esfregar intimamente em outros seres humanos na fila do pão… ou da pizza, do gyoza, das ostras, dos sorvetes, do gin, do churrasco, do falafel…

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pausa para registro do *indefectível* bolovo inglês.

ficamos sem o queijo quente de druids street MAS achamos um substituto à altura no cheese truck:

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freshly made:

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MIRA ESTE QUESO:

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como a chuva chegou mais cedo (estava prevista pras quatro da tarde, porque chuva aqui costuma vir com hora marcada, sir) nos abrigamos dela sob os arcos, tomando uma sangria no maltby & greek.

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a sobremesa veio em forma de patisserie na comptoir gourmand; o meu foi esse macaron pink gigante que ganhou o concurso de fotogenia – afinal eu comprei por “instagram reasons”, mas acabei esquecendo de fazer uma foto decente.

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flat white bastante aceitável, também. café nessa cidade é uma loteria mas eu agradeço diariamente os meus amigos que me aconselharam a pedir flat white ou cortado ao invés de cappuccino ou latte. também me deram boas dicas de onde encontrar o tipo de café que eu gosto – forte sem ser amargo e servido em recipientes de tamanho normal ao invés de baldes.

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black cab pro west end; muitas ruas estavam interditadas por causa de um evento para ciclistas, por isso tivemos que andar por mais de um quilômetro fugindo de respingos de chuva sob marquises, fazendo listas de supermercado “high-low” (mortadela, pipoca, glenmorangie, focaccia, bis limão e merlot) e piada dos tios de bike usando capacete para trafegar a 8km por hora em ruas sem carros.

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em chinatown eu tomei um “chá verde sabor manga” (what) com pedaços de pudim picado dentro. coisas que só os chineses fazem por você.

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a girl and her melon pan. don’t get in the way. ♥

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old mout cider de kiwi + limão.
(a de maracujá com maçã é muito melhor)

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depois de comprar metade do estoque de pocki e calpico de chinatown e esvaziar a geladeira de bebidas de um tesco metro no caminho, pegamos um táxi para o norte da cidade onde o meu coração ansioso e triste foi medicado com doses homeopáticas de merlot (em taças de sorvete, because of: reasons), vitamina de morango à brasileira (ou seja, com leite), queijo emmental, uma sessão nostalgia da adolescência assistindo “a little princess” do cuarón só pelo visual (porque o som estava a cargo do dj respectivo), questionamentos sobre a qualidade das velas perfumadas da H&M (não têm cheiro de nada) e da discografia do U2 (errática desde que eles lançaram zooropa). evitamos conversas potencialmente complicadas mesmo sob poder do álcool, fizemos live chat com outro amigo (sonolento e deliciosamente mal humorado) em outro país, tatuagens de caneta sakura gelly roll no braço e em dado momento eu fiquei triste por cinco minutos até lembrar que tinha outro melon pan na bolsa. foi quando adormeci e acordei em casa, feito criança, sem lembrar do trajeto de volta. uma das tatuagens (que eu também não lembrava) no meu braço lia “the places are different, but my people are the same.”

we had melon pan for breakfast. and the rain in this land is quieter and softer; but just like the thunderstorm it washes away everything.