Stuffocation.

image
image
image
image

“países desenvolvidos e com valores materialistas são os que apresentam maiores níveis de ansiedade, estresse e depressão. pesquisas indicam que uma vez que as pessoas tenham o suficiente para atender às suas necessidades básicas, aumentos adicionais na renda nacional fazem pouca diferença para os níveis de felicidade da população.

essa idéia de que mais posses = mais felicidade foi a idéia predominante do século 20. esse tipo de materialismo nos transformou de pessoas cuidadosas e economizadoras em consumidores gananciosos que possuem demasiadas coisas, insatisfeitos com nossas experiências de consumo e sufocados por tudo o que acumulamos.

nos estados unidos as pessoas vêm se tornando mais infelizes desde 1960, apesar do contínuo aumento da renda e do poder de compra. a desigualdade social tende a criar competitividade e sentimos inveja ao invés de alegria quando um amigo compra um casaco caro. posses e bens materiais não estão unindo as pessoas, eles estão nos afastando.

a solução para isso reside na mudança para um novo estilo de vida que não gire em torno de ‘ter’, mas de ‘fazer’: um estilo de vida que se baseia em experiências. a ‘revolução da experiência’ poderia transformar a qualidade de vida no século XXI da mesma forma que o materialismo e a revolução de consumo transformaram os padrões de vida no século XX. eu chamo isso de experiencialismo.”

image
image
image

“quando a sua perspectiva muda de materialista para experiencialista, você pára de gastar tempo adquirindo coisas e fazendo o máximo de dinheiro que puder para poder pagar por elas e começa a fazer escolhas de vida com base nas experiências que oferecem. sucesso no trabalho passa a significar ter a melhor experiência possível em vez de ganhar o salário mais alto possível.

essa revolução já está em andamento. em países ocidentais, em particular, você pode ver padrões de gastos mudando de ‘coisas’ para ‘experiências’. os jovens já são menos materialistas que seus pais. se fizermos a mudança para o experiencialismo não só será bom para o ambiente porque podemos começar a produzir menos e causar menos poluição, mas também para as comunidades e as pessoas.”

image
image

“quando você sai da loja com seu telefone novo você está muito feliz, mas o aparelho torna-se rapidamente comum e após alguns meses, quando uma versão nova é lançada, você vai querer substitui-lo. isso se chama ‘adaptação hedonista’, e não se aplica a experiências porque elas são sempre diferentes.

outro motivo pelo qual as experiências causam felicidade é que elas podem inspirar momentos de ‘fluxo’. quando você está andando, correndo, esquiando ou pintando, lavando o carro com seus filhos ou escutando um bom amigo falar, algo bonito acontece: você se joga no momento. você não pensa sobre o que está fazendo, você apenas faz. isso é o que torna uma experiência tão rica.”

image

James Wallman, in “Stuffocation

A shade veranda under sunday blue sky

image
image
image
image

em 2017 eu resolvi arrumar a varanda. chamo o conservatório de varanda porque acho o nome original um tanto quanto pomposo para o que essencialmente não passa de um cômodo com paredes de vidro e teto meio transparente, que na maioria dos casos vira uma sauna no verão e congela as partes do ser humano no inverno.

sempre se pode abrir as janelas para refrescar (e deixar os insetos entrarem…) e se valer do aquecimento nos meses mais frios – que não é muito eficiente em cômodos desse tipo. ou seja, a primavera e o outono são as melhores épocas para se usar conservatórios no hemisfério norte. i’m making the most of it.

image

o sofá e a mesa vieram do gumtree. a idéia era comprar capas novas branquinhas para o sofá, mas acabei gostando desse tema náutico para o verão e só vou trocar no inverno. a mesa era bege, também era do gumtree e foi pintada numa tarde.

ainda temos muito o que fazer; mais plantas, mais potes, abajures, piscas ou velas para criar luz difusa, talvez um segundo sofá e persianas. e umas mesas laterais melhores, porque essas são temporárias.

image
image
image
image
image
image
image
image
image
image
image
image

o único porém é que não quero mais sair daqui. nossa sala, devido à posição, é um tanto quanto escura e eu estou adorando ler, ouvir música, tomar café da manhã e chá, ouvir o canto dos pássaros pela manhã e no fim da tarde e apreciando a companhia silenciosa e inspiradora das minhas plantas.

image

memphis in june
a shade veranda under sunday blue sky
memphis in june
and my cousin miranda, she’s making a blueberry pie

i can see the clock outside, a-ticking and a-tocking
everything so peaceful and dandy
i can see my grandmama ‘cross the street, still a-rocking
watching all the neighbours go by, oh my

memphis in june
sweet oleander blowing perfume in the air everywhere
up jumps the moon to make it so much grander
it’s paradise, honey; take my advice, honey
cos there’s nothing like old memphis in june

You’re going to have to change.

and you can’t understand why all the other boys
are going for the new, tall, elegant rich kids
i’ll admit it is a bitch, kid
but if they don’t see the quality then
it is apparent that

you’re going to have to change
or you’re going to have to go with girls
you might be better off
at least they know what they’re doing

(photos taken @ parklands corbets tey, upminster)

March (6×6)

1. mews houses coloridas em holland park. esse tipo de casa é popular em cidades grandes do reino unido (especialmente londres) e devo falar sobre isso num post em breve. :)

2. saint katherine’s docs num dia LINDO de sol em little london. fui procurar um café que em tese serviria delícias, mas na vitrine só vi croissants e eles ainda tinham um DJ metendo dubstep na vitrolinha. fui comer bolo no café rouge porque seriously.

3. chegou finalmente a hora desses blossoms pom-pom; não têm a delicadeza dos antecessores, são pouco sutis, exibidos e in yo face – but oh, tão lindos.

4. panquecas com creme no 202 de notting hill. a amiga comeu as panquecas (e não gostou muito; as de ricota da granger & co seguem imbatíveis como as melhores da cidade) e eu tomei o chá, que estava ótimo mas era demais pra uma pessoa só: apesar de não parecer, esse bule rendeu umas seis xícaras.

5. pensando na morte da bezerra em shere, surrey. que inclusive é a village onde o filme “the holiday” foi gravado. lembram da cottage onde vivia a personagem da kate winslet e que hospedou a personagem da cameron diaz? pois era totalmente cenográfica e não existe nenhum resquício dela além de uma plaquinha no meio de um pasto identificando a sua antiga localização.

6. ganhei muitos livros esse mês, entre eles essa coleção do douglas adams com o guia do mochileiro das galáxias e suas sequências. eu tinha a versão em português, mas taí um livro que se possível deve ser lido no original, porque muita coisa (inclusive os trocadilhos) se perdem na tradução. eu também tinha um livro enorme de capa dura com a “trilogia de cinco” completa – mas a versão era americana e eles simplesmente cortaram alguns trechos – what the f.?

e antes tarde do que nunca, não é mesmo? :D teve muita coisa em março (vários blossom hunting pela cidade, roadtrips de fim de semana para shere, suffolk, st albans, hampshire, cotswolds), muita comida e até alguma socialização. :) o que não teve foi vontade e talento pra registrar tudo isso em pixels, mas eis uma humilde colagem com os offcuts aqui e hey ho, let’s go. \o/

6×6 staff: Alê (Ucrânia) | Ana (Alemanha) | Paula (Holanda) | Taís (Irlanda)

Categories 6x6

The Pig, Hampshire

duas horas e meia de estrada só por causa de um almoço no the pig em brockenhurst, new forest. aventuras de um respectivo que gosta tanto de dirigir quanto gosta de porco.

o the pig é um hotel + restaurante orgânico; boa parte dos ingredientes utilizados no menu vem da própria horta que eles mantém e que pode ser visitada pelos hóspedes.

até a cidra é local.

quanto a temperatura permite as refeições são servidas no conservatório; tivemos sorte com o clima e pudemos curtir o almoço aproveitando a luz incrível que entrava generosamente pelas  janelas e apreciando a decoração rústica e colorida.

tem uma arcada dentária nesse prato? tem uma arcada dentária nesse prato.
(ainda bem que não era o meu prato)

depois de pagar a conta fomos dar um rolezinho pós-prandial pela propriedade, admirando as cerejeiras/macieiras que começavam a ostentar os primeiros botões de flor.

a área de livestock (animais de criação) também é aberta a visitas. os porquinhos estavam dormindo nos seus barracos de metal e não deram as caras (exceto as centenas que vimos pela estrada em fazendas de criação suína) – mas as galinhas estavam a postos. you can always trust a chicken’s need to show off…

oinc!