Hampstead colours

the painted doors hunter strikes again.

north west 3, you so pretty.

não é legal quando o dono da casa chega na hora exata em que você está fotografando a fachada dele? e entra rápido pra não atrapalhar o seu momento? <3

não sei o que é esse lugar. parece o ateliê de um artista.

essa casinha lilás é famosa no instagram. todas essas flores são fake. as pessoas na rua olham e dizem “ah, que pena”. eu acho ela awesome. e mais awesome ainda que quem mora ali não dá a mínima. haters gonna hate (e a janela sempre estará florida, em todas as estações).

a famosa hora do almoço.

o almoço foi no vila bianca, que tem um dos melhores cafés que eu já tomei aqui.
o bolinho é da gail’s bakery, onde me trouxeram chá verde porque eu pedi um chá mas “não especifiquei”, risos.

Why spend your sadness now? Save it up for me.

brick lane é a hipsterlândia mais legal de londres (sim, mais que dalston). é o melhor lugar do mundo pra comer bagels, foi o primeiro lugar da inglaterra a ter um café que só vende sucrilhos (fundado por irmãos gêmeos – e hipsters), tem mercado de rua domingos mas é nos dias de semana que você consegue caminhar pelas vielas vazias e apreciar a street art nos muros acabadinhos de tijolo aparente.

a idéia era almoçar no ottolenghi mas a colega não quis comer salada (compreensível) e por isso eu me dirigi ao balcão dos doces a fim de comprar alguns para levar pra casa.

fomos então almoçar no las iguanas, um restaurante “fusion” – ou seja, com crise de identidade e que não sabe muito bem se é brasileiro ou mexicano.

eu já comi ali outras vezes e curti, mas dessa vez por algum motivo achei meio boring.
pelo menos tem guaraná (infelizmente não tinham zero, que eu prefiro):

essa loja fica no boxpark em shoreditch (um shopping cujas lojas ficam dentro de contâiners, uns 5 minutos de caminhada de brick lane) e vende, entre outras coisas, esculturas feitas com impressora 3D:

essa aqui (rag yard) fica em brick lane mesmo e tem umas roupas interessantes:

fiquei cobiçando esses broches de feltro: acho que vou voltar lá depois pra comprar alguns.

saracoteio na rough trade, onde a gente nunca compra nada (quem compra cds em 2017, meldels?) mas aprecia a música ambiente (estavam tocando o cd novo do ryan adams, que eu adorei), fuça os livros e zines e acaba esbarrando no jarvis cocker, que ia fazer um show na loja dali a pouco. london is mad.

e esse aqui é basicamente um livro de nudes que foram censurados pelo instagram. awesome.

eu já tinha comprado a sobremesa, mas isso não ia me impedir de comer um donut de creme brulée na crosstown, ia? of course not.

e o meu financier da ottolenghi que valeu cada um dos rins que eu usei para pagá-lo, haha.

e eu não vou fazer nenhum comentário sobre atentados. i’m fed up.
vou passar a bola pro manic street preachers.

bullets for your brain today, but we’ll forget it all again
monuments put from pen to paper turns me into a gutless wonder

gravity keeps my head down
or is it maybe shame
at being so young and being
so vain

holes in your head today, but I’m a pacifist
i’ve walked la ramblas, but not with real intent

and if you tolerate this
then your children will be next.

Is a dream a lie if it doesn’t come true – or is it worse?

acordei com chuva no primeiro dia da primavera, mas o buquê de flores que recebi semana passada (de uma concessionária…) rendeu quatro vasos. result!

(incluindo esse pequeno arranjo no banheiro, uma tentativa falha de embelezar a parede toda detonada pela reforma. we’re getting there.)

magnólias estão no auge e são minhas árvores preferidas nessa época do ano.

o porta moedas que – assim espero – vai me lembrar de economizar dinheiro.

afinal, “every little penny”.

me lembrei disso quando entrei no brechó e ALGO ME IMPEDIU de comprar essa caneca com a cara do charles. obviamente me arrependi.

ainda está meio frio pra sentar do lado de fora. tem dia que rola, tem dia que hipotermia.

e nesses dias nada melhor do que achar uma mesa ao lado da lareira e ter cara de pau suficiente pra pedir pra acender. god save the queen.

nobody wants anything unless you give it to them like it’s worth something

chegou a temporada das cherry blossoms e o meu perdão antecipado pelo spam de florzinha que se seguirá pelas próximas semanas. spring has sprung, bitches.

obcecada por essa mostarda dijon sabor figo e coentro (yes, unusual) da maille nível comer pura do pote, com colherinha.

comprar comida no supermercado só por causa da embalagem: sim.

flowers are back, love is in the air e nada mais “mayfair, darling” do que experimentar seu vestido de noiva na vera wang e aproveitar pra escolher as flores do evento ali do lado na wild things.

panquecas com camada dupla de queijo, because there’s no such a thing as too much cheese, ever.

botões de rosa do supermercado popular: abrem em três dias, duram duas semanas e perfumam a casa toda por duas lilibetes.

o café da kenwood house em hampstead heath é um dos melhores lugares para comer bolo. o chapéu de lã azul quase fluorescente em forma de cone dessa moça conquistou o meu coração. preciso aprender a tricotar.

novas amigas verdes plantadas com a esperança de durar e o sol que continua na janela já bem depois da cinco.

e more blossoms.

Some of the greatest romances of my life have been friendships. And these friendships have been, in many ways, more mysterious than erotic love: more subtle, less selfish, more attuned to kindness.” – (when your greatest romance is a friendship; essa é a história mais bonita que você vai ler hoje)

a menor casa à venda em san francisco (já posso me mudar amanhã)

esse anel. ♥ ♥ ♥

comercial de tv com um mini gordon ramsay. sim, eu também quis colocar quiabo nessa merendeira.

Heartbreaking tales of sad food and even sadder lives.” (dimly lit meals for one; #ComidasFeia versão i hate myself and i want to die)

I like doing things alone—eating dinner, playing games, seeing movies—but for some, the idea seems depressing, sad, or only for people with no one to be with. That’s nonsense. Doing things alone develops self-sufficiency, gives you time for honest reflection, and, forces you to learn to like yourself a little—or at least figure out why you don’t.” – (the power of going it alone)

Soon spring (6×6)

meio que estava querendo fazer esse inverno durar, mas o tempo urge e a primavera já começa a se esgueirar pelos cantos, espalhando frozinhas variadas no meio do mato. e eu fico encantada pois sou a louca das plantas, mas por outro lado já vi essa novela e, antes que a última flor de cerejeira caia murcha, os próximos capítulos trarão a participação especial do “quarteto terrível”: horário de verão, ventilador, filtro solar e suor.

well, que puedo hacer? vivi duas décadas num país onde só existia calor. me desculpem se a novidade de acordar com o sol batendo na janela perdeu um pouco do viço.

mas o tempo passa, o ano acelera e os narcisos 2017 já estão nos supermercados, o café da manhã já pode ser degustado na varanda (que há dez dias estava matando as suculentas congeladas), jaquetas leves substituem casacos de lã e no sábado eu consegui sentar do lado de fora de um café para tomar um cappuccino (!). this is it. here comes the sun.

e com ele a visão dessa cesta vazia e a constatação de que não tenho mais um bichinho peludo aguardando ansiosamente pelo fim do inverno a fim de poder usá-la. é o primeiro verão em muitos verões que a expectativa dela pelo sol não me faz sorrir. percebi que não considerei guardar a cesta; ela ficou ali, sem utilidade prática mas sem outro paradeiro. nove meses em que a cesta, já parte da mobília, saiu do meu radar; mas hoje me lembrou de que o verão virá diferente esse ano.

6×6 staff: Alê (Ucrânia) | Ana (Alemanha) | Paula (Holanda) | Taís (Irlanda)

Categories 6x6

hashtag food

post pra encher linguiça enquanto termino o próximo, com aquilo que todo mundo gosta: comida. ♥ minhas latest eats são prosaicas; fevereiro não foi um mês muito feliz, mas já passou e já estou auto medicando com carboidratos, journalling e britpop 90s, obrigada.

aí em cima temos o inevitável scone no café da marks & spencer; a geléia e creme você tem que comprar à parte, o que eu acho um absurdo. pior: nesse dia não tinha creme e me deram manteiga. bom, pelo menos a manteiga foi de graça. mas tudo bem porque o que realmente BOMBA aqui é esse biscoitinho que vem no pires de café. quero um saco de 5kg dessa iguaria pra ontem.

estou desenvolvendo uma obsessão nada saudável pela belgique, uma instituição nascida e criada nas áreas mais finas de east london (risos). esse cheesecake de pêra com salted caramel eu já devo ter comido umas três vezes e eu nem gosto de cheesecake. o donut com recheio de creme inglês é sempre fresquíssimo, mas a cesta de pães é um absurdo de ruim; se os belgas ficam sabendo capaz de rolar crise diplomática.

comer na rua é sempre difícil para quem conta calorias ou carboidratos, mas eis que surgem essas bandejinhas do pret a manger pra ajudar na causa. sua dose de oily fish, coisinhas verdes gostosas e esse maravilhoso molho teriyaki que você pode a) deixar de lado, b) usar só um pouquinho ou c) fazer como eu: despejar o pote inteiro e colocar na conta do papa. ¯\_(ツ)_/¯ se a disciplina tiver mesmo abandonado o barco aproveite e peça também a barrinha de pipoca com caramelo pra tomar com café – yum. ♥

como não amar um restaurante chamado LULA SORRIDENTE (giggling squid)? a comida é tailandesa, honesta e o serviço é ok – apesar de você ficar o tempo inteiro encarando 300 sacolas de delivery em cima do balcão aguardando a chegada dos motoboys para fazer as entregas. o entra e sai de capacetes quebra um pouco o clima, mas o green curry ajuda a abstrair. esse bolinho de sobremesa à direita é feito no vapor e eu achei meio sem graça, pouco doce para paladares brasileiros. you’ve been warned.

a cocaína da vez são esses flapjacks com cobertura de chocolate branco que custam 29 centavos na home bargains e eu estou seriamente considerando aceitar a derrota e fazer logo um estoque, porque está ficando chato bater ponto lá toda sexta feira à noite depois de prometer “NESSE fim de semana eu não vou comer aquele flapjack”. erm, como eu disse, cocaína.

um pub TÃO no meio do nada que a Siri RIU na minha cara e disse “really, bitch?” quando procurei sinal de 4G. entro no pub e é claro que o wi-fi deles não funcionava. eu teria me levantado e ido embora se o meu encantamento pelo cheiro da comida não fosse maior do que a minha vontade de tuitar a foto dela. a parte chata é que eu esqueci completamente o nome do pub. viu, se eu tivesse postado no instagram com location eu lembraria… bem feito por não ter wifi em 2017; “conversem entre si” é o cacete.

outra obsessão meio vergonhosa: donuts do krispy kreme. eu devo ter passado uma boa década desdenhando essas coberturas melequentas e radioativas e agora sinto que seria capaz de demolir uma caixa inteira com café. como eu sou movida a curiosidade e estou quase terminando de provar todos os sabores (sem chocolate) acho que em breve essa fase vai passar. oremos, pois eu gostaria de voltar a caber nas minhas roupas.

covent garden com as miga no lowlander, um suposto “pub belga” (estou sentindo um padrão se formando). a carta de cervejas me pareceu interessante e talvez eu volte para investigar, mas naquele dia a gente estava ali só pra comer mesmo:

não vou postar a foto da minha comida porque tanto foto quanto comida estavam apenas ok. digamos que eu não pediria aquele cachorro quente de novo e que eles podiam fazer o favor de não servir coca cola morna. mas eis o sticky toffee pudding da colega (apesar de não parecer muito stick). aliás, trívia: vocês sabiam que no reino “pudding” é sinônimo de sobremesa? “we are having pudding now” não significa que você vai comer pudim. inclusive o seu “pudim” pode ser sorvete. acho fofo.

e mais donut! esse aí é da crosstown; limão com tomilho e corante de beterraba (não tem gosto de beterraba, aleluia). nesse dia eu tinha ido procurar o donut de pandan, mas ele só seria lançado no fim de semana (e só por dois dias). a crosstown sempre tem “edições limitadas” muito boas; o problema é que elas acabam logo. o próximo vai ser em comemoração ao saint patrick’s day: massa de chocolate com cerveja guiness, licor baileys e recheio de ganache. a cobertura também leva guiness.

eu comprei esse bolinho “lekkerste” (whatever) num posto de gasolina na holanda e imediatamente me arrependi de não ter comprado dez. eu estava esperando algo nível “bolo de supermercado brasileiro” (gosto de remédio e textura de papelão) mas era uma delícia amanteigada. a caixinha eu peguei no café da manhã do hotel sem fazer a menor idéia do que era e aparentemente é um granulado colorido pra colocar em cima da torrada com manteiga. erm, ok.

por falar nisso, eis que uma das maiores alegrias da vida é bufê de café da manhã de hotel. esse aí estava de parabéns: café decente, queijinho com ervas e tinha até panetone.

toda uma implicância dos hipsters com restaurante de rede, porém ocorre que muitos deles são bons; as pizzarias principalmente. a zizzi é a minha preferida, porque as entradas são muito boas; na verdade eu poderia facilmente dispensar a pizza. a sobremesa foi esse pudim de pão com molho de caramelo, que em retrospecto eu também poderia ter dispensado (e pedido mais arancini).

momento #ComidasFeia. esse era o prato de uma amiga no nando’s. eu sou do time “frango frito eu como eu casa”, mas quando eu fazia dieta atkins era um dos poucos lugares onde era possível comer na rua sem ter que dispensar todos os acompanhamentos e/ou pedir uma lista de ingredientes para checar se realmente não tinha nada de açúcar ou farinha. resultado: cansei deles. esse restaurante é super popular aqui e eu nunca vou entender o motivo (além do fato de a comunidade black se amarrar numa fried chicken). aí temos um prato de asinha/coxa/afins, um cogumelão assado e queijo haloumi. ok, o queijo é bom. o resto? whatever.

e por fim a pipoquinha sagrada do cinema. já fui mão de vaca nível comprar a pipoca no supermercado antes da sessão, mas como o ingresso do Première é ridiculamente barato e é na pipoca/refri que eles fazem algum dinheiro, eu entendi que preciso colaborar (ou correr o risco de ficar sem essa opção). a pipoca ainda estava quentinha. hot pop corn + coca gelada + sétima arte = ain’t life grand? ♥

e o que vocês andam comendo por aí? algum lugar bacana pra recomendar no brasil ou onde quer que seja? (o primeiro que citar “hamburgueria gourmet” nos comments leva block)