
E o 6 on 6 de hoje (que no meu caso não vai ficar tão interessante como planejado: escuridão de inverno + preguiça de pegar tripé pra fotografar internas), vem mostrar um pouco dos nossos cafofos.
Minha casa já foi mais do que exposta nesse site. Já teve inclusive a sex tape e os nudes vazados e acabou fechando contrato com a BBC para um reality show. Ok, parei. Ela se tornou realidade em 2013, depois de uma longa busca por um lugar para chamar de nosso. É relativamente espaçosa porque eu moro no subúrbio e não no centro, onde os imóveis são muito mais caros.
Os planos futuros incluem uma lareira na sala (no momento o nosso boiler está pifado e a temperatura oscila em níveis siberianos), uma cozinha nova (os anos 80 já ligaram várias vezes pedindo a minha de volta), trocar os carpetes por pisos de madeira (já herdamos esses em mau estado), arrumar o jardim e… bem, talvez eu ainda esteja viva quando finalmente completar essa lista de tarefas. Casas estão sempre em transformação e jamais 100% done. Ainda bem.
Tem uma palavra nesse idioma da Rainha chamada “pottering”, que o dicionário define como “occupy oneself in a desultory but pleasant way” (se ocupar de atividades sem muito propósito, porém agradáveis). E existem poucas coisas mais agradáveis para uma criatura homebody como eu do que pôr uma música para tocar, fazer uma xícara de chá e ir vistoriar as suculentas, organizar os livros e objetos na prateleira, trazer flores do jardim e pôr num vaso, mudar a cadeira para perto de uma janela com uma vista melhor, admirar as almofadas novas, os quadros na parede, o aroma de uma vela perfumada ou um bolo assando no forno, o pequeno oásis doméstico que aos poucos vai tomando forma e simplesmente ser.
Outros lares: Taís – Paula – Rita – Sarah – Alessandra