Label Mania

Queria apresentar o meu Coharu para as aficcionadas por papelaria.

Fiquei em dúvida entre um desses e uma dessas Fuji Instax que se popularizaram bastante nos últimos anos. Pensei em comprar os dois, mas concluí que na verdade eu não “precisava” de nenhum e então escolher um só fazia sentido. Devia ter comprado ambos. Oh well. Fica pra próxima.

O Coharu é uma etiquetadora (ou label maker, ou mini impressora, como prefiram) para fitas de papel. Tem formato de maleta com uma pequena alça de couro. Eu me interessei por ele muitos anos atrás, quando era uma pré-adolescente que curtia pegar o busão intermunicipal pra São Paulo pra comprar mangá na Liberdade – que eu evidentemente não tinha como ler porque estavam em japonês, mas quem liga. Não existia facebook naquela época e as crianças tinham que apelar pra se divertir.

Esses mangás eram impressos em papel jornal monocromático mas tinham páginas brilhantes coloridas com anúncios de produtos infantis – brinquedos, roupas, comida, artigos de papelaria, etc. Foi numa dessas páginas que eu conheci o Coharu e imediatamente achei a coisa mais linda do planeta e sonhei em ter um. Duas décadas depois o sonho virou realidade nos corredores da maravilhosa Yodobashi Camera em Akihabara quando me deparei com uma prateleira cheia de Coharus e fitinhas coloridas. ♥

Você abre a parte de trás, coloca a fita escolhida, liga, lê o HELLO (com um desenho de abelhinha) com o qual o Coharu te recepciona, escolhe entre as seis fontes disponíveis, o tamanho do texto, digita e clica no passarinho rosa para imprimir. Pronto!

Como dá pra ver também é possível inserir símbolos (dingbats). O menu traz cerca de 300 imagens + molduras variadas. O manual é todo em japonês, mas com um pouco de paciência você consegue interpretar as instruções e usar sem problemas. :)

(aqui você pode ver alguns dos desenhos, molduras e as fontes).

O melhor de tudo é que a impressão é feita através de heat printing, ou seja, ela “queima” o papel, dispensando o uso de tinta. A única coisa que você precisa trocar são as pilhas. A impressão é bem forte, detalhada e perfeita. :)

Agora a pegadinha: o Coharu não funciona com washi tapes tradicionais e é preciso adquirir fitas próprias. Elas são do tamanho e material corretos e têm o lado autocolante protegido por um papel fininho, pra evitar que grudem na impressora. As fitas não são exatamente baratas e são um pé no saco pra achar, mas já fiquei sabendo que é possível encomendar no Etsy. Mas de qualquer modo o carregamento que eu trouxe do Japão deve durar por pelo menos mais uns anos…

(faltando uma das fitinhas que eu esqueci de pôr na foto; é a primeira na pilha de fitas da primeira foto desse post. Taí outra coisa que eu deveria ter comprado mais, inclusive. :/)

Outra parte chatinha é que o Coharu “puxa” um pedaço grande de fita antes de efetivamente começar a imprimir, o que gera algum desperdício. Que eu minimizo dessa forma: abro o aparelho e volto um pouco a fita antes de começar a próxima impressão.

(A agenda é Filofax, as canetas são da MUJI).

Aqui tem um vídeo tutorial mostrando inclusive a embalagem fofa. E já que estamos no assunto, aproveito para apresentar o meu MOTEX (esse veio da Amazon, mesmo):

É uma versão mais moderninha e kawaii daquelas etiquetadoras manuais antigas, que funcionam marcando à pressão fitas plásticas próprias para tal, deixando o texto em alto-relevo. Todo mundo já viu essas etiquetas em pastas de documentos em escritórios; foram muito populares nos anos 80 mas hoje em dia já existem eletrônicas que são mais rápidas e eficientes – só que eu curto a vibe retrô e tal. :)

https://i0.wp.com/i.ytimg.com/vi/EmUCt0Z7NhY/0.jpg

(foto daqui pra dar o exemplo, já que eu não fiz foto das fitas prontas)

Eu também tenho um DYMO, esse gordinho azul à direita, mais tradicional, mas a MOTEX tem cores de fitas legais (incluindo transparentes, polka dots e fluorescentes) e a fonte é mais moderna e bonitinha. O meu tem duas rodas; uma de minúsculas + números e a outra com maiúsculas + desenhos decorativos/pontuação.

Pra encerrar, outra desnecessidade que eu trouxe de Tóquio (mas que dá pra comprar na Amazon e no Ebay): Deco Rush. Parece fita corretiva, mas é decalque – ao invés de uma fita branca para cobrir as suas mancadas você tem desenhos. ♥

Essas eu sinceramente achei meio blé. Ok, bonitinhas, mas às vezes não funcionam direito e os desenhos ficam meio falhos. Nada que me impeça de querer comprar mais, haha.

Bônus: kit de 25 pincéis que eu comprei ontem na Wilkinson por TRÊS. libras. ♥

Não me olhem com essa cara; eu tenho uso sim pra pincéis, viu?

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