This scar is a fleck on my porcelain skin.

Me pediram fotos de um livro que mencionei em alguma rede social, então taí todo o book haul na Oxfam:

Gostei da tipografia gótica, dos esqueletos na capa e das ilustrações. Jamais serei capaz de ler nada aqui (meu alemão é não existente, apesar de ter morado por um ano na capital da baixa saxônia), mas folhear e cheirar de vez em quando me basta.

Foi o mais caro da leva, aliás.

Esse também é lindo, as ilustrações de paisagens e arquitetura da área da Bohemia são maravilhosas – e está em inglês.

Se tem uma coisa que eu não costumo recomendar é maquiagem da H&M. Elas costumam ser muito baratas, mas dificilmente valem o pouco que custaram. Só que outro dia me deixei levar por embalagens bonitinhas:

Ok, o blush foi uma boa idéia. Não é a melhor coisa do universo e não vai durar muito na sua bochecha – mas 1.99 não é preço de MAC, certo? E esse aí é bem mais visualmente agradável.

A rosinha brilhante ao centro é um iluminador. Até que funciona, para os meus padrões pouco exigentes.

Compartimento inferior, com espelho e pincel grande e macio; o estojo em si é de boa qualidade.

O brilho labial só vale pela embalagem com cara de bala. O produto tem consistência grossa de cola, faz os lábios grudarem e não tem cor nenhuma. O esmalte “perfumado” não tem cheiro de nada e o roxinho com glitter eu não usei ainda, mas não tenho grandes expectativas…

Voltando a falar de livros, achei esse aqui que estava cogitando comprar faz tempo, mas sempre evitando por achar caro. Achei no saldão da TX Maxx e não resisti; gotta love Gemma Correll:

Por fim, tive um dia de sorte em Chinatown; nunca consigo encontrar Pockys em sabores diferentes, mas essa última visita me renderam manga (versão mousse), chá, leite (mousse), lichia e banana (mousse).

Pockys são palitinhos de biscoito com cobertura de sabores variados. São extremamente viciantes apesar de não serem nenhuma maravilha gourmet. Existem vários sabores especiais/limitados, e quando eu for ao Japão vou trazer de volta uma mala só de Pockys diferentes. :)

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Estou em estágio de contagem regressiva para a mudança. Não empacotei nada ainda porque não tenho ainda uma data, mas tudo progride de acordo com o esperado e Abril será um mês bastante movimentado, excitante, cansativo, estressante… A casa está em bom estado e não há muito o que fazer, mas é claro que eu vou querer pintar umas paredes e alterar alguns detalhes – carpete em escadas e corredores, por exemplo, eu não quero nunca mais. Tenho algumas fotos da casa que fiz em uma das visitas (o atual morador ainda está lá), mas todas muito escuras e ruins; fiz apenas para ter idéia de espaço e começar a planejar os novos lugares para as minhas velhas coisas. Ter uma geladeira de verdade e uma secadora de roupas novamente? Mal posso esperar.

Por ora, fiquem com esse link fofo que encontrei hoje: o What’s in Your Bedroom, uma versão decór do What’s in Your Bag. :)

A place to rest.

Outro dia fui conhecer o City of London Cemetery que, descobri, fica aqui perto, em Wanstead. Fiquei chocada com o TAMANHO do dito cujo; parecia um mini vilarejo – as “casas”, pelo menos, eram muito mais bonitas que a de muitos bairros por aí. Não consegui ver tudo num mesmo dia, até porque estava fazendo um frio CRUEL; preciso voltar quando a temperatura subir um pouco.

O cemitério foi aberto em 1856 porque a cidade já não estava mais dando conta de enterrar todos os seus mortos nos graveyards já existentes. Num deles, em Holborn, o terreno subiu a mais de 4 metros acima do nível original, devido aos corpos sendo literalmente empilhados. Cães e outros animais os desenterravam e espalhavam os ossos pelas ruas, um risco para a saúde pública. O City of London é o maior cemitério/crematório municipal em toda a Europa e conduz cerca de 5 mil funerais por ano.

Existe uma pequena florestinha para o que eles chamam de “enterros naturais”; não há lápide, apenas uma plaquinha de madeira que é removida depois de algum tempo. Há também várias capelas espalhadas pelo terreno, ruas largas por onde circulam carros e muitas árvores, flores e animais silvestres como esquilos, ouriços, tartarugas, sapos, morcegos, pássaros e insetos – apesar de ser um lugar destinado a celebrar o fim de um ciclo, a vida à sua volta continua. Juro que considerei um piquenique no verão, porque a área é realmente linda.

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Essas estátuas aí embaixo faziam parte de uma única sepultura enorme.

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Anjos contemplando a eternidade.

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Como o cemitério foi inaugurado na era Vitoriana, muitas lápides trazem esculturas da época. Fotografei algumas que achei mais bonitas.

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Crocus primaveris florescendo a todo vapor.

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Snowdrops, que me fizeram lembrar de Jersey:

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Esquilinho que posou para a foto; não tive sorte com os pássaros – tímidos, não deram a menor chance para os paparazzi.

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Confesso que nunca entendi muito bem a relação complicada que os meus conterrâneos têm com cemitérios. Na infância lembro da minha mãe tirando sempre os sapatos e o máximo possível de roupa antes de entrar em casa assim que voltava dos enterros – segundo ela, era “mau agouro”. Certa vez eu e uma amiga ouvimos um sermão de um segurança quando fomos surpreendidas fotografando sepulturas. Muita gente não cogitaria a idéia de passear num cemitério e teria “medo” de morar ao lado de um. Respectivo morou ao lado de um cemitério por quase dez anos, e segundo ele diz “foram os melhores vizinhos que ele já teve; silenciosos e compreensivos”. Minha mãe ficou horrorizada quando a levei para conhecer o (lindo) cemitério em questão, que tem vista para o mar e uma capela de 800 anos.

Aqui todo vilarejo de um certo tamanho tem a sua paróquia, e toda paróquia tem o seu “churchyard”: um pequeno cemitério para uso local. O nosso ficava a dez minutos de casa, ao lado da lojinha de conveniência e do pub, e eu gostava de caminhar até lá, comprar uma revista e um lanche, sentar num dos banquinhos doados pelos moradores (com plaquinhas de metal homenageando algum falecido) e ficar curtindo o sol e o movimento do vilarejo; as mães fazendo compras depois de buscar as crianças na escola, os cristãos saindo da igreja, os bebuns chegando no pub, uma delícia.

E qual a sua relação com cemitérios? Amigável ou prefere evitar contato? :)

E para quem curte, outro post relacionado. :)

Sense, sensibility and bargains.

Achei outro dia numa charity shop aqui perto de casa.

É claro que eu já tenho uma cópia desse livro. É claro que eu comprei mais essa. Livro antigo com capa fofa? Sign me in.

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Ando obcecada por comprar livros em charity shops e na TKMaxx. O futuro lar fica a 10 minutos a pé de uma filial ENORME da TKMaxx e a mais dez minutos de ônibus de outra maior ainda. NUNCA MAIS TEREI DINHEIRO NOVAMENTE.

E perto da estação de trem há uma Oxfam realmente LETAL para quem é viciado em livro velho. Ontem comprei um de 1948 (com dedicatória manuscrita) em alemão, tipografia gótica e capa de couro. Ok, eu jamais serei capaz de ler – mas quem liga? Amor.