Bons tempos onde, quando saíam os indicados ao oscar de melhor filme, eu já tinha assistido pelo menos a metade.
Hoje em dia o filme é outro. Assisti apenas Les Mis. Quero ver Beasts of the Southern Wild e Lincoln. E queria ter coragem de assistir Django por motivos de amor a faroeste e Leo DiCaprio, mas o que pega é que…
…eu acho Tarantino um pé no saco. Pronto, falei.
Os outros nem registraram no meu radar.
Meu radinho retrô, que por um triz não chega, chegou hoje. O som não é nenhuma Brastemp (eu nem esperava que fosse) mas é bastante tolerável. Me surpreendi.
Comprei na Claire’s porque, de fato, eu amo zumbis.
Considerando comprar coisas que nem mesmo posso comer apenas pela embalagem bonita.
No dia seguinte ao meu aniversário, red velvet cake + cappuccino num café aqui perto de casa lendo a edição especial de aniversário da Frankie. O bolo estava meio doce demais, mas a revista é um colírio.
A neve foi fraca aqui esse ano. Só dois dias, mas deu pra juntar um pouquinho e deixar tudo lindo antes de derreter. No momento faz frio, sol e venta um bocado.
Saleiro/pimenteiro (?) de matrioshkinhas que encontrei na Lakeland; não é um amor?
Camiseta do Joy Division com cara de velhinha; what’s not to love?
“Nail art” (hahaha) com caneta Posca. ♥
2013 promete ser um ano agitado; tenho viagens à vista, uma casa nova para decorar, um closet para organizar minhas roupas (“looks do dia” à vista? rs) mas, para continuar por aqui, preciso me animar com esse coisa de blogar novamente. Wish me luck. ♥
Imagino que vocês já saibam que estamos planejando nos mudar em breve. Já temos uma favorita em vista desde o ano passado, mas ela está com problemas na escritura que precisam ser resolvidos. O que pode acontecer em breve ou pode não acontecer nunca – mas por conta de acordos com o banco nós precisamos comprar algo até o fim de março.
Domingo fomos fazer house hunting. Quer dizer, não exatamente. Não entramos em nenhuma casa (para isso é preciso ligar antes para a imobiliária e agendar a visita), mas selecionamos algumas “possibilidades” na internet e fomos checar no local. Acho importante fazer isso porque muitas vezes uma casa que parece ótima fica num lugar complicado; não dá pra ver isso pela foto. Outras casas são BEM menores ao vivo – ah, essas lentes panorâmicas – e outras que não prometiam nada no site são bem mais interessantes em carne e osso (ou melhor, em cimento e tijolos).
A primeira que vimos fica bem aqui perto, mas me pareceu pequena e meio longe da estação de metrô.
A segunda ficava um pouco mais longe, mas não me apaixonei muito pela vizinhança; casas demais em volta e imaginei a falta de privacidade e o inferno que seria a bagunça no verão. Respectivo ficou deprimido só de dirigir por ali e desistimos na hora.
Fomos então para a próxima, e eu fiquei surpresa com a casinha amarela que eu tinha achado super sem graça no site. Ao vivo ela tinha muito a favor: tamanho (parece pequena na foto, mas não é), garagem dupla, cômodos grandes e bem dispostos (de acordo com a planta online), potencial para ampliar, amenidades básicas, pub e um ponto de ônibus útil na porta. O único contra é ficar ao lado de uma estrada movimentada. O exterior é meio “boring”, mas pode ser melhorado.
Fomos então em direção à última casa da lista. Que, apesar de ter o exterior mais bonito de todas (parece uma mini manor house) e uma garagem grande com quarto anexo em cima, fica numa rua que me pareceu sem saída – e esse tipo de configuração costuma estimular sentimentos de “comunidade”. E não sei como funciona o transporte público na área. Ainda assim é a minha segunda favorita.
Ainda no páreo temos essa aí embaixo, mas apesar da garagem dupla eu acredito que os cômodos internos sejam do tamanho de caixinhas de sapatos. Exterior bonitinho, mas não vi nenhuma linha de ônibus nas proximidades.
Todas essas casas estão abaixo do nosso limite máximo de preço e ficam a cerca de 15 minutos de onde estamos morando agora. Seria legal se sobrasse alguma grana para reformar e ampliar, o que sempre dá UMA valorizada no imóvel.
E é isso. Eu ainda espero conseguir a casa original que queremos, mas se não for possível (por causa de toda a enrolação com a escritura) pelo menos temos essas possibilidades no horizonte. Precisamos fechar um negócio qualquer em breve e tomara que seja o certo. ♥
Depois de fazer house hunting fomos ao shopping. Porque o que mais se pode fazer num sábado gelado? Decidi por Brent Cross porque nunca fui antes. Logo ao chegar me deparo com esta cena; preciso comer bolo neste recinto: sim ou pelamordedeus??
Almoçamos no Carluccio’s. Que faz massas gostosas, mas em matéria de carne ficou devendo. Minha entrada foi essa salada de presunto de parma + mozzarela derretida em cima do pimentão grelhado. Pimentão chamuscado (queimado, em algumas áreas), mozzarela gostosa, mas pouca. Pelo valor do prato eu esperava mais queijo.
Respectivo quis dividir uma bisteca. Dos acompanhamentos ele ficou com as batatas, eu fiquei com o mato + parmesão. Do bife eu não gostei. Não sou fã de carne de boi, e essa em particular não estava legal. Me lembrou bastante os bifes ruins que minha mãe me forçava a comer na infância. Provei uns pedaços e desisti.
O shopping é meio mais ou menos, um tanto quanto pequeno e o mix de lojas não é lá essas coisas. Depois que os Westfields abriram – muito maiores, modernos e luxuosos – esse aqui ficou restrito ao pessoal que mora perto. Mas ainda eu pretendo voltar, pelo menos mais uma vez. Porque aquela Lola’s Cupcakes tem meu nome escrito – literalmente. :)
Esses porta-velas são na verdade copinhos, mas gosto de usá-los como porta velas. Tanto os copos quanto as velas perfumadas são da Ikea. ♥
Presentes de Natal: mais alguns filmes para completar minha coleção do Studio Ghibli. ♥
Adoro esses potinhos de metal “rendado”, tenho dois vasos de plantas e esse porta lápis (que na verdade é um porta velas). Os bonequinhos (que eu amo por motivos de: fofura indescritível e alegria contagiante) são apontadores de lápis da Paperchase.
Achei o CD de músicas natalinas do Frank Sinatra em algum jornal. Aqui os jornais costumam trazer filmes e música como brinde, e você não precisa ser assinante e nem pagar extra. O Pocky de morango veio de Chinatown. Quando eu for ao Japão nem vou olhar para os Kit Kats; só vou querer saber de Pockys de sabores diferentes. Por enquanto os meus favoritos são morango, banana e chocolate branco. ♥
Onde guardo parte das bijouterias. Eu já postei isso aqui antes? Não lembro. Enfim, as gavetinhas de acrílico maiores são da Muji, as menores são da Ryman. Tenho também duas caixas de plástico com divisórias da Ikea onde guardo peças maiores.
Eu acho que já ficou meio clichê essas “palavras de madeira” sendo usadas na decoração, mas achei a fonte dessa aí em cima tão bonitinha que não pude resistir. Tanto ela quanto a toalhinha floral, meio Cath Kidston inpired, são da Primark.
Não fiz fotos da árvore de natal esse ano por desânimo. Essa não é a minha árvore oficial, que está empacotada junto com o resto da mudança de Jersey em algum galpão. É uma pequena, substituta, que tive que rodar três filiais diferentes da B&Q até encontrar. Era o modelo mais barato e estava esgotada em várias lojas. Tem 1.50m de altura e deu conta do recado.
O bonequinho no topo é um chaveirinho que veio do porão de descontos de uma loja de departamentos na Alemanha. Ele dá risadinhas, gritinhos histéricos e fica “corado” (tem duas luzinhas na bochecha) quando você aperta. É um amor, te faz sorrir, custou apenas um euro e eu me arrependo de não ter comprado uns vinte para dar de presente para todos os meus amigos.
O Natal em si foi tranquilo. Dispensei o peru e fiz um empadão de frango – quer dizer, ele fez, seguindo a receita que minha mãe passou por telefone. Ficou uma delícia. O inconveniente é ter que limpar essa bagunça depois, mas valeu a pena.
Conforto: chá e livros bonitos. ♥
Essa coleção com encadernação de couro da Barnes & Noble é maravilhosa. Trouxe três de NY, minha mala pesando toneladas – mas como resistir?
Todos são ilustrados; alguns coloridos, outros em P&B.
Queria ir ver Les Miserables hoje, mas o frio está literalmente congelando catota no nariz. Ficarei em casa, jogarei uns óleos cheirosos na banheira e assistirei Heathers. Have a lovely weekend, everybody. ♥
Foram só dois dias (e são 4h de viagem até lá), mas North Wales é uma graça. Pena que chove. Muito. Demais. O tempo todo. Pegamos tempo seco no primeiro dia, mas no segundo muito fog e chuva fina. O que aparentemente é o clima padrão da área.
Ficamos na pitoresca village de Bedgellert, numa pequena pousada com vista para o rio e barulhinho de água corrente gratuito no quarto. Outra coisa gratuita no quarto era o wi-fi; aprendam, hotéis caros que não têm vergonha de cobrar pelo acesso… O nome da vila, segundo se diz, foi dado em homenagem ao nobre cachorrinho Gelert. Cuja lenda é tão triste que você não vai querer saber. Não vai. Quer mesmo estragar o seu dia? Ok, vá lá, mas quando começar a chorar em cima do teclado não me culpe pelo curto circuito.
Fog, fog, fog. Eu poderia usar a desculpa de que “a umidade estragou o meu cabelo”, mas a real é que o que estragou meu cabelo se chama “genética”.
Vida noturna num sábado em Beddgelert: vestir uma capa de chuva, sair na rua vazia e olhar o rio. Mas olha, tem DOIS pubs! Ambos praticamente vazios, mas pelo menos assim você terá certeza que vai encontrar uma mesa. E pode escolher a trilha sonora da jukebox. E os pubs têm wi-fi!! Pegue a sua pint de Stella, um pacotinho de amendoim e passe a noite xingando no Twitter.
Essa era uma loja de antiguidades, um salão de chá e uma pousada, tudo no mesmo lugar.
Loja de conveniência. Tinha mais souvenir para turistas do que comida, mas eu acredito que os locais façam suas compras no Tesco da cidadezinha mais próxima, Porthmadog.
O dragão é o símbolo de Wales; esse assustador aí em particular estava na porta de uma escolinha. Excelente maneira de estimular o seu filho a ir para a aula, não? Será que dizer “professora, o dragão comeu o meu dever de casa!” é uma desculpa aceita nessa escola? Será que você pode chantagear o seu filho a ser estudioso dizendo que, se ele não passar de ano, será chamuscado pelo bafo do dragão?
Tem um campo verde ao lado do rio e essas casinhas coloridas. Às vezes tenho vontade de DESISTIR. DO. MUNDO. e comprar uma casa num lugar desses, passar os dias comendo bolo e tomando chá em xícaras vintage de porcelana, vestindo roupinhas da época de Jane Austen, tirando fotos e ostentando a minha vida perfeita na internet.
Adorei as casinhas de pedra; me lembraram Jersey. Tudo muito verde, por causa da chuva. E ovelhas. MUITAS OVELHAS. Sendo uma região montanhosa não há como cultivar muita coisa e ovelhas/bodes se adaptam muito bem às encostas íngremes. Dizem as más línguas que o pessoal de Wales costuma ter um certo “interesse romântico” nas coitadas, daí o ditado local: “WALES – WHERE MEN ARE MEN AND SHEEP ARE WORRIED”. Entenda como quiser.
Pena que no segundo dia a neblina não permitiu avistar o monte Snowdon, o ponto mais alto das ilhas britânicas – exceto Escócia, se não me engano. E que o cartão de memória da minha câmera resolveu se negar a funcionar, por isso a maioria das fotos que fiz acabaram sendo de iPhone.
O pub que ficava ao lado da nossa pousada.
Você sabe que chegou em Wales quando de repente se descobre analfabeta. Welsh é o idioma do capeta.
Portmeirion, uma típica vila italiana situada em pleno reino de Gales. Mindfuck.
Preciso voltar a esse lugar para fotografar mais quando o tempo estiver melhor. Ou seja, no caso de Wales, nunca. Hoho.
Entre o Natal e o Ano Novo fui aproveitar o segundo dias das famosas liquidações do Boxing Day (o dia 26 de Dezembro, que aqui também é feriado). Durei 45 minutos e entrei gritando de volta no metrô.
Brasil INTEIRO despejado dentro da Primark de Oxford Street. Delícia escutar os papos:
“OLHA, Adalberto, que linda essa almofada de Keep Calm and Carry On!” “Quipe o quê?” “Não sei, Adalberto. Pra quê você quer saber tanto detalhe??”
“Esse negócio aqui, “throw”, a gente põe em cima da cama…” “Tipo uma colcha?” “Não, Adalberto… Isso a gente joga por CIMA da colcha.” “Mas se já tem a colcha, pra quê outro pano por cima?” “Adalberto, você não entende nada. PATRÍCIA, MINHA FILHA, PEGA DOIS!”
“E esse aqui eu vou levar pra tia Elenice…” “O que é isso?” “Não, sei mais é tão bonitinho… Ela gosta de coisas bonitinhas.” “Parece um consolo de borracha…” “Ai, é verdade!” “Não, mãe, é um MASSAGEADOR, olha aqui na embalagem…” “Hm, melhor não. Ela é evangélica e pode não gostar dessas coisas.”
“Que tamanho é esse, XL?” “X-L Bundchen, hahahaha” “Ai, Adalberto, você e suas piadas de tio do pavê…”
E olha o que eu achei na Selfridges: vodca com escorpião.