Cheap as chips.

Como eu sabia que uma colega aqui curte caveirinhas (assim como eu), comprei para nós duas essas cartelinhas de brincos na Primark:

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Ok, as caveirinhas não são exatamente Alexander McQueen, mas tinha também uma cruz (a gente curte), os outros brincos eram usáveis e a cartela inteira custava apenas dois dinheiros. Ok, done deal. Mas qual não foi a minha cara de bunda quando, ao lhe entregar a pacotinho, a caléga simplesmente franziu o nariz e disse, “Primark? Não, obrigada. Não uso nada de lá.” Slap! Tomou, Lolla?

Tá pensando que se trata de alguma treta ideológica com trabalho escravo/infantil ou que a Primark fez a Marisa praticando bullying gordofóbico com os consumidores?? Nope! A caléga simplesmente não compra em “loja de desconto” porque tem “vergonha de usar uma coisa que todo mundo sabe que custou barato” – palavras dela. Achei interessante a declaração e vim aqui perguntar pra vocês: procede? Alguém aqui tem problemas em usar roupas de lojas populares, mesmo se a qualidade não for tão inferior à das lojas de departamento?

Eu compro na Primark desde que descobri a loja. Prefiro os básicos, porque a qualidade tende a ser melhor e o preço idem. Não costumo gastar muito com vestimenta; a exceção são bolsas, porque sendo clássicas e de boa qualidade eu sei que vão durar a vida inteira. Já roupa eu vou detonar lavando na máquina, vai sair de moda, eu vou me cansar. Sapatos eu vou enfiar na lama, gastar a sola, meus pés vão crescer (sabiam que depois dos quarenta anos os pés crescem alguns milímetros por década??). Ou seja, não vejo sentido em pagar fortunas por essas coisas – apesar de não criticar quem faça. Cada um gasta seus suados dinheiros onde bem entender; o importante é movimentar a economia.

Outro dia entrei na filial da Primark em Stratford pra comprar essa bolsinha de maquiagem que vi com outra amiga (que não tem vergonha de comprar lá):

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Espaçosa, de camurça preta com apliques de pedrinhas douradas. Bem perua. Duas lilibetes. Infelizmente lá chegando acabei sendo sugada para dentro do buraco negro das Barganhas Imperdíveis. UMA HORA depois, 70 lilis mais pobre, eu saí da loja com duas sacolas pesadas. Comprei uma pá de coisas, entre elas esse sapatinho aí embaixo.

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Mesma idéia da bolsa de maquiagem, só que com pedrinhas multicoloridas. Super confortável, uma fofura desnecessária com um quê de carnavalesco que me deixará satisfeita se durar até o próximo inverno.

Essa bota foi uma compra mais incerta. Fui fisgada pelos spikes – que viraram de vez “tendencinha”, o que significa que poderei comprar coisas com detalhes pontiagudos, esperar a moda passar e então usar à vontade, haha.

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Rodei um tempo com a bota dentro da cestinha e tentei várias vezes devolver para a prateleira, mas não consegui por motivos de: CONFORTO. Como ela é meio larga em cima dá pra usar com meia grossa no inverno.

Eu já tinha mostrado aqui esse anel em preto, e resolvi comprar o verde também:

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Já que eu não posso comer na rua, sobra troco em moedinhas para alimentar meu complexo de princesa. SHINY!

Cachecol e gorro de tricô. Boa qualidade e não muito diferentes que os da GAP.

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Ainda sobre os básicos, a lingerie da Primark também é aceitável. Eu jamais entrarei na Victoria’s Secret ou Agent Provocateur, então essas aí cumprem a função.

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Eles também têm thermals, peças feitas de malha levemente escovada por dentro a fim de torná-la mais quentinha. Imprescindível quando a coisa fica climaticamente desafiadora. Em várias cores e modelos diferentes.

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Achei esse cabide interessante para guardar colares e echarpes; difícil foi achar um que não estivesse com pelo menos um gancho quebrado:

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MELHOR MEIA CALÇA. Sério. 150 denier (bem grossa), opaca, de algodão quentinho, tamanho perfeito (não sobra, não falta e não fica descendo) por 3 libras.

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À esquerda pacote com duas fronhas avulsas (que eu estava precisando) e dois pacotes de lenços umedecidos de limpeza. Quebram um galho para tirar maquiagem.

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Também comprei pijamas de fleece e um roupão de capuz TÃO macio e quentinho que eu quero usar o tempo TODO. Quero uma corner shop com drive thru.

Então, tô sem saber ainda se eu sou uma mão de vaca que devia tomar vergonha e ir fazer compras em lojas decentes OU se a minha colega não passa de uma coitada metida a besta que não quer que as pessoas saibam que ela não tem dinheiro – sendo que não temos mesmo e é isso.

Lembrando que isso não foi um publieditorial da Primark – que nem precisa; vende mais que chocolate na páscoa e se dá ao luxo de nem ter loja online. E se alguém aqui quiser dar um lar à cartelinha de brincos rejeitada, só falar aí nos comentários. Se tiver mais de uma pessoa que queira, farei sorteio. Lol.

E por falar em barganhas/pechincha/pobreza, olha o que eu achei na rua sexta feira passada quando estava indo jantar:

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O aparador estava junto ao muro de uma clínica dentária e eu prometi que, se estivesse lá na volta, eu o levaria pra casa. Bem, estava, e agora mora no meu “hall”. :D Não sei se pinto, se deixo na cor natural, se coloco vidro ou azulejos antiguinhos para cobrir esse buraco no meio, se uso o buraco para colocar guarda-chuvas ou uma planta… Mil idéias.

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Your trash, my treasure. ;)

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