E então, setembro acabou de acabar. Wake me up when september ends, diz a música, e a coisa foi tão feia que eu quis mesmo simplesmente hibernar pelos últimos trinta dias. Por outro lado, esse mês que foi difícil em tantos aspectos terminou com uma excelente notícia: fechamos a venda da casa em Jersey. Finalmente; eu já estava certa de que tínhamos um elefante branco nas mãos. É claro que a oferta foi inferior ao preço que estava sendo pedido, mas whatever – o que importa é que, num período de incerteza econômica, conseguimos nos livrar de um problema e colocar dinheiro no banco.
Já temos uma casa em vista por aqui. Não tão grande quanto anterior, mas bem maior do que a que estamos alugando agora e onde eu poderei pendurar coisas na parede sem medo de perder o depósito. Faremos uma oferta formal essa semana.
Antes da diversão, entretanto, o trabalho: temos menos de 30 dias para desocupar a casa de Jersey. Estarei indo para a ilha no sábado e passar uma semana submersa num oceano de caixas, decidindo o que vai, o que fica e o que vai pro lixo. Uma última semana na casa que eu vi ser virada do avesso há sete anos, na época da reforma, e que comeu todo o nosso dinheiro; mas que por anos foi o nosso lar, cuja lareira me aqueceu por vários invernos escuros e gelados e cujo sótão rosa eu tentarei reproduzir em todas as futuras casas em que viver.

Outro dia estive em Wanstead, uma vila da região de Redbridge em Londres. Fica relativamente perto daqui e dá pra ir a pé. O nome Wanstead deriva do anglo-saxão wænn + stede, que significa “colônia na pequena colina”. Bem, eu não vi colina nenhuma, mas devo dizer que o conceito que os ingleses têm de colina é diferente do meu. Aqui qualquer morrinho é montanha.

Wanstead é cercada por áreas verdes, tem uma high street bonitinha, cheia de cafés com mesinhas nas calçadas, delicatessens, lojas de decoração, açougue familiar e, claro, a indefectível filial do Starbucks. Além das estações do metrô a vila é bem servida por diversas linhas de ônibus. Consideraria demais morar lá, se não fosse ter me interessado pela outra casa e Respectivo não “precisasse” de tanto espaço de garagem.













Essa estátua fica numa pracinha no meio de uma área verde. O anjo pagando peitinho enfeita o monumento dedicado aos mortos de guerra.


Toda vila na Inglaterra, por minúscula que seja, tem sempre um desses monumentos com os nomes de moradores mortos nas trincheiras. Mesmo que sejam somente dois ou três nomes; mesmo que seja apenas um. Esta é só uma parte da lista de Wanstead (triste ler tantos sobrenomes da mesma família e imaginar uma mãe que tenha perdido marido e/ou filhos). Praticamente todos os vilarejos desse país perderam (e continuam a perder) vários jovens para as guerras.






Portas coloridas. ♥









As hortênsias se despedindo ao fim do verão; até o ano que vem. :)



Xeretando a vitrine do sebo. Quis muito esse livro do Python, o do Churchill, o dos anos 60 e o Vanishing Vitoriana. Voltei uns dias depois e todos haviam sido vendidos. Damn!


Em casa, descansando com um café com creme + revista muquirana que eu só comprei porque custava uma lilibete.

And that’s all. Mais (boas) novidades em breve, espero eu. :)