Eis-me aqui, depois de uma semana de férias para fugir um pouco das olimpíadas. O plano inicial era Tóquio, mas calculei que nessa época do ano estaria fazendo calor demais por lá, que a viagem precisava de mais planejamento e resolvi adiar o sonho dourado de comer sushi na fonte para o mês de Outubro.
E aí eu decido ir para a Itália (de novo!), dessa a região do Lago Garda (Sirmione), Verona e costa da Liguria (Cinque Terre) onde o calor possivelmente estava mil vezes mais insuportável do que qualquer lugar no Japão. Sente só o bronzeado:

A pulseira de caveirinhas fluo foi um achado em Sirmione. Depois encontrei-as pela metade do preço em Garda e comprei mais duas (as de pirâmide são da Forever 21).
Cerca de 600 fotos na câmera, sem contar as do celular – não deu pra ficar atualizando redes sociais com imagens porque a Vodafone me cobrava SEIS REAIS para mandar uma mísera foto por 3G. Por enquanto o que eu consegui mandar pra internet via Instagram:

Lago Garda e as montanhas de background vistos do Grotto di Catullo – ruínas de uma mansão romana à beira do lago, no ponto mais alto de Sirmione.

Cimitero Monumentale, em Verona. Vi aquele cemitério gigantesco no meio da cidade no mapa e sabia que ia ser a primeira coisa que eu veria na cidade. O que eu não esperava: os mais de quarenta graus absolutamente miseráveis. Acho que nunca experimentei uma sensação térmica tão desgraçada. O calor absurdo + clima super seco formam uma combinação que a gente só deveria ter que encontrar no inferno. Eu me sentia queimando, mesmo na sombra. Nem uma brisa, o sol refletindo nas superfícies uma luz que cegava os olhos e deixava tudo em volta com a coloração branca e brilhante de uma explosão nuclear. Dei uma voltinha e saí correndo de volta para o ar condicionado do nosso Fiat Panda alugado.

A linda Manarola, em Cinque Terre. Estou bestificada com a beleza dessa região, com as casinhas coloridas caindo pelas beiradas dos rochedos, com a calma e a simplicidade da vida nas vilas de pescadores, com as vistas inacreditáveis do Mediterrâneo das janelas das casas, com a comida sem luxos, porém farta e bem feita, com as senhorinhas sentadas na praça à noite já vestidas com suas camisolas de verão a fim de terminar o crochê, a taça de vinho e a fofoca da noite anterior, as dezenas de gatos se espreguiçando por entre as vielas e escadarias intermináveis… Se me prometerem ar condicionado e internet eu me mudo amanhã e até desenferrujo meu italiano.
No entanto, por mais que a gente ame viajar, chega um momento na viagem onde a decisão “fico aqui pra sempre ou vou-me embora?” precisa ser feita. Praticalidades da vida nos obrigam a jogar as malas na esteira do check-in, tirar os sapatos para passar pela vistoria de segurança, sentar no avião e aturar duas horas e meia de vôo cercados por crianças gritando e gente que aplaude aterrisagem. Mas aí, saindo da área de desembarque, inspiramos o ar “de casa” pela primeira vez e aquele cheiro de chuva, fumaça e outros aromas nem tão mencionáveis traz a sensação reconfortante de pertencer.
Hello Gatwick. Hello England. Hello London. I am back. :)

“Sunset over Gatwick Car Park”, light on iPhone sensor, 2012. :)
Volto já, mas antes de ir, respondendo um meme fofo que me foi repassado pela Ba Moretti:

1. Qual é o seu nome?
2. URL do seu blog.
3. Escreva: “A rápida raposa marrom pula sobre o cão preguiçoso.”
4. Citação favorita.
5. Música favorita (no momento).
6. Cantor/Banda favorita (no momento).
7. Diga o que quiser.
8. Indique 3 ou 5 blogs.
Só agora eu vi que esqueci de indicar os blogs no caderninho (também, usei um micro caderno, nem cabia mais). Como eu fiquei uma semana fora e não sei quem já fez o meme ou não, vou deixar em aberto para quem quiser participar.
p.s.: Pensando se coloco aquele sistema de comentários tosco do Disqus aqui no blog. Que q6 acham?