Para quem estava com saudades da ilhazinha.



Estive em Jersey por duas vezes nos últimos dois meses. Achei o jardim diferente. Após tanto tempo de “abandono” sem ninguém cuidando dele, passou a crescer selvagemente, se infiltrando nas rachaduras da calçada. Flores que não estavam ali antes brotando da noite para o dia, sementes vindas de longe graças aos pássaros e abelhas – os únicos frequentadores do meu antigo endereço.






O mato quase engoliu a summer house:







Era como se a natureza estivesse clamando de volta o espaço não utilizado pelos humanos. E ela não perde tempo. Lembrei-me das casas abandonadas de Detroit, onde a natureza tomou conta do que foi deixado para trás. Existem sites inteiros dedicados a documentá-las antes que desapareçam em meio a hera, arbustos e árvores. Onde humanos medem, calculam, planejam, programam e organizam, a natureza expande, envolve, espalha, atravessa e prolifera. Nem sempre há simetria na aleatoriedade. Mas existe beleza no caos.


