And castles are burining in my heart.

Vida andando bem devagar. A maior novidade dos últimos dias foi o enterro simbólico do sofá roxo desgracento, que agora descansa em paz no fundo da garagem. Ocupando, inclusive, um espaço que ele não merece por conta das suas gravíssimas deficiências estéticas. Feio daquele jeito, devia era estar no fundo de um rio ou de um forno crematório.

Pratico Eugenia com a Mobília (1 membro envergonhado, quase deletando a comunidade)
Eis o substituto:

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Eu ia falar sofá novo, mas EU NÃO SEI MENTIR (cof, cof) e preciso confessar que esse aí também é usado. Tivemos que alugar uma van e dirigir mais de uma hora para ir buscá-lo, mas aí vem a parte boa. Preço do sofá: zero libras.

Sim, de graça. A dona estava se livrando dele no Preloved e eu cheguei chegando.

Pensei em comprar um sofá novo na loja? Pensei. Mas vejam a minha situação. Eu JÁ TENHO um sofá novo em casa. Só que ele está em Jersey, e não compensava financeiramente trazê-lo de lá. Além disso Respectivo é uma pessoa, digamos, muito específica na hora de escolher um sofá. Traduzindo: ele não gosta de NADA. Pelo menos não nada que seja muito mole, ou muito duro. Ou onde ele não possa encostar a cabeça ao sentar. Sim, ele não quer um sofá, quer uma CAMA. Sugeri simplesmente colocar a TV no quarto e dar o assunto por encerrado, mas minha idéia foi vetada. Whatevs.

Habemus sofá. Bem grande, confortável e fisicamente nota seis (ou sete. Tipo, não é um Jude Law, mas também não é um Vincent Schiavelli). Pena que é azul. Mas foi de graça, e assento dado não se olha a paleta de cores. No futuro é só mandar forrar na cor da moda e pronto: sofá tendencinha. ♥

Ou jogar no Tâmisa, o que for mais barato.

For a lonely soul you’re having such a nice time.

Domingo passado fui com uma amiga ao mercado de flores em Columbia Road. É um dos mercados de rua mais tradicional e conhecido da cidade, que atrai multidões de turistas. Volto sempre que posso, não só por causa das plantas e flores a preços razoáveis mas também pelas lojinhas independentes ao longo da rua – e que geralmente só abrem em dia de mercado, já que durante a semana Columbia Road é mais deserta que cidade fantasma de filme de faroeste.

Mas no domingo é tudo só cor, aroma, música, movimento, consumismo e hipsters. A rua fica na zona leste, o epicentro alternativo; então o mercado também funciona como uma espécie de catwalk da American Apparel e dos melhores brechós da cidade. :)

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Essa loja (Vintage Heaven), logo no começo do burburinho, vende louças antigas. E nos fundos tem o melhor salão de chá da rua. Peça a Victoria Sponge e uma xícara de english breakfast tea para a moça simpática de cabelos vermelhos, lindamente servidos em bone china vintage.

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Essas embalagens da Paul & Joe são lindas.

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A lojinha era, na verdade, um salão de beleza vintage; morta com os uniformes retrô das atendentes.

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Que faziam, claro, penteados e maquiagem retrô. Olha essa moça virando pin up dos anos 60:

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Tio indiano simpático e suas samosas vegetarianas.

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Tenho que voltar lá para pegar uma luminária dessas. Deep, deep love.

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O mercado funciona aos domingos das oito da manhã até por volta das três da tarde. Se a idéia é comprar flores eu recomendo chegar lá pelas duas, quando os vendedores estão querendo liberar mercadoria e cortam os preços pela metade.

They’ll forgive anything but greatness.

E aí chega o dia em que você precisa aceitar a real: que a sua melhor forma de ganhar certas discussões é se retirando delas. Os seus argumentos podem até ser melhores, só que eles não convencem. Nem sempre a verdade é convincente. E nessa hora, para poupar tempo, retórica e economizar humilhação, você pega o seu banquinho e sai de fininho. Esperando que notem porque, de certa maneira, aí está a sua única vitória possível. Mas você sabe que não vão notar a sua ausência. Até porque talvez você já estivesse ausente sem perceber. Talvez seus interlocutores tenham saído antes, muito antes de você se dar conta de que não havia mais discussão alguma e você esteve falando sozinho esse tempo todo.

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Melhor coisa que eu trouxe de Nova Iorque.

Only stay if I feel like home.

Outro dia, logo depois que voltei do Rio, estava saindo pra encontrar uma amiga e o frio me pegou no meio do caminho. Eu achava que estava vestida de acordo: calça, pulôver, camiseta por baixo do pulôver, jaqueta por cima de tudo, cachecol, chapéu, luvas, meias e bota. “O que diabos eu esqueci??” me perguntava, sem saber como justificar o frio tendo aparentemente seguido à risca as regrinhas sartoriais para essa época do ano. Daí me ocorreu: a única coisa que eu havia esquecido, nessas breves sete semanas de veranico carioca, foi COMO ERA SENTIR FRIO.

Relax. Pus os fones de ouvido. Australia, The Shins. A neve ainda não derretida da semana anterior (por conta do clima subzero) solidificada cantos das ruas. As luzes das casas começando a acender, os dias ficando mais longos novamente, a espera pelas primeiras snowdrops assim que a temperatura subir mais um pouco. Enfiei as mãos nos bolsos da jaqueta, assobiei alto e percebi que aquele era o momento quando, depois de uma temporada longe daqui, finalmente me sinto oficialmente de volta. And I was so very glad to be back.

Onde até pegar um engarrafamento pode ser um breve privilégio.

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Landing.

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Resolvi tentar o desafio Photo a Day. Esse é o tema do segundo dia, “Words”.

Note que eu já perdi janeiro e comecei fevereiro com um dia de atraso – porque esqueci de tirar uma foto da “minha vista hoje” ontem. Teria sido legal, uma vez que estava no avião voltando para casa e poderia ter feito uma imagem bacana da asa esquerda do boeing cercada de nuvens.

Tive que esperar o meu retorno para participar já que o wi-fi da Velox nunca funcionou decentemente no meu iPhone. Wi-fail. O da Virgin aqui em Londres funfa lindamente, e por isso agora podemos brincar. “Coisas que não funcionam”, aliás, é uma frase que define bem essa minha última estadia no Brasil. Whatever. A gente tenta de novo em 2013, se o mundo não acabar antes.

Consegui, depois de algumas horas de luta ferrenha, desfazer as malas. Todas as três. Pensei que foce morrer.

Estou de volta aos meus bons queijinho: edam, gouda, camembert, brie, dolcelatte, boursin, cheddar… tudo a preço de banana. Acho que nunca mais quero ver um “queijo prato” pela frente.

Adoro as fotos e as roupas da Anna B.

Verdades de bolso.

Os mamilos do Morrissey têm conta no Twitter.

Morrendo de sono. Jetlagueando até o chão. Preciso tirar o atraso com Morfeu (qualquer dia desses). Faz um sol LINDO lá fora e menos dois graus centígrados. Meu clima preferido. Vibe total de “o ano começa agora”.

Vem, fevereiro! E vê se arrasa, seulindo, porque janeiro não fez o requisito e ainda por cima deitou na BR.

p.s.: A foto é do encarte de “Songs from the Wood” do Jethro Tull e o pingente é da Claire’s.

Aleatórias.

Alguns acontecimentos bacanas dos últimos dias:

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Ganhei uma penca de vouchers da Amazon. Tem mais pra chegar. :)

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Mimos papelísticos made in algum-ponto-remoto-da-ásia. ♥

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Falando em mimos, voltar a receber encomendas que chegam rápido, com pouco risco de extravio e quase nenhum de ficarem presas na alfândega: não tem preço.

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Achei o Saara meio caído dessa vez, mas houve algumas alegrias.

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Esmaltinhos by Casa da Manicure, no Mercadão de Madureira. Boa variedade, preços decentes. Mas me conta: por que é tão difícil achar as coleções da HITS nas lojas?

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Eu ia comprar o Aurora Boreal, mas 13 reais eu me recusei. Mão de vaca pride.

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Sim, Sancion Angel 171. Picaretagens óbvias à parte, os flocados deles são muito bonitos. Na minha unha ficam melhores que os da Risqué e Impala.

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Cuuuuuuute.

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Voltar a escrever na agenda (haha) é sempre muito legal.