Desculpem o sumiço voluntário, mas estive viajando. Dez dias em New York! Levei minha câmera e ela ficou lá, junto com o kit de três lentes, quietinha no fundo da mala. Sair para caminhar por uma cidade cujo transporte público não é muito bom (ou seja, você precisa andar muito a pé) carregando uma DSLR pendurada no pescoço não existe. Eu gosto um bocado da minha coluna vertebral e do meu conforto, então não faz sentido carregar um estúdio fotográfico nas costas.
Enquanto isso uma palavrinha sobre o novo shopping que foi inaugurado aqui em Londres: Westfield Stratford! Já existia um outro Westfield aqui, nas imediações de Shepperd’s Bush (perto de Notting Hill) mas agora, com os estádios olímpicos sendo construídos em Stratford (uma área considerada de baixa renda e barra pesada, mas que está supostamente sendo “revitalizada” com essas obras e melhorias) os senhores do capital decidiram que seria uma idéia interessante abrir um GRANDE! SHOPPING! CENTER! ali do ladinho, para que os turistas venham gastar dinheiro na Topshop, MAC e H&M.

O novo Westfield (que, ao contrário do antigo, fica em East London; por que não se chamar EASTfield? Haha) foi inaugurado no dia 13. Nesta data eu estava acordando para o meu primeiro dia em Manhattan e perdi a festa. Ontem, primeiro sábado de volta, resolvi investigar. O shopping fica a apenas quatro estações de metrô de distância, mas resolvemos ir de carro. E eu nunca vi um shopping tão lotado na vida. As fotos não mostram isso porque quando lotou eu não tirei mais a câmera da bolsa. Chegamos por volta das duas da tarde procurando almoço, e em verdade vos digo: só conseguimos sentar numa mesa de restaurante para começar a pensar no que comer por volta das quatro.
Um dos meus princípios na vida é: nunca entrar em fila de restaurante. Se tiver fila na porta eu procuro outro lugar pra comer. Infelizmente tínhamos acabado de chegar, e pagar estacionamento só pra sair, ir comer em outro paradeiro e voltar seria pouco prático. Não havia UM restaurante sequer sem uma fila de pelo menos trinta pessoas na porta. Na fila do Nando’s (que no Rio certamente seria chamado de Palácio do Frango Frito) devia haver umas 150. Escolhemos um lugar chamado Las Iguanas unicamente pelo fato de a fila estar pequena. A comida era “latina” e eles serviam Brahma e Xingu… Além de uma caipirinha que aparentemente estava aceitável (e, não entendi a razão, ganhamos uma extra).


A comida estava OK, mas nada especial. Depois de uma semana e meia na América eu achei as porções pequenas. Mas a vantagem é que pagamos infinitamente menos – mais sobre isso no post sobre NY.
Depois do almoço fomos conhecer o lugar e as lojas. Ou, pelo menos, tentar.


Juro que eles não estavam dando nada de graça nesse McDonald’s…




Três andares (e um mezzanino). O último é quase que exclusivamente dedicado a restaurantes e há um “espaço de orações”. Para todas as religiões, mas a gente sabe os principais usuários serão os muçulmanos, que precisam rezar a cada X horas.
Vitrine hipster da Forever 21.
Vitrine DELISH da Schuh (rede de sapatarias hipster britânica).
O nome dessa loja de cosméticos é KIKO, uma espécie de “MAC popular” – o layout da loja e a embalagem dos produtos sendo parecida com a queridinha dos beauty blogs. Já os preços são bem mais em conta. Fiquei fascinada em especial pelos esmaltes: não consegui colocar nem a metade do catálogo de cores disponíveis nessa foto. Simplesmente lindas, incluindo cores com glitter, micro partículas e craqueladas. Vi as cores de todos os Chanel da moda lá, e a cobertura do produto é boa (testei na loja). E por 3.50 lilis eu vou voltar lá semana que vem!


A indefectível Apple Store hiperlotada de hipster que, na impo$$ibilidade de comprar um iPad, passa horas jogando Angry Birds no balcão. PHYNO.
Meu estrago: caderninho/cartelas de adesivo na Paperchase e uma penca de bonequinhas Lalaloopsy (oi, dez anos ♥).
Pronto, fim da aventura no templo do consumo. O resto do fim de semana será aproveitado na cama, lendo a americaníssima Nylon e o inglesíssimo (Anne Hathaway à parte…) One Day.
