A páscoa aqui é diferente. Para começar, nada dos supermercados com o teto enfeitado por zilhares de ovos de páscoa cor-de-rosa da Barbie/Hello Kitty/Gaiola das Popozudas (brincadeirinha; mas vai que alguém resolve ter a idéia? Imagine o que vamos encontrar dentro do ovo).
Os ovinhos aqui vêm em caixas para facilitar o estoque e é assim que eles são dispostos nas prateleiras. Nada sequer parecido com as vastas metragens de papel celofane que invadem o Brasil. Aqui ninguém faz fila, sai na porrada, chora quando o ovo preferido do filho está fora de estoque e espera até o fim da páscoa para comprar os ovos quebrados com 80% de desconto – e aproveita pra sair na porrada de novo. As pessoas se encaminham à loja, escolhem um ovo qualquer para cada um dos filhos, pagam no caixa e voltam para casa.
Ou seja, chato. Rs.
A páscoa inglesa na verdade é uma celebração mais “raiz”, focada no tema, e tratada com mais reverência do que no Brasil – onde, convenhamos, a única coisa que as pessoas fazem é comer quilos de chocolate ruim num calor do cacete. Aqui há todo um ritualzinho dominical com hot cross buns no café da manhã, as crianças indo caçar mini ovos espalhados pelo quintal, algum tipo de assado para o almoço, seguido de bolo de chocolate na sobremesa. Quer dizer, assim os comerciais de ocasião das redes de supermercado nos informam que deve ser.
O meu feriado de páscoa foi celebrado por aqui mesmo, já que eu estava em tratamento médico e não podia me ausentar. Almoço de sábado no El Tico, um beach café que fica no oeste da ilha:
Seafood do Respectivo.
Meu chicken curry – POR QUE TÃO POUCO ARROZ, MEU DEUS.
Não gosto de comer sobremesa, mas é difícil resistir ao Sticky Toffee pudding do El Tico.