Roger & Gallet

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Eu não gosto de usar os sabonetinhos Roger & Gallet que vêm dentro de caixinhas plásticas (que eu depois reutilizo para guardar objetos). Mas outro dia eu me descobri totalmente sem sabonete em casa e, para não ter que tomar banho de shampoo (já fiz isso antes; não-bom) abri esse aí em cima. Fiquei cheirando a magnólia o dia todo.

What’s in your bag?

Motivada por um passeio num dos grupos mais legais do Flickr, resolvi fazer um novo “what’s in my bag”; o último foi feito há meses e nunca repetido. Antes tarde do que nunca:

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Da esquerda para a direita: garrafinha de líquido desinfetante com perfume citrus, escovinha de cabelo, atomizador de perfume, protetor labial, batom e gloss, óculos, telefone, pó compacto, bolsinha rosa de moedas (rua da Alfândega, devo ter há mais de 10 anos), lenços de papel, esmalte para retocar, porta Oyster card, bolsa de maquiagem, latinha da Hello Kitty (para guardar analgésicos), chaves, Guineto, o gnomo de estimação (que eu sempre levo comigo para fotografar e sempre esqueço), a inseparável caixinha de chicletes, moleskine, caneta, agenda, guarda chuva (by the way, como vocês chamam? Guarda sol? Sombrinha?), livro, outra mini agenda (daí se nota minha obsessão por cadernos) e carteira.

A bolsa é uma das minhas genéricas favoritas. Comprei em 2007 em Hannover, quando ainda morava lá. Eu passava todo o dia na frente da loja de aviamentos e artigos para artesanato e ficava secando a bolsa na vitrine. Um dia criei coragem para entrar e perguntar o preço; esse tipo de pesquisa simples se tornava bastante complicada por eu não falar alemão. Depois de alguns minutos apontando coisas, fazendo mímica e tentando extrair algum inglês da vendedora (chinesa, para complicar as coisas) saí da loja com a missão cumprida e a bolsa nas mãos. Por ser grande, estruturada sem ser “dura” e ter vários bolsos internos e externos, desde então ela tem sido companhia constante em pequenas viagens ou quando quero levar a câmera e todas as lentes comigo. E custou apenas 20 euros.


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Viu? Cabe tudinho e ainda sobra espaço pra câmera e lentes.

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E o que não pode faltar na sua bolsa? Ou você é daquelas desapegadas que conseguem sair de casa sem carregar nada? Eu já fui assim, num passado distante. Sair pra dançar carregando bolsa? Sair sem nem mesmo saber para onde eu estava indo ou onde a noite ia acabar carregando bolsa? Pular em carrecerias de pickups pegando chuva por toda a orla da Zona Sul e chegar encharcada num churrasco no Recreio… carregando bolsa?? No way. Chave de casa e dinheiro eram as únicas preocupações e, com jeitinho, cabiam no bolso traseiro do jeans (enrolados dentro de um saquinho plástico; aprendi a lição depois que meu dinheiro molhou todo naquela aventura na chuva até o Recreio). Hoje em dia eu nem uso mais jeans – eles já nem ficam muito bem em mim.

Mas bolsas ficam bem em todo mundo. E é por isso que meu coração é delas.

Pretty socks.

Apesar de usar pouco eu adoro meias coloridas e estampadas. Das florais, a mais usável que tenho é essa, da Accessorize; já arrisquei uns passeios com ela e as pessoas não me pareceram muito chocadas ao me ver carregando o jardim nas pernas:

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É claro que o fundo preto e a estampa miúda colaboram para a relativa discrição da peça. O mesmo não pode ser dito desde número colorido da Primark:

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Haha, apavorante, não? Comprei pela estampa de lilacs e hortências, que eu adoro. Mas não, nunca saí de casa usando essas meias; talvez a hora seja agora?

A marrom é básica, de certa forma; fica bacana com roupas em tons outonais. A azul dá uma levantada no visual quando estou usando preto.

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Yep, eu tenho um monte de sapatos vermelhos. Síndrome de Dorothy?

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Tea for One

Chá: deve-se deixar a água ferver ou não? Francamente, antes de morar aqui a minha resposta teria sido “na verdade nem se preocupe em colocar a chaleira no fogo; chá é uma porcaria”. Acho que a raiz do meu asco pela bebida só pode ser a minha mãe, viciada em receitas tão apetitosas como “folhas de louro com casca de cebola”. Urgh. Fora isso, chá preto (acompanhado de biscoitos de água e sal) era o que costumavam me fazer beber depois de mais uma daquelas crise de piriri da infância. Ou que as tias tomavam quando precisavam se acalmar. Ou seja, acabei associando chá com gostos e sensações e situações desagradáveis. Fora que é hábito no Brasil ferver as folhas junto com a água, o que acaba “cozinhando” o chá e deixando a bebida com um gosto ácido insuportável.

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A Nanu Nana é uma loja de tralhas que a gente encontra em praticamente todo lugar na Alemanha. Um pouco de cafonice colorida, um kitsch bem aplicado, definitivamente colaboram para alegrar o dia. E é claro que esse “tea for one” coberto de cupidos e rosas nem um pouco discretos veio de lá.

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Admito que no Rio eu nunca tomava chá. Nem vou culpar o calor carioca, porque eu bebia litros de café todos os dias; simplesmente o chá nunca foi hábito. Nunca havia me deparado antes com essa pequena invenção, onde a infusão é feita no bule, onde cabe a quantidade necessária para uma pesoa; daí o nome “tea for one”.

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Depois de pronto, é só servir; você pode deixar o bule sobre a xícara, porque isso mantém quente o resto do chá dentro no bule e também o que estiver na xícara.

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E, como eu disse antes, nada melhor que biscoitinhos duros, porém perfeitamente açucarados, para acompanhar um chá quentinho quando a temperatura cai abaixo dos cinco graus (mais precisamente 3.5ºC ontem à noite).

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O chá da foto é o de frutas vermelhas + elderflower da Twinings.

Mais uma curiosidade? Aqui na Inglaterra, quando ainda se costumava dividir os seres humanos por classe social (vamos fingir, para fins práticos, que não se faz mais isso, okay?), era considerado extremamente “working class” – ou seja, coisa de pobre – pôr o leite na xícara antes do chá. Quando o chá foi introduzido como opção de bebida para os trabalhadores (beber água era complicado, porque era suja; e álcool prejudicava o trabalho), eles foram ensinados a pôr o leite primeiro e depois o chá. Isso porque os mais pobres não tinham louça de boa qualidade em casa e usavam canecas de barro, que rachavam em contato com a água fervendo. O leite, então, servia para esfriar a água assim que ela era despejada na caneca, diminuindo o choque térmico e evitando problemas. Os ricos podiam se dar ao luxo de importar porcelana (que não era ainda produzida na Grã Bretanha) e tomar seu chá puro, ou com leite despejado depois do chá (garantindo uma infusão bem feita) ou ainda apenas com algumas gotinhas de limão. Por isso, até hoje o chá forte e com leite é chamado de “chá de pedreiro”.

E você, meu amigo, toma chá? Qual o seu favorito? Se é expatriado brasileiro em terras britânicas, já se acostumou ou continua revirando prateleiras de lojinha brazuca em busca do seu pacotinho de café Pilão?

Chanel polishes

Recebi meus dois esmaltes da última coleção limitada da Chanel.

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O Inattendu não ia, a princípio, entrar na dança; mas a amiga que os comprou para mim em Londres viu, gostou da cor e, sabendo que o estoque estava acabando rápido, resolveu inclui-lo no pacote. Thanks, dear Juliet!

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Ele é um nude bem delicado, de subtom rosa. Meio parecido com o Rose Satin, só que bem mais bege. O Particulière é super pop e dispensa maiores apresentações; achei a cor linda, um marrom acinzentado discreto e chique.

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Perdoem as unhas borradas, mas esse é o meu método de pintá-las: lambuzo tudo e, depois de secar, lavo as mãos com água morna; o esmalte que estava na pele sai todinho. Se você algum dia me encontrar fazendo as unhas num salão, pode olhar de novo – não sou eu. Nada contra, mas eu tenho uma certa preguiça do ambiente de salão, papo de manicure, além de terror de ter minha pele futucada por pessoas que não partilham das mesmas terminações nervosas que eu. Sorry but no, thanks. Prefiro gastar o dinheiro com esmaltes.

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O Particulière parece mais marrom e mais escuro nessa foto do que é ao vivo – onde se desloca um pouco mais em direção aos domínios do cinza. Definitivamente é uma cor “unha de madame” e eu não sei se o indicaria para meninas muito jovens.

Comparei o Inattendu com outras cores de esmaltes que eu tinha rolando por aqui e que achei que seriam parecidas: Givenchy em Nude Beige, Nails inc. em Bare, e os bons e velhos Doce de Leite e Misturinha, da Colorama:

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Resultado: os da Colorama, apesar de estarem também na família do bege, não têm nada a ver; o subtom é definitivamente mais amarelado/bege. O Givenchy é notadamente mais voltado para o rosa, enquanto que o Nails inc., apesar de mais claro e mais bege, é a cor mais aproximada.

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Não pintei as unhas para comparar porque já tinha me jogado no Particulière. Mais taí um mugshot dos dois – o resto é decidir qual das cores faz mais o seu estilo, já que a versão da Nails inc. não é tão mais barata assim do que o esmalte da Chanel.

E aqui um pequeno “group shot” familiar (faltando o Blue Satin e o Rouge Noir, que emprestei para uma amiga em novembro do ano passado… Rola uma devolução ou devo considerá-los como perdidos?)

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Amen, Coco.

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Pronto, pronto; acabou o Papo Esmalte do mês.

Greenhills

O almoço de sábado foi no Greenhills Country Hotel , em Saint Peter. Adoro os jardins, amplos e bem cuidados. Adoro consideravelmente menos pedir uma gin & tônica com Bombay Sapphire e ver o barman safado usando Gordon’s (que é mais barato). Pode ir ali refazer, espertinho.

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Gororoba inicial de pato e galinha.

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Gororoba principal de porco.

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Gororoba doce: parfait de morango e green tea com coulis de manga e framboesa. Yummy.

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Meu look (hahaha): vestido H&M, jaqueta Primark, bolsa Moschino, os indefectíveis sapatinhos vermelhos, óculos Dior e os brincos de uma loja que fica numa rua paralela à Oxford Street, e que até hoje me arrependo de ter esquecido qual: bijouterias lindas e baratas, mas eu estava dura no dia e só deu pra levar um. E agora não lembro onde fica. E nem sei se ainda existe.

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(a pose e o bico são homenagem a uma pessoa cujo nome não posso mencionar aqui)

Sweet hearts.

Depois de uma semana infernal, o que nos resta fazer além de passar a mão na farinha e produzir carboidratos? Não muito, e está bom assim. Respira, doida; 1, 2, 3, 4…

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Mmmmmkay. Não ficaram lá essas coisas (meio duros e a “decoração” foi um desastre), por isso não darei a receita. Mas o gosto em si ficou ótimo, e biscoito duro é uma beleza pra mergulhar no café ou chá. Problema: a massa rendeu mais de 50 biscoitos. É, lollamum, você vai ter que adiar a dieta. DE NOVO. Quel dommage.