Garimpo do mês

Achados de farmácia: o “Mosaic Glow” de marca desconhecida (“Colection 2000”?), menos de dois dinheiros na Boots. Na verdade se trata de um bronzer, coisa que eu sempre jurei jamais passar no rosto (visual “saúde” não combina com a minha personalidade). Mas enfim, serve como iluminador.

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E gostei ! Dá um arzinho de “acabei de chegar das minhas férias em Mustique”, além de um leve toque prateado.

Além do bronzer, trouxe essas duas sombras + blush da Natural Collection e esse esmalte da Bourjois. A Natural Collection é a linha “preços populares” da Boots; certo, a embalagem é sem graça, mas os produtos são ok. Faz tempos que estava querendo testar blush rosa no meu tom de pele, mas não estava querendo comprar um produto caro para depois descobrir que não, eu definitivamente não combino com a cor.

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O esmalte: achei a cor muito escura na unha. Fora que é uma bitch tirar esmalte escuro da unha.

Também adquiri esses potões de Tresemmé na promoção (que ajudam a deixar meu cabelo pelo menos apresentável) e esse shower gel de morango (o cheiro é uma delícia) que uso pra fazer espuma na banheira: meio litro por 1,99.

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Da Body Shop, esse gel de banho de morango (adoro o cheiro e uso como shower gel, mesmo) e o facial wash de Tea Tree, que, quando lembro, uso pra lavar a cara pela manhã. Os esmaltes neon-with-lasers? Comprei na Boots e já foram pro Brasil num pacote pra Marya– espero que dessa vez chegue, já que a última vez que tentei mandar esmalte pro patropi foi um absoluto e retumbante FAIL. Flamingo Pink da Barry M e Spangles da Hot Looks.

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O casaquinho de cashmere vintage eu achei na Rokit em Camden. De lá também veio a camisola, que eu aliás usei por baixo do cashmere como se fosse um vestido. Os brincos com cara de coisa de avó vieram da liquidação de natal da Miss Selfridge.

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Yes, nós temos calcinhas da Primark! :) Essas são, na verdade, shortinhos em estilo masculino. E tudo isso com direito a estampa fofa e trocadilhos.

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No sótão.

O (abandonadíssimo) cantinho de costura, antes da reforma (o depois não será exibido porque a suposta reforma ainda não acabou).

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E a minha tentativa fail de copiar uma idéia que vi flanando pela web; um porta velas e um porta retratos, ambos feitos de potinhos vazios. Parecia bem mais bonitos nas fotos originais. Ou eu não tenho talento para crafts ou fotografo mal. Possivelmente ambos. Whatever.

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Alguns dos mil livros que eu estou tentando ler, nesse momento. Colette está na metade; mal comecei os outros três (fora a outra pilha que está na sala, e uma terceira na minha mesinha de cabeceira). Sim, relendo 1984 e nem é em homenagem ao Big Brother.

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Rainbow kitchen

Numa singela homenagem às meninas que reclamam que o esquema de cores do meu cafofo é infantilizado e brega, a direção informa: piramos no pincel. Terminei de pintar o armário, pintei mesa e cadeiras de branco e entupi as prateleiras de cafonália colorida. Creche e Jardim de Infância Pintinho Feliz manda beijos.

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Sorry, colegas monocromáticas; eu já nasci em technicolour, a idade mental é dez anos e eu estou armada com uma pistola de tinta spray; corram para as montanhas.

Cookie Monster

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Comprar comida (ou qualquer outra coisa) por causa da embalagem é a minha fraqueza. As latinhas de biscoito que a Marks & Spencer lança no Natal são sempre irresistíveis. Essa é a mais recente da coleção (ok, não existe coleção nenhuma – apenas três latas de três natais diferentes, que no momento servem de porta-trecos)

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(pena que os biscoitos são de chocolate; Respectivo e papai ajudaram na inglória tarefa de “desocupar a lata”)

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Não que eu tenha feito a minha parte. ;)

New Year’s walk

Fui procurar uma casa de fazenda em ruínas que sempre visitava (faz uns três anos que não passo por lá) mas não encontrei. Esqueci qual era a entrada, passei por ela sem ver e segui andando. Minhas mãos congelaram quando cheguei ao cais. Vento frio vindo da praia, um cachorro cavando maniacamente a areia, fiquei lá sozinha, a baía de Rozel só pra mim, lendo o menu pintado nas paredes do Hungry Man.

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Aula de etiqueta

Queria dominar a etiqueta das pessoas que fazem caminhada. Às vezes eu ando de cabeça baixa porque nunca sei se devo dar bom dia ao estranho vindo na direção oposta ou não. Às vezes o estranho se adianta e dá bom dia, ou sorri, ou puxa papo, age de forma agradável. Noutras eu olho para a pessoa e, meio que sorrindo, fico esperando um bom dia; ela vira o rosto. Escaldada, o que fazer? Sorrir para a próxima pessoa e arriscar outra esnobada? Dar as costas para alguém que teria me sorrido? Ou arriscar virar o rosto por azar na mesma hora em que essa pessoa começaria a me dizer “bom dia”? Pequenas ciladas do cotidiano. E não restritas a caminhadas no campo.

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Na minha primeira semana nessa casa, uma senhora bateu à porta querendo saber se, por acaso, eu não estaria recebendo correspondência da casa dela, porque “nossos endereços eram parecidos” (sim, há outra casa na rua com nome parecido, mas os carteiros entregam aqui há anos e nunca erraram). Além do mais, não gostei muito da sugestão de que eu estaria recebendo cartas destinadas a outros e ficando com elas. A mulher falou muito, me olhou muito, perguntou se eu conhecia o “vizinho excêntrico de barba branca” e foi embora, desprovida de cartas. Detalhe é que mais tarde fiquei conhecendo os moradores da casa com nome parecido e por eles soube que a tal mulher nunca havia morado ali. Quem Diabos era ela? Provavelmente apenas uma estranha querendo me averiguar. Se eu soubesse, teria atendido a porta de tanga, munida com uma lança e mostrado os dentes.

Eis a Exótica Mulher Brasileira, minha senhora. Satisfeita? Now go away.

First snowdrops

O vizinho excêntrico e descendente de piratas morreu há mais ou menos um mês. Esqueci completamente.

Lembro que certa vez, lá pelos idos de 2006, ele veio bater na minha porta bastante agitado, reclamando do barulho que as obras externas na minha casa estavam fazendo, e que caminhões pesados com material de construção estavam usando a calçada dele para manobrar, quebrando tudo (consenso na vizinhança: a calçada dele estava quebrada há pelo menos três décadas). Mandei-o voltar mais tarde e se entender com o Respectivo, coisa que ele nunca fez. Em novembro do ano passado minha gata sumiu e fui procurá-la no belíssimo jardim do velho (muito bem cuidado pelo simpático jardineiro), que me recebeu com biscoitos e copos de vinho do Porto e conversamos sobre flores e viagens. Eu o apelidei de Santa Claus por causa da longa barba branca. Ele falava com uma certa dificuldade, era escritor e viajava todos os anos à Índia para se tratar com médicos de lá (melhor e mais barato, segundo ele, e eu concordo). E foi lá que ele morreu.

Essa semana as primeiras snowdrops do ano começaram a desabrochar no jardim do Santa Claus. Fiquei olhando para elas da janela do sótão e não pude deixar de ficar triste por saber que esse ano ele não está mais aqui para admirá-las. Mas elas estão lindas mesmo assim. Life goes on, nature won’t stop the show for anyone.

Beautiful Audrey ♥

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Ganhei esse livrinho do Respectivo semana passada. Estava numa loja de tralhas em Camden quando o vi na prateleira. É bem singelo, apenas fotos da Audrey nos bastidores das gravações de Sabrina. Já vi metade dessas imagens espalhadas pela internet, mas é gostoso ter o livrinho, bonitinho e bem diagramado.

Por algum motivo gostar de Audrey Hepburn virou lugar comum. Não sou fã, mas a acho elegante, boa atriz, digna e bonita. Antigamente me irritava um pouco ver coisas e pessoas de que sempre gostei virando modinha de adolescente hipster, mas hoje em dia acho arrogante esse gatekeeping besta de querer manter no underground as coisas que a gente ama. Ter mais gente gostando das coisas que eu acho legais não vai fazer com que deixem de ser legais. Ou, pelo menos, não deveria.

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