Love and peace.

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(anjinhos de argila pintada numa lojinha de Hannover)

Sem tempo nem mesmo para explicar a razão do sumiço. Ter meus pais aqui conosco é uma alegria, mas é preciso atendê-los e entretê-los. Some a isso o período de festas, a viagem para a Alemanha, as idas ao supermercado, as batalhas na cozinha antecedendo a comilança e receber amigos (temos um casal aqui em casa hoje, e eles já estão me olhando meio esquisito; afinal, o que eu estou fazendo tic-tac-tec-ando nesse laptop quando existe CERVEJA na geladeira?).

O site da Bachelor’s Cup-a-Soup está fazendo uma pesquisa para descobrir quais são os maiores prazeres simples da vida dos consumidores. Entre as respostas, estão:

1. uma boa noite de sono;
2. encontrar uma nota perdida no bolso;
3. dormir abraçado;
4. rir até chorar;
5. ir para a cama com lençóis limpinhos e cheirosos;
6. encontrar uma barganha nas lojas;
7. fazer alguém sorrir;
8. sofá com um bom livro e uma xícara de chá (ou café, ou chocolate…);
9. acordar atrasado para o trabalho e descobrir que é sábado;
10. um estranho sorrindo e sendo educado;
11. olhar velhos álbuns de fotos;
12. comer a sua comida preferida;
13. a primeira neve do ano;
14. risada de bebê;
15. finalmente voltar a caber naquele par de jeans;
16. assistir a sua banda preferida ao vivo;
17. planejar a tão sonhada viagem de férias;
18. cheiro de grama recém cortada e de terra molhada;
19. receber uma carta gordinha de notícias pelo correio;
20. estourar plástico bolha.

Não sei se alguma dessas coisas se aplicam, mas o que realmente importa – a sensação de experimentar felicidade simples, alcançável a todos, sem distinção – é universal. E é essa sensação que eu gostaria de poder dar de presente pra todo mundo.

Quero aproveitar essas últimas horas antes de estourar a Veuve, dizer adeus a mais um ano e saudar o próximo, para agradecer a companhia de vocês. Que tudo o que vocês desejam de bom ao próximo seja recebido de volta em dobro – e servido com muita saúde, comida gostosa, amigos e muito Amor e Paz como acompanhamento. :)

Até daqui a pouco.

P.S.: Esse post “mensagem de fim de ano do Programa Ana Maria Braga” foi um oferecimento de Kopparberg; que o ano novo nos traga muita cidra de pêra sueca. Prometemos voltar mais inspirados no ano que vem. Ou não. :)

Right now, at home.

A gata já encontrou o seu lugar favorito ao lado da lareira, e os enfeites da árvore já começaram a sair das caixas.

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A guirlanda (feita em casa, nem tão bonita e colorida como as que vi pelas lojas, mas é o que tem pra hoje, fds) já foi pendurada na porta azul.

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Bolsinha anos 80 encontrada por 3 libras na Oxfam.

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Meus pais já estão em Jersey, me deixando meio doida; mas acho que faz parte do processo. Amanhã beeeem cedo (argh) pegamos o vôo para Hannover, onde um mar de delícias culinárias e 18 graus negativos nos esperam.

Tentarei voltar aqui antes do natal mas, se não for possível, fica a única mensagem que posso dar (já que não sou cristã, nem sentimental): COMAM BASTANTE. Me revoltei a ler o artigo de uma nutricionista britânica ensinando às mulheres (porque é claro, engordar só é problema se você tem dois cromossomos X) a passar fome com classe no Natal, a fim de evitar os inevitáveis quilos a mais em janeiro. Sinceramente? Se o preço de não ter que começar janeiro fazendo dieta é passar Dezembro recusando todos os canapés e bebidas e me privar de saborear comidinhas sazonais com meus amigos e família… Pode trazer a rúcula – mas só daqui a um mês. Por enquanto, declaro abertíssima a “Temporada de Entupimento de Artérias 2009/10”.

P.S.: Assim como todo mundo, eu fiz uma formspring – na verdade, fiz há tempos atrás, influenciada pelos gringos no Tumblr. Mas ela acabou ficando às moscas. Agora elas estão bem mais customizáveis, com direito a link, foto no layout e respostas na própria página. Então, resolvi fazer outra: aqui. Vou deixar o link também ali na sidebar, para que vocês possam mandar recados, perguntas e até mesmo insultos (também faz parte do processo…), já que os recados são anônimos e você só se identifica se quiser. ;)

A kiss from a rose

Mês passado enquanto eu examinava o estoque da Crabtree & Evelyn em Covent Garden, meu nariz esbarrou casualmente nesse vidrinho aí embaixo. Regra geral, meu olfato é bastante seletivo, fiel à meia dúzia de perfumes que uso desde sempre (apesar de ter seus ocasionais surtos de galinhagem e experimentar novidades). Mas nesse caso foi impossível controlar: paixão à primeira vista (cheirada?).

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A história do perfume, segundo o site, é deveras bonitinha: eles teriam pedido a um botânico especializado em rosas para desenvolver uma flor “de beleza e aroma singulares” para se tornar a fragrância principal da marca. OITO anos e 30.000 plantinhas depois, surgia a Evelyn. Apesar de floral, o perfume não tem nada de “cheiro de avó”, é moderno e tem uma fixação ótima.

O único ponto contra fica sendo o frasco, meio sem graça como todos os da marca. Mas esse porém se torna mínimo quando se leva em conta a qualidade e o preço: paguei 30 libras – cerca de 90 reais – por 50ml de Eau de Parfum (sim, parfum). E eu já aprendi que, modo geral, quanto mais bonito o invólucro, mais sem graça, ou até mesmo ruim, o conteúdo. O mercado está cheio de perfumes em frascos que são verdadeira obras de arte mas que cheiram a desinfetante.

Saí pelas ruas sacolejando a bolsinha prateada da loja e me achando a típica patricinha de Kensington, sentada num café em Covent Garden, curtindo um latte macchiato pós-shopping (infelizmente o acompanhamento era aquele cupcake-angu horroroso… Nada é perfeito). No final da tarde encontrei o Respectivo para jantar, mas antes passamos na Floris para comprar o pós-barba que ele usa há mais de 20 anos. A Floris é a perfumaria mais antiga de Londres (desde 1730) e, na minha opinião, também um ponto turístico; toda a mobília é de época, assim como os enormes armários de apotecário com prateleiras de vidro curvo. Puro luxo vintage.

Na véspera chegamos tarde e a loja já tinha fechado. Naquele dia as luzes ainda estavam acesas, a loja cheia de gente, parte do balcão coberta de taças de rosé espumante e uma senhora muito chique e distinta veio nos recepcionar na entrada, oferecendo vinho e canapés. Olhamos um para a cara do outro. PENETRA feelings. Mas não precisávamos temer, foi pura sorte: eles estavam lançando perfume novo aquele dia, em edição limitada, e a festa era uma boca livre para os clientes (urrú).

Respectivo comprou o pós-barba enquanto a senhorinha fazia small talk e os garçons continuavam trazendo bandejas. Comecei a me sentir meio mal (oi, calça jeans, casaco de chuva e tênis com estampa de caveirinhas? LUXO), até porque tínhamos reserva num restaurante libanês. E ali estava eu, forrando o estômago e ficando bêbada antes da hora. Até que começou uma PALESTRA demonstrativa do tal novo produto; foi quando puxei o marido pelo colarinho “ok, já bebemo, já comemo, já compramo; bora vazar daquiiiii??”. No que ele responde: “Você quer o tal perfume novo? Tem cheiro de rosas!!”

OPS. Errr… Olhei pra minha sacolinha da Crabtree & Evelyn, pensei no meu *outro* perfume de rosas dentro dela e concluí que não precisava de mais um. Mas né? Levanta a mãozinha aí quem recusaria um vidro de perfume assim, edição limitada, caído do céu? Quem disse que a frase “já tenho perfumes demais” faz ALGUM sentido?? “Oh, hohohoh, generosidade sua, querido… YES.”

E foi assim que o Snow Rose veio parar no meu armário. E confirmo que ele é diferente, mas absolutamente TÃO BOM quanto o Evelyn. E o melhor: ganhei um creme para mãos de brinde, o Rosa Centifolia. E MAIS: como o total da compra (perfume + pós-barba) ultrapassou 50 libras, levei um vidro de gel de banho com cheirinho de frutas cítricas grátis.

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Foi assim que eu adicionei ao meu pequeno arsenal de aromas dois perfumes florais, do tipo que eu nem costumava notar antes, ambos com cheiro de rosas, sem esperar, no mesmo dia e eles se tornaram absolutos favoritos.

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Não preciso mais tomar banho até 2011.