Jeri Moon

Jeri Moon, o jerimum da Lolla Moon, chegou semana passada. Já está devidamente carved, mas ainda não fotografei o resultado. Mas ele já era lindo e perfeito antes mesmo de ganhar suas feições fantasmagóricas:

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Falta apenas esperar anoitecer, acender velinhas dentro do Jeri e colocá-lo na soleira da porta.
Ano passado eu estava na Alemanha e, apesar da presença maciça de góticos no país (que brotavam pelas gramas das praças, vestindo preto das botas ao batom) e das lojas tentando vender morcegos de isopor e aranhas de plástico, não vi muita movimentação. Mais ou menos como por aqui.

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Como eu moro na roça (sem calçada ou luzes na rua), é raro alguma criança se aventurar por essas bandas pedindo doces. Isso só aconteceu uma vez, onde os dois filhos do casal que mora na rua de cima bateram na porta, devidamente acompanhados por papai e mamãe (que esperavam dentro do carro). Os meninos estavam super cute vestindo fantasias de diabo e esqueleto. Infelizmente, apesar do Jack O’Lantern aceso na porta, não tínhamos nenhum doce em casa porque não esperávamos criança alguma. O jeito foi encher as sacolinhas dos garotos com saquinhos de batata frita; eles obviamente adoraram, mas os pais devem ter me odiado…

Esse ano resolvemos o problema com chocolates (Respectivo já fez o favor de comer 50%) e biscoitos. Vamos ver se alguém aparece; caso contrário, Respectivo vai poder parar de lançar olhares lânguidos para a caixa de Celebrations e, feliz, abocanhar o resto.

Family affairs.

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Comprei quatro dessas cadeiras para pintar e usar na mesa da cozinha (os bancos são desconfortáveis e quebram à toa). Originalmente era um conjunto de seis cadeiras, e eu fiquei com peninha de deixar as outras duas para trás. Fiquei me perguntando há quantos anos elas não estariam juntas; foi como se eu estivesse separando irmãs. Sim, eu preciso de tratamento psiquiátrico.

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Mornings, evenings and everything in between.

Meu livro A Year of Mornings chegou ontem.

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Pra quem não sabe, as duas autoras (e blogueiras) causaram uma certa sensação entre os blogs gringos com esse projeto: separadas por exatas 3191 milhas de distância (ambas moram em cidades chamada Portland – uma Portland em Maine e a outra no Oregon), todos os dias ambas fotografavam um certo aspecto de suas manhãs. As fotos, de uma singeleza quase tocante, eram reunidas à tarde e enviadas para um fotolog no dia seguinte. Como as duas jamais combinavam o que ia ser fotografado, muitas vezes a coincidência dos assuntos escolhidos era impressionante.

Agora o desafio das moçoilas é outro: A Year of Evenings. Good luck!
Resolvi fotografar uma manhã em casa:

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Rainha do Funk

No começo desta semana, essa que vos escreve estava na avenida da praia (St. Aubins) dentro de um Audi TT com os vidros abertos, acompanhada por uma loira vestida de Dolce & Gabbana dos pés à cabeça no volante e o MC Marcinho e sua voz fanha no volume máximo que o CD piratão (possivelmente adquirido num camelô da Avenida Rio Branco) aguentava sem distorcer. Eu me acabando de rir e a loira fazendo coro: “PODEROOOSAAAA… Rainha do Funk… GRAMUROOOSAAAA… Olhar de diamante.”

P.S.: Eu adoro quando o Marcinho fala “faiscina”.

E outro dia mesmo a vida estava tão parada que “recarregar o celular” constava como compromisso na agenda. Tão, mas TÃO parada que eu levei uns dois dias tentando encontrar o celular.

“A vida é uma caixinha de surpresas.”
E eu ia falar da loira aqui, mas melhor não. Vai que ela descobre esse blog, fica puta com a distribuição de informação não autorizada e eu perco as caronas no Audi e as discussões absurdamente edificantes que venho tendo com ela e suas amigas beeeshas portuguesas mais abso-fucking-lutely fabulous que Carrie Bradshaw? No way, José.

E o resto do weekend envolveu visita à livraria (dessa vez só fucei, sem comprar nada).

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E o costumeiro passeio pelo Mercado Central (só mesmo em JERSEY isso pode ser considerado programa):

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E um passeio pelas dunas de St. Ouen.

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I deserve the respect of a kiss goodbye.

A preguiça resolveu dar férias e fui resolver todas as pendengas que estou arrastando com a barriga desde JANEIRO. Entre elas as passagens pro Rio. Depois de surtar com o preço (OI? MIL libras na classe econômica?), gritei um pouco, engoli em seco e, well, comprei. Fazer o quê? Pelo menos o vôo seria sem escalas (porque né, ter que fazer Rio-SP via TOKYO e perder horas preciosas dormindo em sala de espera de aeroporto pra economizar 200 paus é meiphoda).

E aí veio a boa notícia da semana: ganhamos um upgrade free pra executiva porque a econômica estava lotada naquele vôo e nos cinco seguintes (eu sabia que um dia ia descobrir pelo menos UMA vantagem de ter um cartão pereba do Executive Club). A classe econômica da British Airways é boa, ao contrário das empresas americanas que cobram uma nota e transformam os pobres passageiros em recheio de marmita – mas viajar quase deitada, com espaço pras minhas pernas longas e bebendo prosecco na faixa é o presente de Natal que eu pedi ao Papai Noel. Se nada prestar nessas “férias”, pelo menos a viagem em si não será um estorvo.

In other news. Quero entrar na cadmía e, aproveitando que tava lá perto para ir ao cinema, entrei pra perguntar o preço.

A cadmía fica no Waterfront, que é uma espécie de ilha dentro da ilha. Tem cinemas, KFC, Pizza Hut, Watersplash (onde tem natação e as mamães vão levar as crianças pra brincar nos tobogãs), barzinhos e nightclubs. Seria até agradável, se a coisa toda não tivesse jeitão de pátio de colégio.

Fui perguntar o preço da cadmía porque cadmías aqui têm a fama de serem caras. De modos que o pessoal prefere pagar ANUIDADE, porque sai mais barato (umas 300, 400 libras). Mas comigo não, baby. Como assim, “anuidade” de acadmía? Filhos, eu não sei nem se vou ter ânimo de voltar no SEGUNDO DIA, imagina me comprometer por UM ANO? Sem condições.

Então. Chego lá, já na entrada sou meio que atropelated por um zé mané com um bíceps maior que o tamanho da cabeça e, quando a gente finalmente se desengancha, estou ensopada de suor – DELE. Ew, ew. Me encaminho à recepção. “Olá, eu gostaria de me informar a respeito de preços e horários, por favor?”. Resposta: “SÓ AMANHÔ (foi aí que eu percebi o sotaque polonês da menina, mas enfim). Dito isso, me vira as costas e continua acompanhando a novela na tevêzinha.

Eu: “Amanhã? Mas eu só queria saber o preço; você por acaso não teria um…”
Recepcionista: “Nossa CONSULTORA DE PREÇOS já foi para casa. Só amanhã, antes das seis da tarde”. E me vira as costas novamente.
Eu: “CONSULTORA? Haha, mas eu só quero saber o preço da mensalidade mesmo, não comprar um seguro de vida…”

A última fala veio acompanhada de uma risadinha e era pra ser entendida como um comentário jocoso. A polonesa, que obviamente pulou o capítulo SENSO DE HUMOR quando fez leitura dinâmica do livro “Como Conviver em Sociedade”, soltou um suspiro que foi mais eloquente do que chamar TODAS as gerações da minha família de imbecil. E me fez a caridade de explicar: “a consultora precisa lhe explicar as vantagens da academia, as modalidades de pagamento, essas coisas.” E me vira as costas, dessa vez de forma violenta, como se dissesse “NOW GO AWAY, PLEASE”.

Ahhhh, agora entendi. Basicamente a consultora vai TENTAR me explicar por que um café ralo + um jornal (que custa 50p) + direito de gastar água tomando banho depois de suar feito uma porca justificam uma mensalidade de 80 libras? Mas por que você não me disse antes??

Eu: “Bem, de onde eu venho haveria UMA PLACA aí atrás de você com horários e preços; eu nem teria que perguntar nada. Se a mensalidade aqui é tão cara que eles precisam PAGAR pessoas para me convencer a aceitá-la, eu sugiro que DEMITAM essas pessoas, diminuam os preços e coloquem a placa; vai lotar de cliente!”

E assim me fui. Não sei se volto.
E não sei também se deveria ter sugerido que demitissem a recepcionista grossa também e me contratassem para o serviço, em troca de uma mensalidade na academia + café + direito a fazer tiro ao alvo no bombadão suado todo dia quando ele passar pela roleta de entrada.

Autumn 2008

Outono is in the house.
Está chegando a época de usar meu belo casaco que custou nove libras no brechó da Oxfam e sair com ele para tomar cappuccinos acompanhados de biscoitinhos de café.

As folhinhas das árvores, que outro dia mesmo eu vi renascendo em velocidade impressionante, já começam a morrer amarelas. E a se acumular em vastas quantidades pela grama, pelo chão do pátio, pelos telhados, aproveitando para entupir ralos e calhas no processo. A vista da janela é poeticamente outonal, mas se eu tivesse apontado a lente para baixo o mar de folhas retorcidas provocaria um arrepio na espinha, e uma vontade incontrolável de achar vassoura e pá pra fazer uma pequena montanha delas.

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Aquelas dálias ainda estão no vaso. Mortas e secas há tempos, e eu não tive coragem de substitur. Preguiça de fazer coisas, ansiedade que não me permite terminar nenhuma das que começo; então, acho mais simples não começar nada. Estou tentando arrumar o sótão, pintar o lavabo, plantar meus bulbos, limpar as ervas daninhas do jardim, tirar o atraso das colagens e costurar fantasias de halloween para as minhas bonecas. Por falar em halloween, já escolhi minha abóbora 2008. Ela ainda está plantadinha, é claro – mas a forma era tão perfeita que pedi para reservá-la para mim. Ou seja, em algum campo de Jersey existe uma abóbora com uma plaquinha onde se lê “lollamoon”. Um verdadeiro “jerimoon”.

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Segundo Deus, hoje é 50º Aniversário do Paddington Bear, um ícone da literatura infantil britânica. Paddington é um ursinho bastante educado, sempre se referindo às pessoas por “Senhor” e “Senhora”, que adora sanduíches de geléia e chocolate quente. Ele foi encontrado pela família Brown na estação ferroviária de Paddington, Londres, sentado em sua mala e com um pequeno bilhete costurado ao seu casaco: “Por favor cuide desse urso, Obrigado”. Lembrando-se de documentários que mostravam trens carregados de crianças sendo evacuadas de Londres durante a Segunda Guerra, trazendo apenas pequenas malas e etiquetas com seus nomes penduradas nos pescoços, a família Brown decidiu trazer Paddington para casa.

A título de curiosidade: foi a mãe do Jeremy Clarkson que fez o primeiro Paddington bear de pelúcia e lhe deu as botinhas de chuva que ele atualmente usa (na verdade um truque para fazer o boneco conseguir ficar de pé). Aqui, uma foto de pessoa aleatória encontrada no Google, sentada ao lado da estátua de Paddington na estação que honrosamente lhe empresta o nome.

Enquanto o verão ainda insiste em aparecer atrasado, almoço de sábado no Sumas, que conta com a vista do Mont Orgueil ao fundo:

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Minha entrada: terrine de presunto com vegetais ao curry.

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Esqueci de fotografar o prato principal (galinha ao cassoulet), mas a sobremesa (torta flambada de limão ao coulis de framboesa) taí:

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Ao invés de doces, o British Boy foi de queijo (o que eu às vezes também faço, a menos que a sobremesa seja deliciosa e não envolva chocolate):

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Mont Orgueil de novo. O sol estava tão forte que eu saí do restaurante bronzeada.

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No vale da Reserva:

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Go wild, go WILD in the country:

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Fui tagged umas 10 vezes e nunca fiz o meme, então rapidinho: lojas de roupa segunda mão, H&M, miss selfridge, indiska (suécia), street (sapatos coloridos e baratos na alemanha) loja de móveis prefiro os de segunda mão reformados doce não gosto muito, mas não resisto a bolos cidades rio de janeiro, paris, londres (das que conheço/visitei) bebida coca cola, real ale, vinho música as que dizem o que eu gostaria de ter dito séries de tv não tenho saco, sorry filmes não quero ter que fazer essa lista, mas ontem revi tidelandexercício levantamento de mouse, mas preciso resolver isso urgente.

I’m running out of dry shirts.

Respectivo operou o pé hoje.
Um gânglio inchado que prometia se transformar numa chatice foi removido essa manhã, numa cirurgia simples de pouco mais de uma hora. Ele nunca tinha passado pela maravilhosa experiência de receber uma anestesia geral e ficou encantado com o fato de não se lembrar de absolutamente nada. Depois da cirurgia nos trouxeram sanduíches gostosos, chá, bolo e biscoitinhos – limpamos a bandeja e pedimos bis, haha. Quartinho azul privativo, quadrinhos na parede, televisão com DVD e eu me senti de férias no Holiday Inn. Isso tudo de GRAÇA. Os clínicos gerais desse Reino podem até ser uma peste – mas depois que você consegue ser diagnosticado, o tratamento é nota mil.

Lembrança de verões passados:

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Drugstore cowgirl.

Lentamente os dias começam a ficar mais curtos e mais frios. Ontem, o verão mal tendo calçado as chinelas e ido se enrolar num edredon, tivemos a primeira chuva de granizo do Outono. Hello, eu disse GRA-NI-ZO. O inverno virá bombando. Por enquanto o aquecimento da casa está desligado, mas ontem eu já tive que jogar um segundo cobertor por cima do primeiro. E calçar meias. E tirar a camisola de flanela da gaveta. E resistir bravamente. E no fundo gostar.

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There’s something about cats and unmade beds that appeals to me. ;)

Fui beber com J. na quinta, o que acabou nem acontecendo porque ela tinha hora certa para voltar para casa por conta do esposo. Comemos panini + coca cola numa lanchonete metida a besta mas que NÃO OFERECIA GUARDANAPOS e cuja garçonete tinha uma desagradável cara anal. J. roubou uma coca cola extra do freezer em protesto silencioso e compartilhamos a dita cuja no carro, com o som no volume máximo. Fomos para a casa dela onde jantei sopa portuguesa de pão, ovo e cebola, comi carne com batatas e tomei 2 garrafas de Sagres. Depois segui o caminho de casa.

Cheia de SACOLAS, é claro. Porque passei na Boots enquanto esperava a Júlia sair do trabalho e all hell broke loose. Papelarias e drogarias são meu tipo de loja favorito. Segurei a onda para não fazer a loka e comprar TODOS os kits de natal, cheios de coisinhas coloridas e cheirosas dentro de embalagens bonitas.

Esse creme da Tresemmé realmente salva. 30 minutos uma vez por semana e voilá – cabelo macio e fortalecido. O hidratante novo da Nívea (Smooth Sensation) é melhor do que algumas das marcas mais caras. A linha “Natural Collection” da Boots tá em promoção e esses Body Sprays (£1.85 cada) são uma delícia – comprei morango e baunilha. O body cream de morango (metade gel, metade creme) tem cara e cheiro de doce e dá vontade de comer às colheradas.

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O body wash Ted Baker estava na promoção, assim como o creme para as mãos Evening Primrose. Aproveitei para fazer um reestoque de produtos que uso sempre, como o removedor de maquiagem da Garnier. Esse serum capilar do John Frieda reduz o volume do cabelo, acaba com o frizz e dá um brilho de comercial de shampoo.

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Também achei essa cestinha de vime azul que combinou com a cor da parede do meu banheiro. Enchi com as comprinhas e ela achou um espaço na prateleira:

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