Because we said so.

Aniversário do Respectivo, comemorado com chinese takeaway, bolo de supermercado e uma visita à exposição de trens de brinquedo em Saint Peter. Na sexta fui ao Club Live Lounge (clubes com nomes cafonas são populares por essas bandas) com a J. e seu ficante em potencial, um egípcio que não sabia dançar mas pagava rounds e mais rounds de cerveja pra todo mundo e fornecia spice – que a J. acha que é droga, mas não passa de incenso fumável – gratuitamente para as moças bonitas. Sobre esse “moças bonitas”, só tenho a dizer que, well, ainda bem que eu não fumo.

Chegamos no clube a bordo de um Skoda Felicia caindo aos pedaços e, só de lembrar que cruzei a cidade dentro de um carro com as janelas abertas (à noite, dez graus centígrados) e música árabe bombando no último volume, eu sinto vontade de beber uma garrafa inteira de vodka. O clube é até interessante. Fora eu e o egípcio, somente uma dúzia pessoas – dez das quais eram homens que não dançavam e ficavam de pé em volta da pista, cerveja na mão, devorando com os olhos as duas outras pessoas disponíveis (J. pulando enlouquecida e uma menina vestida de calça cargo e top com estampa de camuflagem, aparentemente drogada e dançando qualquer coisa com coreografia de rave). As músicas iam de 4 Minutes da Madonna a Lambada do Kaoma com batida eurodance de fundo, e um DJ português da ilha da Madeira forçando sotaque carioca: “e aíah, galéra do brasiu”.

O egípcio deixou bem claro, já no começo da noite, que sua expectativa era comer a J. (aquelas cervejas não iam sair de graça, after all) e que eu só estava atrapalhando. Se ofereceu para me deixar em casa, mas eu rapidamente me lembrei do Skoda e da música árabe e educadamente recusei. Me enfiei no banheiro, onde dois travestis trocavam dicas sobre anticoncepcionais (?) e liguei para o Respectivo, implorando que ele viesse me tirar dali ontem porque, claro, eu só tinha três libras na carteira (como sempre) e taxista não aceita cartão de débito.

Antes disso rolou toda uma sessão de fotos na casa de J. Starr (don’t ask) e eu fui terminantemente proibida de postar as fotos aqui. Eu até pretendia, porque tava engraçado e tal – mas vão desculpando.

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Amanhã, pego o barco das onze. Quatro horas enjoando e vomitando até Poole. Não contem com posts até o começo do próximo mês, porque eu não quero levar o laptop e em Devon não existem lan houses – apenas vacas e salões de chá cheios de velhinhas de 380 anos lanchando cream teas. Nada é impossível, but don’t hold your breath. Até daqui a pouco.

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