É um hotel e restaurante escondido no vale de Rozel, um pequeno paraíso com seu próprio microclima por conta da posição geográfica; muitas plantas cultivadas ali são tropicais e não cresceriam em nenhuma outra parte da ilha.
Não é muito caro (apesar da aparência), a comida é levemente sofisticada sem descambar pro metido a besta. Tenho apreço por restaurantes onde me oferecem sentar no bar para um drink antes da refeição e onde me servem o café com petit fours sem cobrar extra.
O restaurante fica na esquina da praia mas felizmente sem clima de “restaurante de praia”. Até porque a baía de Rozel, apesar de charmosíssima, não tem jeitão de balneário. É frequentada quase que unicamente por locais – entre os quais eu me incluo – que curtem passear com seus dogs, pegar um sol tranquilo e alimentar patinhos.
E eu não tenho palavras para expressar o meu amor por praias sem areia, sem churrasquinho, sem cheiro de óleo bronzeador e SEM 40 GRAUS. ♥
E na outra esquina temos o Rozel Inn, um pub companheiro de pós-praia e que também serve uma bela pint pós-almoço.
Tomando sorvete na praia. É preciso tomar cuidado com o seu lanche nesses rochedos perto da praia. As gaivotas arrancam sanduíches, sorvetes e churrascos das suas mãos sem a menor cerimônia e não querem nem saber.
Certa vez eu fiz parte de um grupo de trocas na internet – uma dessas idéias que são sempre melhores na teoria do que na prática. A troca do mês consistia em mandar doces e snacks típicos do seu país, e eu enchi uma caixa com guloseimas inglesas e também de Jersey.
Nada a ver a amostra grátis de perfume, mas eu gosto de encher linguiça.
Não poderia faltar Walker’s crisps – e sabor Marmite, pra extrapolar na anglofilia. ;)
Mandei uma caixa enorme, lindamente recheada, e o que recebi em troca? Um pacotinho ridículo com meia dúzia de balas e um postal. Expliquei a situação para a moderadora do grupo e me removi do recinto virtual. Nunca mais. Quando eu quiser guloseimas importadas eu compro no Ebay ou viajo.
O plano com M. era pegar a C. na escola e depoir sair, mas o pneu do carro furou e foi preciso redefinir prioridades. Brincar com gatinhos rapidamente passou para o topo da lista.
Três anos desde os atentados terroristas no metrô de Londres. Lembro do começo da minha lua de mel há 3 anos, chegando em Heathrow cheia de animação e planos e encontrando uma mulher no banheiro do aeroporto que, cheia de tato, avisou a mim e à Juliet que Londres estava sendo “bombardeada” por terroristas, com gente morta pra todos os lados. Lovely. E então tivemos que pôr a Juliet num carro e levá-la até Tunbridge Wells em Kent, casa de uma amiga, já que todo o sistema de transporte da cidade estava paralisado. Começo literalmente explosivo e inesquecível para um casamento.
Mas valeu a pena porque tivemos que passar a noite em Kent, ficamos nessa pensãozinha simpática e estava tendo uma apresentação de “Sonhos de uma Noite de Verão” ao lado, que pudemos assistir da janela (sem pagar).
Não trocamos presentes de aniversário de casamento. Nem em praticamente nenhuma ocasião, como natal, dia dos namorados, aniversários… Não que eu ache errado dar presentes, mas é que, nessas “datas especiais”, sair pra comprar algo para alguém se torna uma coisa tão mecânica e sem graça. Preferimos investir em experiências que se tornem parte das nossas memórias, como ir a um restaurante diferente ou, se possível, fazer uma pequena viagem.
Esse ano eu escolhi o nosso destino, para compensar o fiasco alemão do ano passado. Ah, você não sabe qual foi o fiasco alemão do ano passado? Vou contar: eu aceitei ir comer porco assado no espeto (porque ele gosta), porém o restaurante: a) estava lotado; b) era ao ar livre; c) chovia e fazia frio; d) não havia porco no cardápio, naquele dia específico, e e) ele errou o caminho de volta e fomos parar, de TREM, numa área meio sinistra e desconhecida da cidade.
Então, munida do DIREITO ADQUIRIDO de fazer as coisas do meu jeito, escolhi o Salty Dog Bistrô em St Aubins bay, que sempre recebeu criticas favoraveis da “imprensa culinária” de Jersey. Well, meu veredito: achei o lugar meio moderninho demais (decor, staff e clientela), e a comida tentando ser algo especial, sem muito sucesso. Não que fosse ruim, mas nada inesquecível. E o meu risoto estava sem sal. E restaurantes moderninhos não colocam saleiro na mesa, já que para eles isso é o equivalente a pedir pra pôr açúcar no vinho. Mas a minha sobremesa, Jersey Blackbutter & Banana Pudding, estava maravilhosa.