Estou exausta. Não bastasse a falta de energia, essa semana exigiu de mim demais. Stress, things to do, aquecimento central pifado (diesel encomendado às pressas, mas eu não sei reiniciar o boiler e, por isso, continuo no frio), familiares me estressando à distância, amigos sendo absurdamente compreensivos (insira ironia), amigos exigindo o braço quando eu ofereço a mão (e alguns ainda aproveitam pra cortar meu pescoço enquanto isso)…
Mas eu sou ainda mais forte do que qualquer circunstância adversa, e consigo me divertir com as situações bizarras que crio para mim mesma. Às vezes sinto que meus dedos têm o poder de mover o mundo, como o daquelas pessoas que animam teatros de marionetes.
O mundo e as relações humanas são, no fim das contas, absurdamente previsíveis e manipuláveis. Acho que a gente sofre é por costume.



depois de outono e metade do inverno na gélida chucrutelândia, e a outra metade do inverno na úmida terra do reino de lilibeth, eu não estou acreditando. Estamos na primavera e eu estava TÃO desacostumada com qualquer temperatura que não exigisse o uso de casacos e botas dentro de casa (isto é, ANTES do meu aquecimento pifar e do tempo virar, hoje…), que me surpreendo encarando por horas os reflexos do sol através da cortina da renda do quarto, e curtindo o prazer barato de tomar um banho e lavar o cabelo no meio da tarde e deixá-lo secar naturalmente, enquanto me entupo de sorbet de pêra.
Deja vu total. Só falta um banho de mangueira no quintal.
Sou repetitiva, mas é verdade. nascendo num país onde só conhecemos duas estações distintas: “quente” e “quente pra cacete”, e presenciar a mudança das estações, num ponto qualquer do planeta que tenha estações de verdade, é uma experiência única. Todo mundo devia poder vivenciar isso.
























