Talking in your sleep

M. e P. vieram aqui ontem. Meus amigos very old in their twenties, que ruminam e emulam os anos 80 todo o tempo, como eu. Coisa triste e extremamente patética os três baixando lixo no Kazaa com a clara intenção de fazer bedroom dancing depois. Não deu, eu tinha que acordar cedo.

Eu sei lá. Gosto das pessoas, gosto de recebê-las. Mas às vezes me afasto por culpa do capetinha que fica me sussurando bobagens orelha adentro. Não tenho muito tempo, e no caso de algumas pessoas em particular (não os citados, a quem amo) eu continuo achando-os o máximo, só não tenho mais tanta vontade de estar com eles. Uma vez por semestre bastaria.

Às vezes tenho uma certa vontade de sair pra dançar, mas a vontade se mostra tão passageira quanto minhas crises de ódio ocasionais. A noite está muito estúpida, cheia de gente idem, e eu estou tentando ser uma pessoa mais, erm, velha. Voltei até a escrever, e isso não é bom sinal. Predigo uma intensa fase de introspecção elevada, mas que haverá de me fazer voltar a cometer coisas das quais me orgulho. E faz um bom, bom tempo que eu não adiciono coisas assim ao currículo.

Esse seria o set list da bedroom dancing night de domingo. Não foi ontem, mas vai ser logo. E que se foda o trabalho, PORQUE UMA PORRA DE UM CARTÃO DE PONTO NÃO VAI ME DIZER O QUE EU POSSO OU NÃO FAZER.

  1. Too Shy – Kajagoogoo
  2. Hurts to be in Love – Gino Vanelli
  3. Out of Touch – Hall & Oates
  4. You Belong to The City – Glen Frey
  5. Harden my Heart – Quarterflesh
  6. Steppin’ Out – Joe Jackson
  7. Illusion – Imagination
  8. Trouble – Lindsay Buckingham
  9. Don’t you want me? – Human League
  10. Only when you Leave – Spandau Ballet
  11. Formosa – Zero
  12. Talking in your Sleep – Romantics
  13. Abracadabra – Steve Miller Band
  14. Tenderness – General Public

Hurts to be in Love… Meu amigo, se você nunca deu um amasso aos 13 anos numa festinha ao som dessa música então você NÃO TEVE adolescência. As “rainhas dos cantinhos” ficaram eternamente devendo uma ao Gino Vanelli.

“Out ot Touch” do Hall & Oates: eu aos nove, dez anos, com meus primos na kombi (oh, yeah) do tio Vizinho (era esse o apelido) rumando pela BR 040 para Petrópolis. Both ways, era nóis em cima da carroceria, boca aberta contra o vento ou cuspindo na estrada para ver a saliva ir ficando para trás e, quem sabe, com alguma sorte, acertar em cheio o pára brisa de algum carro de playboy.

Já foi TÃO mais doce ser revoltado.

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