Sobre Osama Bin Laden e Esperanto

Passatempos de domingo à tarde: detonar vários potes de iogurte Molico Light com pedaços enoooormes, docinhos e cremosos de ameixa (very yummy) e baixar filminhos de sexo gay interracial no hardbabes. Rs.

Domingos à tarde nunca servem pra muita coisa. Eu podia estar rodopiando num shopping, vendo a minha falta de dinheiro refletida nas vitrines, eu podia estar na beira do mar levando pelo rosto a extasiante brisa da orla, mas sinceramente… Eu preciso de dois ônibus e quase uma hora para chegar à praia.

Ontem eu fiz coisa parecida. A. me ligou, depois de um longo hiato. Tentou justificar o sumiço, meio sem graça. Não era preciso. Afinal, eu também me distanciei. E acho bom que as pessoas “sumam” umas das outras, de vez em quando. Isso preserva a autenticidade dos relacionamentos, sejam eles quais forem. Bem, ele parecia estar chateado, queria conversar, e achou que eu fosse a pessoa certa para ouvi-lo.

Fomos caminhar na Lagoa, que continua linda e suja. Quase demos a volta em torno e vimos o Bernardinho (técnico da seleção de vôlei) correndo pela ciclovia, seguido pela Fernanda Venturini de bike com a bebê ruivinha sentada dentro da cesta. Enfim, o problema do A. é meio chato e eu não posso falar aqui. Solução difícil. E ao invés de procurar por ela ficamos falando merda e tecendo teorias doidas como a do Esperanto – idioma que o A. está estudando, por hobby.

O Esperanto é uma língua que foi criada para ser universal, um elo de ligação entre os povos, permitindo que todos os habitantes da terra se entendessem. Só que há muito tempo é o inglês que cumpre essa tarefa.

Já eu e o A. achamos que o Esperanto é a língua falada em Marte, e que foram eles, os marcianos, que abduziram os “criadores” do Esperanto, incutiram essa idéia em suas cabeças, e o devolveram à Terra, a fim de fazer com que a língua marciana se popularizasse no mundo. E assim, quando os homens de marte viessem invadir a terra e assimilar nossa cultura, encontrariam um povo que já falava seu idioma. Só que a cultura anglo-saxônica acabou com os planos dos marcianos, que se viram obrigados a criar Osama Bin Laden, o homem que vai destruir os Estados Unidos e fazer com que a língua inglesa seja aos poucos deixada de lado. E aí o Esperanto, do nada, vai se popularizar. Anotem a nossa profecia.

Depois da sessão besteirol fomos comer no Rio Sul – porque quiosque da Barra cobra preço de bistrô. Me entupi no Habibs com aquele Beirute gigante e meio litro de suco de Abacaxi, tão grosso que quase tive que tomar de colherzinha. Depois ficamos fazendo window shopping até as dez da noite, quando peguei minha carroça urbana e vim cair aqui, na minha cama.

Estou com preguiça de viver – imagine pensar.
Recomendo um livrinho para a sua tarde: A Extensão do Domínio da Luta, de Michel Houellebecq.
E, claro, uns filminhos pornôs no Hardbabes.com, porque ninguém é de ferro.

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